--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Governo paulista rompe com aulas de Humanas e Ciências. Aprender pra quê?

Por Felipe Cruz inspirado em Carol Silva

Já vi os defensores dessa medida dizendo que isso servirá apenas para melhorar a alfabetização das crianças. Afinal muitas chegam nos níveis superiores com muita defasagem. E que por serem só nas séries inicias não influenciará no trabalho dos professores do ramo.

Que nossos jovens tem chegado com defasagens absurdas até à faculdade é verdade... A questão é: Será mesmo essa uma medida coerente? 

Mas o que é triste, e que mais incomoda é o descaso com essas disciplinas de humanas que cada vez mais são tratadas como irrelevantes. 


Implicitamente essas disciplinas que já são tidas muitas vezes como desnecessárias ou de pouca serventia, como brandam por aí, até pelo fato de haver menos aulas de história e geografia e nenhuma de filosofia e sociologia no chamado segundo ciclo ou fundamental II, na grade de horários, perdendo para o número de aulas de matemática e português. Agora simplesmente serão tidas como algo supérfluo. 


Imagina a cabeça dos jovens? 

Como se poderá mostrar que os mecanismos que podem o fazer pensar, comparar, desenvolver e criar suas ideologias estão sendo deletados da máquina do estado? 

Que a cada dia se demonstra mais que somente as exatas importam para se desenvolver o combustível pra quem já está no poder continuar a andar? 

Então, de fato! A vida é feita de "putarias"! E cabe a nós regurgitar nessa orgia.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Gigante Caiu do pé de Feijão

Texto: Douglas Nascimento / Fotos: Agência Latente

O rumo que se segue toda essa "coisa linda" está me preocupando.
A cidade é nossa, mas quem somos nós mesmos?

É tudo muito lindo, tudo muito empolgante, mas... afinal, sobre o que era mesmo que a gente protestava? contra o aumento? Ótimo, legal...mas... ou será que...

Não, não... era contra a corrupção... isso, era contra corrupção... isso, tem que cair a Dilma e o Haddad... (oi?) e leva o Lula junto...

Não, espera, era contra os partidos esquerdistas que sempre estiveram em manifestações e levantando a bandeira pela minoria, que não poderiam fazer parte da manifestação... issooo era isso...malditos comunas... não, espera... ixi, confundi tudo!

Pela redução dos impostos dos eletrônicos portáteis?
Ahhh lembrei, era contra redução de impostos, isso, agora sim, redução de impostos, afinal, pagamos impostos demais nos iphones que nos fotografam para depois postar no instagram... isso, era isso...

Aprendemos a ir para as ruas, agora só falta um foco, só falta um objetivo, e além de tudo, um ideal a seguir...


... Estou pulando contra o quê? Quais as consequências do meu pulo, do meu grito, do meu canto?...


As  manifestações, ok, força,  mas meu senso crítico me alertou que algo está estranho...

Há muitas causas a serem defendidas e manifestadas, claro, sem dúvida, menos carros, mais bikes, menos felicianos, mais amor, menos carne, mais vegetais (rs), fora bancada ruralista, fora bancada religiosa, cadê o estado laico? Legalização do aborto? Cadê? ... 

Mas precisa-se pensar que o eco de um grito, pode causar uma avalanche.

Presenciei segunda, presenciei terça... nada como provar para saber o gosto que tem...

Temos um gigante que saiu de um quadro do Escher, no qual ele acorda, vai pra frente do computador e na tela ele vê um gigante acordando e indo pra frente do computador, na qual tem um gigante indo pra frente da tela do computador... e assim vai, acordou, mas não sabe o que vai fazer durante o dia... a periferia nunca dormiu.

Está claro que tornou-se uma massa manipulável, facilmente maleável, como abelhas chamadas a um copo de refrigerante a céu aberto. 

Quem representa quem?
Sequer é refletido que a grande mídia sempre dá o seu jeitinho de manipular, sempre tem seu momento oportuno para aparecer e, ao melhor estilo criacionista, fazer brotar a manchete. Bem ela que sempre oferece os quinze minutos de fama, já foi mais que suficiente... tecendo ataques, enquanto ela própria fora atacada... mas quem precisa saber né!?...

A sofrida classe média paulistana que só fazia reclamar dos impostos pelo facebook,  finalmente vai às ruas: “Sim, saímos do facebook”, nossa chance!

Brado retumbante!

V de Vinagre
Belo exemplo de fascismo democracia estamos tendo, onde a jovem militância de um partido o qual sempre lutou pelas causas da minoria é enxotado a socos e ponta pés com seus estandartes queimados... queimar uma bandeira é queimar um ideal, tornado às cinzas por quem acordou pro mundo a cinco minutos e já quer estar em Marte. 

A proposta não é ser partidário, mas sim lutar por uma justiça, não ser oportuno e ver que o irmão que está do lado, não está em cima, mas justamente do lado, vejo milhões de máscaras do V, mas atrás da máscara, tem um “B” bem grande, de burro, pois se queriam fazer estrago mesmo, teriam que colocar a máscara do Brad Pitt no “clube da luta” e explodir todos os bancos, a fonte da desigualdade, reclamar de impostos é nada menos do que olhar para o próprio umbigo e vestir a camisa da sofrida classe média futebol clube.

Perdeu o sentido pra mim, quando a gigante ergue a faixa, assinada como #mooca, rsrs “má ôe, olha a caravana da Mooca!” pedia o fim dos impostos. Pronto, não é mais tarifa absurda e condições precárias no transporte, a questão agora é, o que fazem com o meu dinheiro... meu dinheiro, dinheiro, dinheiro...tudo gira em torno de dinheiro, alega-se, não são por apenas 20 centavos, são 20 razões... alguém me mostra as outras 19?

A que dizia respeito ao imposto eu achei...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

1º Sarau das Estações

Neste sábado (6) será realizado no Parque Luis Carlos Prestes (próximo ao Shopping Butantã) o 1º Sarau das Estações, idealizado pelo Coletivo Ideia Nossa. A edição de inverno trará manifestações culturais como poesia, música, encenações, exposições e palestras ao local, entre 13h e 17h30.

Apesar deste tipo de evento ser conhecido pelos recitais de poemas, o tema engloba todo tipo de arte e a visitação é livre para pessoas de qualquer idade e interesse. “Todos podem se inscrever e colocar em exposição o que quiserem; afinal, como dizemos, toda arte é bem vinda. Nossa principal ideia é reunir e tornar acessível a todos esse tipo de entretenimento alternativo”, afirma Paola Corassini, uma das organizadoras.

Segundo Paola, o Sarau deverá ser itinerante nas próximas edições. “Começamos no parque porque este espaço é rico em natureza, e gostaríamos de proporcionar contato entre o nosso convidado e o ambiente. No fim, acabamos unindo qualidade de vida e arte em um único espaço”, explica.

Até o momento, estão confirmadas atrações como a banda Emblues Beer Band (de músicos da região), dança de rua e leitura. Além disto, os participantes estão convidados a trazerem objetos que não utilizam mais para o “escambo” (troca).

Todas as informações completas sobre o Sarau estão disponíveis no evento do Facebook. Clique aqui para conferir.

FONTE: Mais Morumbi

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Você marcha José, para onde?

Por Aline Temoteo

Bom... vai ser longo³. 
Peço desculpas, não vou me sentir ofendida se ninguém ler. rs
Estou longe de ser uma pessoa 100% ativa/ engajada/ envolvida e SOBRETUDO: entendida. 
Não tenho a menor pretensão de estar mais correta do que ninguém, nem de causar discórdia ou ofensas, é única e exclusivamente minha visão de ontem, que transita entre o lado bom e ruim. 

Não vou discordar que foi lindo, diria até que foi magnífico, considero a geração atual “carente” de ideologias. Repetindo o clichê (porém lindo!) já amplamente usado nos últimos dias: ideologia, eu quero uma pra viver. E como Cazuza estava certo! Durante a passeata (que cheguei às 17h e fui embora antes do final, lá pelas 21h30, da ponte Estaiada), percebi nas pessoas uma vontade grande de altruísmo, o que me deixou surpresa, confesso que não esperava tanta gente, nem tamanho sentimento. Senti nas pessoas vontade, força, amor, esperança, incredulidade (acho que foi o que mais senti ). Numa época de relacionamentos afetivos tão frios e distantes que essa era tecnológica nos dá, ter ido à rua significou muito, tenho certeza que não só para mim, mas para muitos, até para quem viu pela tv ou web. 

Havia muitas causas juntas, talvez chamem de oportunistas (e talvez sejam mesmo, não vou discutir sobre isso, não agora), mas paro e penso em qual é realmente o grau de importância de discutir isso a ponto de sobrepor a causa. Eu, de coração, considero isso “normal”, não sou a mais experiente em passeatas, mas a impressão que fico é de um povo que SIM, ACORDOU, ou teve coragem de ir lá e andar junto, mesmo que desnorteado, movido apenas por compaixão a quem sofreu não apenas no 4º, 3º, 2º, 1º... ato do MPL, mas em toda e qualquer manifestação já ocorrida nesse país, acho tão injusto tirar esse mérito das pessoas, esperarem delas verdadeiros Che Guevaras, esperarem que a tia que serve café ou até mesmo o diretor de vendas da sua empresa ser um Mahatma Gandhi, um Luther King, um Malcom X, uma Dorothy Stang, um Chico Mendes... assim... da noite pro dia. Falo isso porque vi muito preconceito, pessoas que não aceitavam outras pessoas, por terem uma bolsa de marca ou não, por terem um óculos chic, com uma bandeira feita em tecido ao invés de cartolina e por aí vai. 

Tem gente que vai para postar foto no facebook, pra usar hashtag, pra fazer gracinha, vandalismo, pra cantar legião urbana, pra contar pros netos, pra mãe, pra ganhar uma gatinha/ um gatinho... eu me pergunto se vale TANTO a pena assim gastar energia em desmerecer os outros. Todos (ou quase todos) nós sabemos das dificuldades da educação no nosso país, sabemos como o ensino público IMPLORA por socorro; eu sempre achei que a escola (sem generalizar) não conseguia nos fazer seres efetivamente pensantes, reflexivos, envolvidos, QUESTIONADORES. Achei confuso (e fiquei confusa!)... todo (obviamente que não eram todos) aquele povo sem saber pelo que exatamente estavam lutando, com argumentos ainda frágeis... mas pra uma geração 140 caracteres... foi bonito sim! 

O que eu percebo é que muita gente ali dizia pelos olhos não apenas ‘vem pra rua, vem’ como também ‘pega na minha mão e me ensina para onde seguir, me ensina as diretrizes, me ajuda a fazer diferente’, mas quantos de nós estamos dispostos a não apontar o dedo e sim ajudar? A fazer os “arroz de passeata” a caminharem no lado certo, a conscientizar. Esperam demais de pessoas que nunca viveram uma passeata, que “nunca” leram nada além de opiniões sugestivas de jornalistas, líderes religiosos, formadores TENDENCIOSOS de opinião via rede social... 

Acredito que a maioria não estava esperando tanta gente... e com uma adesão imensa, “não planejada”, é natural – ao meu ver – que as questões se misturem, que o movimento se divida, que não se saiba direito o que gritar (e era pra Globo mesmo?), mas que mesmo assim marcha. Senti um pouco de frustração, angústia, incômodo, mas busquei entender tudo... E ainda tô tentando hahahahaha. ^^

É importante que todos os dias possamos parar e pensar um pouco ONDE ESTAMOS, PORQUE ESTAMOS, PARA QUEM ESTAMOS, PARA ONDE VAMOS, parece regra de língua portuguesa rs, mas é verdade. O povo acordou sim! Estou falando desse povo aqui e agora, não daquele povo que FELIZMENTE saiu às ruas em épocas passadas, não do povo que sempre esteve engajado, não entendamos como uma ofensa... ‘eu não estava dormindo, PORRA!’ E que bom (de coração, mais uma vez) que nunca todos estiveram dormindo! Que quem já estava acordado se sinta como uma mãe ou pai, que vai com carinho puxar o cobertor do filho pela manhã, para que ele levante e vá à escola, mesmo que ele não queira, mesmo que ele não saiba muito bem porque ele DEVE ir, mas ele sente que ele tem que ir, mesmo que seja uma obrigação ‘chata’, mesmo que seja só pra agradar a mãe/o pai, mesmo que depois ele pule o muro e vá fazer outra coisa com os amigos hahahahaha, ele levantou e foi, o que vai manter ele lá na escola é o interesse , de quem já sabe, ensinar. Ensinar com paciência, com amor, com respeito. E o interesse dele, em querer aprender. Mas acho que a grande parte da missão aqui é de quem tá ensinando... que vai ter que pegar ‘pela orelha’ e falar ‘isso é bom sim, não parece, mas você vai ver como é incrível e você vai saber fazer sozinho depois.’ E quem não aguenta tanto ‘militarismo’, cai fora, pede leite com pêra, mas talvez ele caia fora e entre um novo com muito mais vontade, talvez sem o conhecimento ainda “suficiente”, mas quem tem vontade, tem metade, como as vovós já diziam. ^^ 

Talvez eu esteja abusando das metáforas rsrs PERDÃO! Mas o sentimento maior que ficou em mim, pós passeata, foi uma necessidade de compreensão maior das pessoas, em diversos âmbitos. Vamos abraçar a causa? VAMOS! Não importa se você tem um camaro amarelo ou uma bike... Acho que fica em mim um desejo de ajudar a conduzir (sem querer ser foda, longe de mim, até porque tô aprendendo ainda, e MUITO!), falta organizar mais os motivos que nos levam às ruas, não são só 20 centavos (ou 40, pros mais engraçadinhos), então é pelo o quê? Falta deixar claro para todos (ou uma boa parcela) o que é esse tal de ‘não é só’ que tá levando eu, você, o carioca, o mineiro, o BRASILEIRO à rua.

Para distorcer os fatos/motivos, já temos as mídias, não nos percamos, não agora, vamos fechar as arestas, vamos completar essa linha ainda tracejada... essa linha feita de vontades. 
O que vem depois?

Meu profundo desejo é que o movimento tenha força e sabedoria para conduzir esse povo perdido (mais uma vez repito: nem todos! ufa!) que tenta ajudar como pode, chegamos onde chegamos, “não importa” se por modismo! Temos o contingente (que aumenta a cada dia!), o que fazemos com isso? Selecionamos ou "educamos"? A faca e o queijo estão na mão, vamos usar pro bem, há quanto tempo isso não ocorre? =]

Que todos possamos sentar na calçada juntos e que sua bandeira não seja um incomodo pra mim, desde que você ou eu, não estejamos apenas apaixonados por nossas próprias imagens e/ou cegos por nosso frouxo orgulho cívico.
Insisto no Sabotage: Um bom lugar, se constrói com humildade, é bom lembrar!

E pra terminar, Drummond (sobrenome amor rs):

“(...) Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia, 
sem parede nua
para se enconstar,
sem cavalo preto
que fuja a galope

VOCÊ MARCHA, JOSÉ!
JOSÉ, PARA ONDE?”
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