--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O que é ser humano?

Uma das notícias que mais criou polêmica nos últimos meses foi a de que no município de Suzano, estado de SP, um casal mantinha um matadouro de cães e gatos para vender suas carnes para restaurantes, principalmente os da capital.

Cidadania - Rosana Gnipper e Andresa Jacobs

Animais que foram abandonados e que viviam nas ruas da cidade eram atraídos com alimento e mortos a machadadas, num local que tinha como fachada uma borracharia. Alguns animais, muito debilitados, duravam um pouco mais, pois eram mantidos por mais algumas semanas para serem engordados antes da machadada fatal. Assim foram encontrados alguns cães, ainda vivos, mantidos acorrentados.

Em que mundo vivemos? Alguns perguntam, outros ousam responder e muitos silenciam. Afinal de contas, onde está o limite para a aprovação de atos cruéis em nome da “cultura” ou “costumes” ou “hábitos socialmente aceitos”?

A pergunta que não quer calar é, porque essa notícia chocou tanto as pessoas? Para alguns foi porque os animais mortos são considerados pela maioria de nós como de estimação, convivendo próximos e considerados membros da família, inclusive. Para outros foi o método aplicado, pois matar um animal a machadadas não é socialmente aceito. Para outros foi a traição, pois os animais pensavam que tinham ganho um novo lar e de repente…

Talvez se a morte desses animais fosse a facadas a notícia não teria causado tanta indignação, afinal de contas, muitos bois, galinhas e porcos ainda são mortos a facadas em rituais familiares para comemoração de aniversários, casamentos, batizados, ou mesmo para comemorar que o time da casa ganhou o campeonato de futebol. E na época das festas de final de ano lá se vão os pobres dos perus! Enquanto uns matam, outros aquecem a água no tacho, as crianças brincam, as panelas borbulham. Ah! Mas isso é no interior; nas fazendas, chácaras, não na capital! Verdade!

Para servir de alimento para as pessoas que moram na capital os bois, galinhas e porcos são mortos de forma diferente … e também os perus! E os Chesters? Deixemos esses de lado, por enquanto, pois nem existiam há pouco tempo e não sei de onde vieram e em que parte da cadeia alimentar eles se encontram. Isso para quem ainda se esconde por trás da famigerada “cadeia alimentar” para justificar sua fome por cadáveres de animais. Pobres estômagos humanos, que se transformam em cemitérios de animais!

Os matadouros ou abatedouros, socialmente aceitos como locais adequados para que os animais possam dar suas vidas em benefício da humanidade, são inspecionados, fiscalizados e as facadas são dadas após o animal ter sido insensibilizado, ou seja, não sentiu o ato cruel que lhe tirou a vida. Isso é chamado de “abate humanitário”. E o ato não é tido como cruel, mas como necessário. Onde está o ato humanitário de tirar a vida daquele que deseja continuar vivo e expressa esse desejo se tiver oportunidade de fazê-lo?

No Brasil maltratar animais é crime (lei 9605/98, artigo 32). Mas, matar animais talvez não o seja, principalmente se o ato foi realizado “humanitariamente”. Ganha até prêmios e aplausos quem está ensinando a matar “humanitariamente”, afinal de contas o Brasil precisa exportar a carne de seus animais e a comunidade européia não quer comprar a carne de animais que sofreram para serem mortos. Então, quer dizer que matar animais continua sendo um ótimo negócio. Pensei que fosse crime, porque para mim o ato de matar é um ato de maltrato! É que sempre me esqueço que vivemos num mundo de valores invertidos.

E, nessa lógica, ainda não entendi o crime cometido pelo casal coreano.

Ironias e hipocrisias à parte.

Jamais poderia pactuar com um crime bárbaro desses, praticado contra seres inocentes, que já sofreram tanto com o abandono e todo o desdobramento deste ato repugnante praticado por pessoas irresponsáveis e ainda foram cair nas mãos de pessoas sem nenhum sentimento de humanidade. Humanidade aqui no sentido de compaixão, amor ao próximo, amor à vida. Pessoas que merecem ser mandadas embora de nosso país. E, pior ainda, o que aconteceu àqueles estabelecimentos comerciais que recebiam o produto final do crime? E às outras pessoas que se lambuzavam com partes de uma vida ceifada colocadas em seus pratos como se fosse um alimento? Isso é gente? Isso é ser humano? Afinal de contas, o que é ser Humano?

sábado, 26 de dezembro de 2009

Entrevista: José Sérgio Gabrielli

Bom, pessoal. Resolvi tirar o pó e espantar as moscas do blog e o farei mais vezes agora que estou de férias.

Deixo aqui na íntegra a entrevista que o Gabrielli, presidente da Petrobras deu ao Estadão e que copiei do blog do Luis Nassif.

Em tempos de que só se fala de aquecimento global é até estranho vê-lo por aqui, certo? Bom, sugiro que deixemos a posição de "adoradores de barranco" de lado e analisemos a real situação.
O Brasil tem alto potencial energético, dentre os quais considero ideal o solar, mas que é pouco explorado. A matriz hidrelétrica responde a aproximadamente 70% de nossa produção, menos mal, já pensou se fosse a termoelétrica? "Petrolicamente" falando estamos com tudo, principalmente depois da descoberta do pré-sal, coisa pra deixar até titio Obama de queixo caído...
É de se lamentar? Talvez, "ambientalmente" falando, melhor seria se não houvessem descoberto. Mas não vamos chorar o leite derramado, certo? Utilizado de maneira regulada pode trazer muitos benefícios à nossa economia.
A Petrobras com certeza representa o Brasil muito bem, "empresarialmente" falando, e torço para que Gabrielli cumpra o que disse na entrevista dada ao Kennedy Allencar em seu programa na RedeTV, onde disse que a meta da Petrobras é tornar-se uma empresa de energia e não de petróleo, investindo também em fontes alternativas e deixando de lado a petróleo-dependência.
Quem quiser conferir essa entrevista também, basta acessar o link do portal "É Notícia" da RedeTV clicando aqui.

Boa leitura! E fique à vontade para comentar.

Álvaro Diogo "Compartilhe suas ideias"

-----

Boa entrevista com José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras. O único senão é a incapacidade dos jornais de gerar uma manchete com apelo que não se choque com o conteúdo. Em nenhum momento ele disse que “o PSDB teria vendido a Petrobrás”.
Os repórteteres insistem com Gabrielli se, sob o PSDB, a empresa teria sido privatizada. Sua resposta é que algumas partes, talvez; jamais a empresa como um todo. Ele explica de forma competente o que teria sido o estilo PSDB de administrar a empresa (privilegiando a eficiência de setores separadamente, perdendo a visão sistêmica) e o estilo que ele implementou. Uma análise bem mais sofisticada do que a manchete sugere.


"PSDB teria vendido a Petrobrás"
Do Estadão


Presidente da estatal diz que o Lula salvou a estatal de ter partes vendidas, caso os tucanos vencessem a eleição

Roberval Angelo Schincariol e Tatiana Freitas

Seu orixá é Obaluaiê, o “dono da terra”, como revelou à imprensa pela primeira vez nesta entrevista. Mas bem que o baiano José Sérgio Gabrielli poderia ser chamado de “príncipe do mar”. Em seus quase quatro anos à frente da Petrobrás, ele anunciou a conquista da autossuficiência brasileira em petróleo (2006); a descoberta do pré-sal (2007-2008); e a consequente listagem da Petrobrás entre as maiores companhias de energia do mundo.
O que para muitos críticos não passa de um golpe de sorte, para Gabrielli, que assumiu a liderança da maior companhia brasileira no lugar de José Eduardo Dutra, em abril de 2006, o sucesso da Petrobrás é fruto de uma política de governo e só foi possível graças à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e à sua reeleição em 2006. “O presidente Lula fez a diferença”, disse em entrevista exclusiva à Agência Estado.
Segundo Gabrielli, se o resultado das eleições tivesse sido outro, com a vitória de José Serra em 2002 ou de Geraldo Alckmin em 2006, a Petrobrás teria tomado outro rumo. “Partes da empresa poderiam ter sido privatizadas.”
Mas Gabrielli também acredita no destino. Segundo ele, “há muita sorte em encontrar petróleo”. Mas não apenas isso. “Você não perfura um poço a 300 quilômetros de distância da costa e a milhares de metros de profundidade apenas confiando que Deus é brasileiro.” Afinal, de acordo com a crença, Obaluaiê foi adotado e criado por Iemanjá, a “rainha do mar”. A seguir, os principais trechos da entrevista:

A “Foreing Policy” publicou uma matéria recentemente questionando o novo marco regulatório do pré-sal, principalmente no que diz respeito à participação do Estado na Petrobrás. Citando os dois possíveis candidatos mais em evidência, a revista afirma que se o governador José Serra vencer as eleições presidenciais de 2010, ele vai tentar reverter isso. Já se a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sair vencedora, as empresas internacionais terão de recorrer à Justiça. O que o sr. tem a dizer sobre isso?
Que a Foreing Policy, uma revista americana, é uma think-tank liberal que tenta influenciar a opinião pública. Uma crítica sobre a presença do Estado em uma empresa vinda da Foreing Policy é normal. O contrário é que seria novidade. Acredito que a proposta do governo para o pré-sal claramente aumenta o papel do Estado. E isso é necessário e importante porque essa é a tendência mundial. E sempre foi na área do petróleo, que é um produto essencialmente vital e estratégico para a vida moderna.

Mas há exceções, como…
Os Estados Unidos não estão ausentes da indústria do petróleo. O Estado americano pode não estar diretamente produzindo, mas está atuando fortemente via estoque regulador, via estímulo às suas empresas, via regulações. No caso brasileiro, me parece que a nova regulação reflete uma realidade distinta da antiga regulação. São diferenças importantes. A primeira é o acesso a capitais. Na década de 90, tínhamos um problema para termos acesso a capitais que hoje não existe. A outra é o acesso à tecnologia. Hoje a Petrobrás, em águas profundas, é a empresa que tem maior mobilização tecnológica e conhecimento, e opera 22% da produção de águas profundas no mundo.

Mas isso não é fruto de um longo processo?
Sim, vem num processo. Primeiro tem um processo de melhoria das condições macroeconômicas. Depois, do controle da tecnologia. E, terceiro, o risco da área exploratória é muito baixo. Hoje você tem essa situação bastante distinta. Anteriormente era uma lei voltada a ajudar e permitir que as empresas privadas capturassem todos os ganhos da atividade do petróleo.

O sr. acredita que se o presidente Lula não tivesse sido eleito em 2002 e reeleito em 2006, a Petrobrás teria chegado ao pré-sal no momento em que chegou?
Essa pergunta é difícil de responder diretamente. Eu diria o seguinte: até 2003, a Petrobrás estava sendo preparada para ter um conjunto de atividades com muita eficiência em vários ramos e com pouco ganho no sistema como um todo e estava sendo inibida no crescimento do seu portfólio de exploração. A partir de 2003, os investimentos aumentam, a Petrobrás tem uma participação mais ativa nos leilões, redefine sua organização interna de forma a ter um fortalecimento das atividades corporativas no conjunto da companhia e acelera a renovação de seus quadros. Isso foi uma mudança de orientação política na Petrobrás. Se seria possível atingir sucesso com a política anterior é difícil dizer. Agora, que o sucesso atual depende das mudanças feitas, isso é certo. Evidentemente que há muita sorte em encontrar petróleo. Mas apenas sorte não é suficiente. Você não perfura um poço a 300 km de distância da costa e a milhares de metros de profundidade só confiando que Deus é brasileiro.

Se o resultado da eleição tivesse sido outro, qual caminho o sr. acha que Petrobrás teria tomado?
Só posso reafirmar que a Petrobrás estava a caminho de se transformar numa empresa muito eficiente separadamente e que perderia a capacidade de integração entre as diversas áreas da companhia. Teria investimento e crescimento menores do que teve. Provavelmente teria menos preocupação com o controle nacional, portanto teria menos impacto no estímulo da indústria brasileira. Teria focado suas atividades em setores diferentes do que foram focados. E o resultado disso é difícil especular qual seria. Seria uma empresa diferente do que é hoje.

O sr. acha que ela poderia ter sido privatizada, por exemplo?
Como um todo, acho difícil. Mas partes dela poderiam (ter sido privatizadas). Seria difícil uma privatização total da Petrobrás, mas partes dela, sim.

Pelo atual valor de mercado, de cerca de US$ 200 bilhões, a Petrobrás é maior que muitos países da América do Sul. Quais sãos os planos da empresa para investimentos internacionais, principalmente nos países vizinhos?
Dos US$ 174 bilhões em investimentos (até 2013), US$ 16 bilhões estão reservados para a área internacional. A maior parte dessa quantia vai para os Estados Unidos. Nós temos nos Estados Unidos 270 blocos exploratórios no Golfo do México e uma refinaria. A nossa maior produção adicional internacional vem da Nigéria. Nosso investimento na América do Sul é em portfólio. Estamos crescendo na distribuição. Compramos redes de distribuição no Paraguai, Uruguai, Chile e Colômbia. Estamos concentrando nos investimentos na Argentina na área de exploração. Estamos iniciando atividades exploratórias no Uruguai. Estamos em processo de avaliação de descobertas de gás no Peru, atividades exploratórias na Colômbia. Basicamente nosso investimento na América Latina é um investimento de manutenção de nosso portfólio.

A saída do Irã foi realmente por motivos puramente técnicos como garante a Petrobrás?
Nós não saímos do Irã ainda. Tínhamos dois poços lá e o contrato terminou. Não entendo por que essa preocupação tão grande com o Irã. Ninguém da indústria do petróleo em sã consciência pode negar que o Irã é uma das maiores áreas de reservas de petróleo no mundo.

Nesse caso, é exatamente por isso a preocupação com o Irã…
Nós vamos manter nossa presença no Irã, mesmo que sem atividade prevista no país. Os poços que perfuramos estavam secos. Não encontramos nada. Paciência.

E para o Iraque, agora que as coisas parecem mais calmas por lá, a Petrobrás tem algum plano?
Não temos absolutamente nada no Iraque. Eles têm lá as preferências deles. O Iraque tem contrato de serviço. E isso não interessa à Petrobrás.

A preocupação mundial com as mudanças climáticas não poderia inviabilizar o pesado investimento atual da empresa no pré-sal a longo prazo, tendo em vista que os países buscam combustíveis considerados limpos para substituir o petróleo?
Com um crescimento da demanda de apenas 1% ao ano em média até 2030, como preveem as pesquisas, haverá a necessidade de se adicionar entre 55 milhões e 65 milhões de barris por dia de produção. E isso praticamente para manter o consumo atual.

Mesmo considerando a entrada de combustíveis limpos?
Sim. Por quê? Porque a economia vai crescer mais que 1% em média. E todo esse crescimento adicional leva em conta os novos combustíveis. De onde vem essa necessidade de 55 milhões a 65 milhões de barris? Do declínio da produção atual. Como há o declínio, haverá a possibilidade de repor esse petróleo.

Não se corre o risco de o preço do petróleo cair muito bem lá na frente com sua possível substituição?
Não. A nossa visão é a de que o petróleo vai cair, sim, mas em termos relativos. Hoje o petróleo representa cerca de 33% da matriz mundial. Lá por 2030, a commodity representará 28%. E quem vai substituir, na nossa visão? O carvão.

O carvão?
Sim, infelizmente, o carvão. E, consequentemente, em 2030, carvão, petróleo e gás natural vão continuar fornecendo 2/3 da matriz energética mundial.

Em quase 20 anos, nenhuma mudança?
Não. Para se ter ideia, os biocombustíveis terão aumento extraordinário neste período. Eles crescerão cerca de 100%.

Isso é uma boa notícia.
Você acha? Eles sairão de 0,4% da matriz energética para 0,9%. Grande diferença!

No blog da Petrobrás, o sr. reclama em um vídeo que os jornalistas perderam o interesse em perguntar sobre os biocombustíveis após o pré-sal…
(Risos) Isso porque vamos investir US$ 2,8 bilhões em biocombustíveis até 2013. Nossa capacidade de biodiesel dobrou. Tínhamos três usinas, com produção de cerca de 300 milhões de metros cúbicos, o que dobrará já no próximo ano. Estamos entrando no etanol, com a compra de participação em outras empresas.

Quais empresas?
Até o momento não temos nenhuma participação em etanol. Queremos comprar empresas o mais breve possível.

O sr. poderia fazer um balanço da Petrobrás nos últimos sete anos de administração petista?
A Petrobrás valia cerca de US$ 14 bilhões em 2003 e hoje vale cerca de US$ 210 bilhões. Hoje, temos um portfólio exploratório em crescimento no Brasil. A Petrobrás tem hoje 46% da sua força de trabalho com menos de nove anos de casa e 53% com mais de 19 anos. Houve uma renovação da força de trabalho dentro da empresa. A Petrobrás fortaleceu a sua estrutura corporativa. Entrou fortemente na área de biocombustíveis. Montou e consolidou a estrutura de gás natural no País. Em 2002 investia US$ 200 milhões por ano em refino. Hoje esse valor é mensal. Ampliou o market-share na BR (distribuidora). Comprou a Liquigás. É hoje a sexta maior empresa de energia do mundo e a segunda maior em petróleo, só perdendo para a Esso. Resumindo: um sucesso!

O sr. afirma então que a Petrobrás é o que é hoje por causa do presidente Lula?
O presidente Lula fez diferença (pausa). Acho que depende muito da orientação do governo, mas se a Petrobrás não tivesse capacidade de fazer, não seria o que é hoje. Mas o orientação clara do governo foi essa. A política de conteúdo nacional renovou a indústria do País. Temos hoje, com relação aos nossos investimentos, 74% de participação brasileira.

O governo vem sendo acusado pela oposição de usar o pré-sal como arma política para 2010…
A oposição tem de criticar sempre. Faz parte da democracia.

O sr. tem algum interesse político?
Não serei candidato, não pretendo ser candidato. Já fui candidato. A última vez em 1990.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Copenhagen Wheel, a bicicleta high-tec do MIT



Sempre a inovar e sempre a apresentar inventos com tecnologia de ponta, desta vez o MIT (Massachusetts Institute of Technology) presenteia-nos com uma bicicleta. Até aqui nada de novo, mas o melhor é conhecerem as características desta bicicleta em particular…

O nome de código é The Copenhagen Wheel e a base deste invento móvel é a integração de uma roda traseira que aproveita a energia dos travões (tipo o sistema da Formula 1), que depois de acumulada a energia volta a usa-la para, por exemplo, ajudar a subir uma rua mais inclinada.

A energia é acumulada numa bateria, envolta numa complexo sistema de gestão e que inclui um sensor capaz de detectar quando o ciclista necessita dessa energia extra para não ter de pedalar tanto.

Como se não bastasse, este modelo de bicicleta virá acompanhado de uma tecnologia de interligação que permite ao ciclista conectar-se com outros ciclistas com modelos similares de bicicleta, podendo assim obter informações úteis como podem ser os níveis de poluição, engarrafamentos e/ou obras, etc. No fundo, será criada uma rede móvel para ciclistas!

Quanto a preços e datas de fabrico, espera-se ver os primeiros modelos já em 2010, com preços entre os 500 e os 1000 dólares.

Ideal para citadinos que se movam com frequência, principalmente nestas épocas em que tanto se fala em poupar a Mãe Natureza.

Fonte: Kero Dicas

George H. S. Ruchlejmer
"Sua ideia é IdeiaNossa.blogspot.com"

sábado, 12 de dezembro de 2009

O resto do mundo



Para tirar o pó do blog, ja que todos estamos ocupadíssimos, resolvi adicionar apenas coisas fáceis de se ler. Uma charge para linkar com a música do Pensador.
Reflitam.



Gabriel Pensador - O Resto do Mundo

Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
Eu me chamo de cheiroso como alguém me chamou
Mas pode me chamar do que quiser seu dotô
Eu num tenho nome
Eu num tenho identidade
Eu num tenho nem certeza se eu sou gente de verdade
Eu num tenho nada
Mas gostaria de ter
Aproveita seu dotô e dá um trocado pra eu comer...
Eu gostaria de ter um pingo de orgulho
Mas isso é impossível pra quem come o entulho
Misturado com os ratos e com as baratas
E com o papel higiênico usado
Nas latas de lixo
Eu vivo como um bicho ou pior que isso

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou... Eu num sou ninguém

Eu tô com fome
Tenho que me alimentar
Eu posso num ter nome mas o estômago tá lá
Por isso eu tenho que ser cara-de-pau
Ou eu peço dinheiro ou fico aqui passando mal
Tenho que me rebaixar a esse ponto porque a necessidade é maior do que a moral
Eu sou sujo eu sou feio eu sou anti-social
Eu num posso aparecer na foto do cartão postal
Porque pro rico e pro turista eu sou poluição
Sei que sou um brasileiro
Mas eu não sou cidadão
Eu não tenho dignidade ou um teto pra morar
E o meu banheiro é a rua
E sem papel pra me limpar
Honra?
Não tenho
Eu já nasci sem ela
E o meu sonho é morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela
A minha vida é um pesadelo e eu não consigo acordar
E eu não tenho perspectivas de sair do lugar
A minha sina é suportar viver abaixo do chão
E ser um resto solitário esquecido na multidão

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto do mundo
Eu num sou ninguém
Eu num sou nada
Eu num sou gente
Eu sou o resto do mundo
u sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto
Eu num sou ninguém

Frustração
É o resumo do meu ser
Eu sou filho da miséria e o meu castigo é viver
Eu vejo gente nascendo com a vida ganha e eu não tenho uma chance
Deus! Me diga por quê?
Eu sei que a maioria do Brasil é pobre
Mas eu num chego a ser pobre eu sou podre!
Um fracassado
Mas não fui eu que fracassei
Porque eu num pude tentar
Então que culpa eu terei
Quando eu me revoltar quebrar queimar matar
Não tenho nada a perder
Meu dia vai chegar
Será que vai chagar?
Mas por enquanto

Eu sou o resto
O resto do mundo
Eu sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto do mundo
Eu num sou ninguém
Eu num sou nada
Eu num sou gente
Eu sou o resto do mundo
u sou mendigo um indigente um indigesto um vagabundo
Eu sou o resto
Eu num sou ninguém

Eu num sou registrado
Eu num sou batizado
Eu num sou civilizado
Eu num sou filho do Senhor
Eu num sou computado
Eu num sou consultado
Eu num sou vacinado
Contribuinte eu num sou
Eu num sou comemorado
Eu num sou considerado
Eu num sou empregado
Eu num sou consumidor
Eu num sou amado
Eu num sou respeitado
Eu num sou perdoado
E também sou pecador
Eu num sou representado por ninguém
Eu num sou apresentado pra ninguém
Eu num sou convidado de ninguém
E eu num posso ser visitado por ninguém
Além da minha triste sobrevivência eu tento entender a razão da minha existência
Por quê que eu nasci?
Por quê tô aqui?
Um penetra no inferno sem lugar pra fugir
Vivo na solidão mas não tenho privacidade
E não conheço a sensação de ter um lar de verdade
Eu sei que eu não tenho ninguém pra dividir o barraco comigo
Mas eu queria morar numa favela amigo
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
Eu queria morar numa favela
O meu sonho é morar numa favela.

George H. S. Ruchlejmer
"Sua ideia é IdeiaNossa.blogspot.com"

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Meme


Oi gente, o blog anda um pouco parado, então vim postar esta novidade que surge no Yahoo, chamado Meme. É um sistema de atualizações com imagens, videos, musicas e textos que podem ser diárias, mais uma forma de expor idéias e opiniões. Criei o meme Idéia Nossa.

Confiram: http://meme.yahoo.com/ideia_nossa

George H. S. Ruchlejmer
"Sua ideia é IdeiaNossa.blogspot.com"
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...