--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Mägo de Oz - El Atrapasueños

Dichoso es el que ve
Que cielo y horizonte,
Condenados están
A tenerse que entender.

Juicioso es el que cree
Que no existe partida
En la que no haya que
Arriesgar para vencer.

La felicidad no consiste en todo tener
Si no en saber sacar,
lo bueno que te da.

Ve antes salir el sol,
Un águila o un halcón
Que una legión de buhos en formación.

Yo te mostraré,
Que todo en esta vida
Lo puedes tener,
Si en ti logras creer,
Y te enseñaré a vencer a tu enemigo
Que no son los demás,
Eres tú, ¡¡eres tú!!.

Hay que fracasar,
Y a veces fondo tocar
Para ver la luz,
Y esta vida apreciar.

La felicidad no consiste en todo tener
Si no en saber sacar,
lo bueno que te da.

Yo te cantaré una nana,
Y mi voz te arropará,
Y en tus sabana mi aliento,
Las pesadillas se irán.

Y algún día se cumplirán,
Todos tus sueños se harán realidad,
Y mañana amanecerá,
El atrapasueños yo soy.

Y algún día se cumplirán,
Atrapo sueños, enjaulo el dolor,
Y mañana amanecerá,
El atrapasueños yo soy.

Y algún día se cumplirán,
Todos tus sueños se harán realidad,
Y mañana amanecerá,
El atrapasueños yo soy.

Y algún día se cumplirán,
Atrapo sueños, enjaulo el dolor,
Y mañana amanecerá,
El atrapasueños yo soy.

[TRADUÇÃO]

Bem-aventurado aquele que vê
Que o céu e o horizonte
Estão condenados
A ter que se entender

Sensato aquele que vê
Que não existe partida
Em que nao é necessário
Arriscar para vencer

A felicidade não consiste em ter tudo
Mas sim saber entender
Tudo de bom que recebes

Vê primeiro o sol sair
Uma águia ou um falcão
Do que uma revoada de corujas em formação

Eu te mostrarei
Que tudo nessa vida
Você pode ter
Se conseguir crer em você mesmo
E te ensinarei a vencer o inimigo
Que não são os outros
É você! É você!

Você terá de fracassar
E às vezes chegar ao fundo do poço
Para ver a luz
E saber apreciar essa vida

A felicidade não consiste em ter tudo
Mas sim saber entender
Tudo de bom que recebes

Te cantarei uma cantiga de ninar
E minha voz te vestirá
E em você calmaria, meu consolo
Os pesadelos irão embora

E algum dia se cumprirão
Todos seus sonhos se tonarão realidade
E amanhã amanhecerá
Eu sou o apanhador de sonhos!

E algum dia se cumprirão
Apanho os sonhos, enjaulo a dor
E amanhã amanhecerá
Eu sou o apanhador de sonhos!

Pra fechar bem o ano!

1 da manhã - Estava eu fazendo um dos 500 trabalhos de artes que tenho pendentes, quando vem aquele barulhinho irritante de uma janelinha subindo:
- Você recebeu uma nova mensagem de e-mail

Quem manda e-mail a essa hora? >_>
- Greenpeace
[Coincidentemente, tocava '¿Dónde jugarán los niños?' - Maná]

Fiquei tão feliz com a notícia que eu resolvi postar aqui.
Eis a mensagem:

Olá.
O ano de 2008 chega ao fim com uma boa notícia: conseguimos evitar que o Projeto de Lei 6424, o "Floresta Zero", fosse aprovado na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados!
Muito obrigada pela sua participação na campanha Meia Amazônia Não. Seu apoio foi fundamental para essa conquista, mas a luta para manter nossa floresta inteira ainda não terminou.
No próximo ano continuaremos trabalhando para que o PL 6424 seja rejeitado de vez e deixe de assombrar nossas florestas. Para isso, vamos precisar de sua ajuda mais uma vez.

Meia Amazônia Não
Queremos ter você ao nosso lado em 2009, para juntos construirmos um futuro mais verde, pacífico e justo.

Obrigada mais vez.
Joanna Guinle

Sobre o projeto Floresta Zero:

Passou no Senado e tramita agora na Câmara dos Deputados um projeto de lei que, se aprovado, será um golpe mortal para as florestas brasileiras e, em especial, a floresta amazônica.
Originalmente de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), e modificado pela comissão de agricultura do congresso, o PL 6424/2005, autoriza a derrubada de até 50% da vegetação nativa em propriedades privadas na Amazônia. De quebra, legaliza praticamente todos os desmatamentos que, nos últimos 40 anos, derrubaram cerca de 700 mil quilômetros quadrados da área original de floresta - o equivalente a quase três estados de São Paulo. O projeto também desobriga os responsáveis pelos desmatamentos de recuperarem o que derrubaram, permitindo um desmatamento realizado no Pará, por exemplo, seja compensado com o plantio de árvores no Rio de Janeiro. Em resumo, o projeto condena vastas regiões do Brasil a serem livres de floresta, o que levou a ficar conhecido como "Projeto Floresta Zero".

Com base nas taxas anuais de destruição de floresta, estima-se que, em duas décadas, 31% dela estarão derrubados, outros 24% degradados e a Amazônia prevista para virar uma savana até o final desse século. O Floresta Zero é um sinal verde para as motoserras e correntões acelerarem esse processo. Ao invés de aumentar a proteção do meio ambiente e estabelecer metas para a redução do desmatamento, o Congresso Nacional estará dando as costas para a Amazônia e abrindo as portas para mais destruição, agravando uma situação que já coloca o Brasil na incômoda posição de quarto maior poluidor do clima do planeta.

www.meiaamazonianao.org.br

Fuçando aqui e ali, descobri que em novembro a petição on-line bateu recorde de mobilização no Brasil a favor da floresta Amazônica! Mais de 180 mil assinaturas =)
Agora, a música!

¿Dónde jugarán los niños?

Cuenta el abuelo que
de niño el jugó
Entre árboles y risas
y alcatraces de color
Recuerda un río
transparente si olores,
Donde abundaban peces,
no sufrían ni un dolor

Cuenta mí abuelo
de un cielo muy azul,
En donde voló papalotes
que él mismo construyó
El tiempo pasó y
nuestro viejo ya murió
Y hoy me pregunté
después de tanta destrucción

¿Dónde diablos jugarán
los pobres niños?
¡Ay ay ay!
¿en dónde jugarán?
Se esta quemando el mundo
Ya no hay lugar

La tierra está a punto
de partirse en dos
El cielo ya se ha roto,
ya se ha roto el llanto gris
La mar vomita rios de aceite sin cesar
Y hoy me pregunté
después de tanta destrucción

¿Dónde diablos jugarán los pobres
Niños?
¡Ay ay ay!
¿En dónde jugarán?
Se esta quemando el mundo
Ya no hay lugar

¿Dónde diablos jugarán los pobres nenes?
¡Ay, ay ay!
¿En dónde jugarán?
Se esta quemando el mundo
Ya no hay lugar
No hay lugar neste mundo

[Tradução]

Conta o avô que
quando menino ele brincou
entre árvores e risadas
e lírios coloridos
Lembra de um rio
transparente sem odores,
onde peixes abundantes,
não sofriam nem uma dor

Conta meu avô
de um céu muito azul,
onde ele empinou pipas
que ele mesmo fez
O tempo passou e
nosso velho ja morreu
E hoje me perguntei
depois de tanta destruição

Onde diabos brincarão
as pobres crianças?
Ai ai ai!
Aonde brincarão?
O mundo esta sendo queimado
Já não há lugar

A terra está a ponto
de dividir-se no meio
O céu ja esta quebrado,
já se quebrou o pranto cinza
O mar vomita rios de óleo sem cessar
E hoje me perguntei
depois de tanta destruição

Onde diabos brincarão
as pobres crianças?
Ai ai ai!
Aonde brincarão?
O mundo esta sendo queimado
Já não tem lugar

Onde diabos brincarão
os pobres bebês?
Ai ai ai!
Aonde brincarão?
O mundo esta sendo queimado
Já não há lugar
Não há lugar neste mundo

Bom... é isso! Bora continuar com a campanha! Quanto mais assinaturas, melhores as chances dos nossos filhos conhecerem um pouquinho do que sobrou da nossa floresta o/
Meia Amazônia Não!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Bicicletas à Praia!!!


Charge do Jean na folha de hoje.

Você sabia que as únicas estradas no Brasil que DESCUMPREM A LEI IMPEDINDO A PASSAGEM DE CICLISTAS são a Imigrantes e a Anchieta, ambas concedidas à Ecovias (que de eco não tem absolutamente nada).

A polícia tem feito o jogo do patrão, mas nós vamos encher o saco de todas as maneiras possíveis para conseguir que se cumpra a lei.

Nós só queremos exercer o direito de ir e vir com nossos meios de transporte. Só queremos que se cumpra a lei. Só queremos ir à praia com tranqüilidade e segurança.

Saiba mais:

- http://www.bicicletada.org/interplanetaria2008
- http://www.ciclobr.com.br/diasemcarro/noticias57.asp
- http://euvouvoando.blogspot.com/2008/12/no-vo-descer-por-que-eu-no-quero.html

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Aconselho-vos a lerem o relato que está no segundo blog aqui em cima^...

"Menos Carro! Mais Bicicleta!
Menos Gasolina! Mais Adrenalina!"

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Sobre Van a Rodar Cabezas

Eu dedico essa música a todas as pessoas inúteis que vêem o que está acontecendo (em geral, não só sobre Gaia) e não fazem nada, que se acham alheias ao que acontece a sua volta.

Ai ai, dá pra comentar sobe cada pedacinho dessa música, mais juntando tudo, ela trás uma mensagem bem legal. Uma mensagem que nos diz para correr atrás das coisas que queremos, e que de certa forma já são nossas, para nunca desistirmos, usando os meios que foram necessárias, mais por causas justas.
Tem coisas nessa música que se contradizem, porque, por mais que nos incentive a lutar por causas juntas, fala isso de um jeito ruim, só com o uso da violência. E por mais que nos diga pra nunca desistir, “ele” (supondo que tenha uma ele) se desiste se despedindo, na parte:

“É um sonho e de joelhos
me despeço de amar
em outra vida voltarei”


E ele não está morrendo, já que a continua afirmando que cabeças vão rolar, ou ele já está se despedindo da vida, crente que vai morrer, ou ele está se despedindo dos seus sentimentos virtuosos, por que é como eu vi num animê “Os sentimentos bons são franquezas, você tem que se livrar deles”.

Eu não pensei em muita coisa pra esse post, eu fiquei muito obcecada com a coisa do cravo.

"A coisa do Cravo"

Então, eu achei essa história de “tinta de um cravo” muito tosca, eu não sabia o que tinta de cravo tinha a ver com isso, ai o Ge falo que podia ser uma cor, ai eu pensei: supondo que o cravo seja a flor e esteja se referindo as cores, um cravo é branco e vermelho (o cravo clássico, porque tem várias cores), o que daria o branco da Lua e vermelho do sangue (já que, supostamente, a música trate de uma guerra). É uma hipótese.

Bom, acho que é isso. Vamos lutar pelo que é nosso e pela nossa liberdade! \o/

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Nem isto, nem aquilo

Esse papo de racismo
Eu sempre ouvi falar
Da cultura ignorante
Essa idéia veio aflorar
Mas hoje eu acredito
Falo, provo e lhe digo
Que isso tem que acabar

Sergio Pena, grande homem
Nos trouxe a grande questão
Não existe tantas raças
Vai pra lá de seis bilhão
O racismo é social
O genoma é crucial
E revela solução

Não é só por aparência
Que devemos entender
Se é isto ou aquilo
Que o homem deve ser
Quem só vai pela aparência
Tá por fora da ciência
Sinto muito em lhe dizer

O racismo é novinho
Ele não é velho não
Vem do século XVII
Junto com a escravidão
Do povo negro africano
Que assim, durante anos
Quiseram por no porão

O modelo tipológico
Se tornou campo propício
Pro terrível do Apartheid
Pro nojento do nazismo
Teorias baseadas
De culturas arraigadas
Disso surge o racismo

O que posso ser por fora
Não determina o que há por dentro
Cor de pele, cabelo e crânio
Isso é velho pensamento
Cada ser é um indivíduo
E em seu DNA contido
Constitui um firmamento

Somos todas da mesma espécie
Somos todos da família
Seguindo num mesmo som
Seguindo na mesma trilha
Compreender que não há raça
Isso é a causa da desgraça
De cada um na sua ilha

(Maria da Saúde da Silva)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Mägo de Oz - Van a Rodar Cabezas

Si he de morir, será luchando
por ver crecer a mi pueblo aquí
Y perderé en un suspiro
lo que en una vida tardé en construir.

Si he de vivir, no será mendigando
por mi cultura y lo que creí

Si he de caer, será al menos luchando
porque no secuestren
mi libertad.

Si he de callar, lo haré dejando
que hable por mi el viento de aquí
No quiero ver a mi pueblo adorando
a un Dios que no puede al Sol oir.

Si he de gritar mi odio ya levantando
tal tempestad que mi ira se hará
Si he de matar, no será asesinando
el hombre blanco lo hace
no por sobrevivir.

Sé que llegará el día
en que llueva libertad
y que escrito en la luna
con la tinta de un clavel
será libertad

Sé que llegará el día
en que llueva libertad
y que escrito en la luna
con la tinta de un clavel
será libertad

(Solo)

No dejes que
la melancolía de tu memoria
sea el retrovisor
No dejes que una frontera
consiga determinar el país
de un flor

Si he de gritar mi odio ya levantando
tal tempestad que mi ira se hará
Si he de matar, no será asesinando
el hombre blanco lo hace
no por sobrevivir.

Sé que llegará el día
en que llueva libertad
y que escrito en la luna
con la tinta de un clavel
será libertad.

Es un sueño y de rodillas
me despido de amar
en otra vida volveré

Hoy van a rodar cabezas
hoy van a rodar...


[TRADUÇÃO]

Se tiver de morrer, será lutando
por ver crescer o meu povo aqui
e perderei em um suspiro
o que em uma vida demorei a construir.

Se tiver de viver, não será mendigando
por minha cultura e pelo que eu pensava

Se tiver de cair, será ao menos lutando
para que não seqüestrarão
minha liberdade.

Se tiver de calar, o farei deixando
que fale por mim o vento daqui
Não quero ver o meu povo adorando
um deus que não pode o Sol ouvir.

Se tiver de gritar meu ódio já levantando
tal tempestade que minha ira se fará
Se tiver de matar, não será assassinando
o homem branco o faz
não por sobreviver.

Sei que chegará o dia
em que choverá liberdade
e que escrito na Lua
com a tinta de um cravo
será liberdade.

Não deixes que
a melancolia de tua memória
seja o retrovisor
Não deixes que uma fronteira
consiga determinar o país
de uma flor.

Se tiver de gritar meu ódio já levantando
tal tempestade que minha ira se fará
Se tiver que matar, não será assassinando
o homem branco o faz
não por sobreviver.

Sei que chegará o dia
em que choverá liberdade
e que escrito na Lua
com a tinta de um cravo
será liberdade.

É um sonho e de joelhos
me despeço de amar
em outra vida voltarei

Hoje vão rolar cabeças
hoje vão rolar...

Sobre La Leyenda de la Llorona

Coisinha que eu achei sem querem, mais bem interessante, só que vocês vão ter que traduzir!!

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Esta es la historia de la Llorona

Se cuentan muchas historias sobre una mujer, desde antes de la llegada de los españoles, se decia que era la diosa Chiuacoatl*.
Quien aparecia elegantemente vestida y en las noches gritaba y bramaba en el aire, su atuendo era blanco y aparentemente tenia cuerno.
otros aseguraban que era Donã Marina, osea "La Malinche", quien, arrepentida de haber traicionado a su raza regresaba a penar.
Otros alegaban que era una muler joven que habia muerto un dia antes de casarce y traia al novio la corona de rosas que nunca llega a ceñirse, outras veces era la viuda que venia a llorarle a sus hijos huerfanos.
O la esposa muerta en ausencia del marido a quien venia a darle el beso de despedida; o ladesafortunada mujer, vilmente asesinada por el celoso marido apareciente para lamentar su triste fin y confesar su inocencia.
Se dice que a mediados del siolo XVI, los habitantes de la ciudad de Mexico, tocaban el toques de queda a media noche y principalmente cuando habia luna llena, despertanban espantados cuando oian en la calle unos oian lanzados al viento por una mujer.
sea cual sea la verdad, la llorona se sigue apareciendo en la media noche por las calles de la ciudad de Mexico.
Espero que nunca se te aparezca en tu vida.
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Link do vídeo que eu tirei essa coisinha ~> http://br.youtube.com/watch?v=K-sZiNpFEsM

Mägo de Oz - La Leyenda de la Llorona


Bom Marido - Luís Fernando Veríssimo

Minha esposa e eu sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.

Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica.
Então ela disse: 'Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar'.
Daí comprei pra ela uma cadeira elétrica.

Eu me casei com a 'Sra. Certa'. Só não sabia que o primeiro nome dela era 'Sempre'.

Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha..
Ela perguntou: 'O que tem na TV?' E eu disse 'Poeira'.

No começo Deus criou o mundo e descansou.
Então, Ele criou o homem e descansou.
Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso.

Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes, o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer.
Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa.
Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dente e lhe entreguei.
'- Quando você terminar de cortar a grama, ' eu disse, 'você pode também varrer a calçada. '
Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida.

'O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido... '

Pichação da 28° Bienal de São Paulo

Nesta sexta-feira, 19 de dezembro, às 17h, acontecerá uma manifestação pela libertação de Caroline Pivetta da Mota, 23, presa há quase dois meses por ter participado da pixação do andar vazio da 28a Bienal de São Paulo. A ação ocorreu no dia 26 de outubro, envolveu aproximadamente 40 pixadores e pode ser considerada uma resposta às proposições da curadoria desta Bienal, intitulada "Em vivo contato". No texto de abertura do guia da exposição os curadores afirmaram:

"A transformação do andar térreo do Pavilhão Cicillo Matarazzo numa praça pública, como no desenho original de Oscar Niemeyer para o parque em 1953, sugere uma nova relação da Bienal com seu entorno - o parque, a cidade -, que se abre como a ágora na tradição da polis grega, um espaço para encontros, confrontos, fricções. (...) Ao contrário das bienais anteriores, que transformaram o interior do pavilhão modernista em salas de exposição, desta vez o segundo andar está completamente aberto. É nesse território do suposto vazio que a intuição e a razão encontram solo propício para fazer emergir as potências da imaginação e da invenção. Esse é o espaço em que tudo está em um devir pleno e ativo, criando demanda e condições para a busca de outros sentidos, de novos conteúdos".

No entanto, tão logo a cidade, os confrontos, as fricções e os novos conteúdos ocuparam aquele espaço a própria curadora adjunta da exposição saiu correndo gritando pelos seguranças. O curador Ivo Mesquita classificou a ação como "arrastão" e "tática terrorista". Procurado pela imprensa, Rafael Augustaitz, a quem é atribuída a organização desta e de duas pixações coletivas anteriores (uma na Faculdade Belas Artes e outra na Galeria Choque Cultural), respondeu com uma frase do filósofo Friedrich Nietzsche: Como falta tempo pra pensar e ter sossego no pensar, não se estuda mais as opiniões divergentes. Contenta-se em odiá-las. Mas se o alargamento da noção de "arte" implicado na ação ainda não está sendo estudado e discutido, o mesmo não se pode dizer da solidariedade com Caroline. Uma série de pessoas já se manifestaram publicamente em sua defesa, desde amigos próximos até o novo ministro da Cultura, Juca Ferreira.

atualização: Caroline deixou o presídio hoje, 19/12, por volta de 10h da manhã e irá responder ao processo em liberdade.

local da manifestação:
Mube - Museu Brasileiro de Escultura (Av. Europa, 218 - continuação da Rua Augusta, sentido Jardins, ao lado do MIS - Museu da Imagem e do Som)

domingo, 21 de dezembro de 2008

O que é um peidinho para quem já está todo cagado ?

Hahaha, garotas que me desculpem.. mas essa obra de arte eu não poderia deixar de passar. Fato verídico ocorrido com Luis Fernando Veríssimo em uma viagem à Miame.

Aeroporto Santos Dumont, 15:30.

Senti um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse.
Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas.

Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão.

'Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo, o avião só sairía às 16:30'.

Entrando no ônibus, sem sanitários. Senti a primeira
contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto

Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil falei:

'Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro.'

'Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda.'

O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante: 'Senhoras e senhores, nossa viagem entre
os dois aeroportos levará em torno de 1hora, devido a obras na pista.'

Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação anus a qualquer momento.

Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro.

O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado.

Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo
que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi,
consternado, que havia cagado.

Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor.

Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada.

Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal.

Mas sem dúvida, a situação tava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de piedade, e confessei sério:

'Cara, caguei!'

Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle.

'Que se dane, me limpo no aeroporto', pensei.

'Pior que isso não fico'.

Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda.

Desta vez, como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés.

E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líqüida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade.
E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar. Afinal de contas, o que era um peidinho para quem já estava todo cagado...

Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez. Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que
resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto.

Mas era tarde demais para tal artifício absorvente.
Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada.

Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.

Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei falta de papel higiênico em todos os cinco.

Olhei para cima e blasfemei: 'Agora chega, né?'

Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que concluí como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.

Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o 'check-in' e ia correndo tentar segurar o vôo.
Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte 'Ele tinha despachado
a mala com roupas'.
Na mala de mão só tinha um pulôver de gola 'V'.

A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus.

Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis.
Minha cueca, joguei no lixo. A camisa era história.
As calças estavam deploráveis e assim como
minhas meias mudaram de cor tingidas pela merda. Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1a 10.
Teria que improvisar.
A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar.
Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu. Estava pronto para embarcar.

Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola 'V', sem camisa.

Mas caminhava com a dignidade de um lorde.

Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o 'RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO' e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria.

A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo.

Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os
pulsos, mas decidi não pedir:

'Nada, obrigado.'

Eu só queria esquecer este dia de merda. Um dia de merda...

Luis Fernando Veríssimo (verídico)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ônibus Lotado? Culpe o automóvel.


Você é um dos milhões de habitantes de Sampa que pega ônibus todos os dias? Será que já pegou um coletivo em horário de pico? Se você, como eu, já teve essa experiência, sabe que não é nada agradável. E provavelmente pensou que gostaria de estar em um dos carros do outro lado da bolha, fechados no ar-condicionado e som ambiente. Naquelas confortáveis poltronas de 30, 40, 90 mil reais. Sem ninguém te encoxando, respirando no seu cangote. E já que estamos falando de como é ruim andar de ônibus, porque não pensamos logo num dia de chuva, em que, além de ficar em pé no trânsito, você tem que agüentar aquele bafo quente porque ninguém abre a janela.

Pois é. Se nessas situações você fica put@ com a qualidade do transporte público, é bem provável que esteja bravo com a coisa errada. Boa parte da culpa do ônibus lotado é do próprio congestionamento. Isso porque, por mais ônibus que existam no mundo, se eles ficam parados no lugar, vão enchendo cada vez mais. Pode prestar atenção: assim que o trânsito anda, passam ônibus vazios.

Vamos mudar de modal e talvez fique mais claro o que acontece no trânsito. Você, espero, já pegou o metrô alguma vez. Tente se lembrar de um dia em que estava lá, na estação Paraíso, e chegou um metrô da Linha azul. Rapidamente a plataforma para quem vai para a Vila Madalena (Linha Verde), que estava vazia, se enche. Aí, chega um metrô e a plataforma se esvazia novamente. Esse é o fluxo normal, pensado para sempre desafogar os novos usuários que chegam.


Agora lembre daquele dia em que o intervalo normal, que é de 1,5 minuto a 3 minutos, aumentou para, digamos 8 minutos. Nesse meio tempo, 3 ou 4 composições chegam e mais pessoas vêm da rua. Aí, a plataforma fica completamente lotada e, mesmo que o próximo trem para a Vila venha completamente vazio, ele não conseguirá escoar toda essa gente. Será preciso alguns trens para que isso aconteça.

Da mesma forma, um ônibus preso no tráfego é um alvo fácil para a superlotação. Assim, o problema do transporte coletivo na cidade passa, e muito, pelo trânsito em si. Se não há corredores de ônibus segregados do trânsito normal, não há fluidez e, conseqüentemente, os ônibus enchem. E o mais interessante é, nessas horas, olhar em volta e reparar nos grandes causadores do trânsito: os carros.

Você está dentro de um ônibus lotado com, provavelmente, 60 outras pessoas. Aí você olha em volta e vê os carros com 1 pessoa. São 60 carros no total ocupando 3 quarteirões com 3 faixas. E você, dentro de um só ônibus ocupando 1 faixa de rolamento e pouco mais de 15 metros de comprimento.

Responda em voz alta: quem causa o trânsito?

Faça mais. Olhe para a calçada, numa Av. Paulista, por exemplo, e conte as pessoas. Depois, olhe para a rua e conte as pessoas nos carros. E aí, onde tem mais gente? Quem ocupa mais espaço? Uma via tem a capacidade média de levar 2 mil pessoas em carros, 9 mil pessoas em ônibus, 14 mil em bicicletas e 19 mil a pé.

Quem mesmo? O automóvel.

Foi mais ou menos assim que eu decidi não possuir um carro. E olha que eu gosto muito de automóveis, como já disse neste post. Era um dia de greve de metrô e eu estava na Van que fazia um trajeto do meu trabalho para a estação Vila Madalena. Por causa da greve, tivemos que ir até a Clínicas e o caminho passava pela Heitor Penteado. Estava tudo parado. Dentro da van, 16 pessoas. À nossa volta, 16 carros com 1 pessoa cada. Tive um insight: o sonho de Henry Ford é impossível. E ali mesmo decidi que possuir um automóvel é um direito, não um dever, muito embora a propaganda e a nossa sociedade exerçam uma enorme pressão para que se pense o contrário.

Abaixo, vídeo-bônus sobre a eficiência de transporte público versus privado.


Foto do ônibus: cortesia de Paulo Fehlauer via Flickr.

Foto da Calle Inteligente: divulgação da Fundación Ciudad Humana, la organización World Carfree Network y la Alcaldia Mayor de Bogotá.

Créditos: http://nossoquintal.org/

Do Nascimento à Morte em um Carro e Um Grande Favor aos Cartunistas


Eco-Consumismo e o Capitalismo Verde



O texto abaixo é uma tradução livre das “20 Theses against green capitalism”, de Tadzio Mueller e Alexis Passadakis, encontrado no Nowtopian de Chris Carlsson. Alexis é membro da ATTAC Alemanha e Tadzio faz parte do coletivo editorial Turbulence.

Não às falsas soluções! Justiça climática agora!

1. A atual crise econômica mundial marca o fim da fase neoliberal do capitalismo. “Negócios como sempre” (financeirização, desregulação de mercados, privatização…) não são mais uma opção: novos espaços de acumulação e tipos diferentes de regulação política deverão ser criados pelos governos e corporações para manter o capitalismo de pé.

2. Além das crises econômica, política e climática, existe uma nova crise atormentando o mundo: a “biocrise”, que é o resultado da mistura suicida entre o ecossistema que garante a vida humana e a necessidade constante de expansão do capital.

3. A “biocrise” representa um perigo imenso à nossa sobrevivência coletiva. Mas, como todas as crises, também apresenta aos movimentos sociais uma oportunidade histórica: a de expor a jugular do capitalismo, ou seja, a sua incessante e destrutiva necessidade de se expandir.

4. Uma das propostas que emergiram das elites globais, a única que se relaciona com todas estas crises, é a do “New Deal” verde. Esta já não é mais a fase do capitalismo verde 1.0, da agricultura orgânica e do “faça você mesmo”, mas sim uma proposta de que esta fase “verde” do capitalismo deve continuar gerando lucros através da modernização de certas áreas de produção (carros, energia, etc).

5. O capitalismo verde 2.0 não é capaz de resolver a “biocrise” (mudanças climáticas e outros problemas ecológicos como a redução da biodiversidade), mas consegue tirar algum lucro dela. Esta postura não altera em nada a rota de colisão entre as economias de mercado e a biosfera.

6. Não estamos mais em 1930. Naquela época, através da pressão de movimentos sociais, o velho “New Deal” redistribuiu o poder e a riqueza. O “Green Deal” discutido por Obama, pelos partidos verdes ao redor do mundo e pelas corporações multinacionais está mais relacionado ao “bem-estar” das corporações do que das pessoas.

7. O “Capitalismo Verde” não vai colocar em discussão o poder daqueles que mais emitem gases de mudanças climáticas (empresas de energia, companhias aéreas, montadoras de automóveis, agricultura industrial), mas simplesmente vai despejar mais dinheiro nestas empresas, para ajudá-las a manter seus lucros mediante pequenas mudanças ecológicas, que serão muito pequenas e tomadas muito tarde.

8. Em escala planetária, os trabalhadores perderão seu poder de exigir salários decentes. Em um mundo configurado pelo “capitalismo verde”, os salários deverão estagnar ou decair para cobrir os custos da “modernização ecológica”.

9. O Estado do “capitalismo verde” será autoritário. Justificado pela ameaça de crise ecológica, o Estado ira “gerenciar” as agitações sociais que necessariamente irão emergir do aumento do custo de vida (comida, energia, etc) e do decréscimo dos salários.

10. No “capitalismo verde”, os pobres serão excluídos do consumo, empurrados para as margens, enquanto os mais ricos terão que “ajustar” seu comportamento destrutitvo indo às compras e salvando o planeta ao mesmo tempo.

11. Um estado autoritário, o aumento das desiguldades, o bem-estar das corporações: do ponto de vista da emancipação social e ecológica, o “capitalismo verde” será um desastre do qual não conseguiremos nos recuperar jamais. Hoje nós ainda temos a chance de superar paradigma suicida do crescimento constante. Amanhã, quando nos acostumarmos ao capitalismo verde, isso não será possível.

12. No “capitalismo verde” existe um perigo estabelecido: os grandes grupos ambientais passarão a desempenhar o mesmo papel que os sindicados desempenharam na era Fordista: agir como válvulas de escape para assegurar que as demandas de mudança social e que nossa raiva ficarão contidas dentro dos limites estabelecidos pelo capital e pelos governos.

13. Albert Einstein definiu “insanidade” como “fazer a mesma coisa repetidas vezes e esperar resultados diferentes”. Na década passada, apesar de Kyoto, não apenas cresceu a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, como também foi aumentada a taxa de crescimento destas emissões. Queremos apenas mais do mesmo? Não seria isso uma insanidade?

14. Os acordos climáticos internacionais promovem as falsas soluções, que geralmente visam garantir apenas a segurança energética e não atacar as mudanças climáticas. Longe de resolver crises, o comércio de carbono e as medidas a ele associadas servem apenas como escudo político para que as emissões de gases de efeito estufa continuem a ser feitas impunemente.

15. Para muitas comunidades do Sul do planeta, estas falsas soluções (biocombustíveis, “desertos verdes” e comércio de carbono) muitas vezes configuram uma ameaça maior do que as próprias mudanças climáticas.

16. Soluções reais para a crise climática não vêm de governos e corporações. Elas vêm de baixo, da sociedade global e dos movimentos que lutam por justiça climática.

17. Estas soluções incluem: não aos acordos de livre comércio, não às privatizações, não à flexibilização dos mecanismos de controle. Sim à soberania alimentar, sim ao decrescimento, sim à democracia radical e sim à deixar os recursos naturais onde eles se encontram.

18. Configurados como um movimento emergente por justiça global, devemos lutar contra dois inimigos: as mudanças climáticas e o capitalismo “fossílico” responsável por elas e, por outro lado, também será preciso lutar contra o emergente “capitalismo verde”, que não vai interromper o processo destrutivo, mas sim limitar a nossa capacidade de atuar para a impedir a destruição.

19. É claro que mudanças climáticas e acordos de livre comércio não são a mesma coisa. Mas o protocolo de Copenhagen será uma instância regulatória, da mesma forma que a OMC foi central para o capitalismo neoliberal. Então, como relacionar as duas coisas? Para o grupo dinamarquês KlimaX argues: um bom acordo é melhor do que nenhum acordo - mas nenhum acordo é melhor do que um mal acordo.

20. A chance dos governos sairem de Copenhagem com um “bom acordo” é praticamente zero. Nosso objetivo deve ser exigir soluções reais. Se isso não for possível, devemos esquecer Kyoto e impedir Copenhagem (não importa qual seja a tática).

Sobre La Rosa de los Vientos

Belissíma canção!
As pessoas precisam se lembrar da beleza de uma flor, e enxergar o quão feio é o utilitário em suas garagens.
Não deixar sentimentos ruins se aproximarem, ou melhor, esquecer destes. Acho que o estou conseguindo fazer. Houve uma época em que escrevia muito mais do que hoje em dia e versos muito mais tristes, quando resolvi exilar a palavra tristeza, talvez por isso escreva menos, como diria o Teatro: "Tem riso que parece choro, Tem choro que é pura alegria, Tem dia que parece noite e a tristeza parece poesia..." Bom, mas agora sou pura alegria. Depois de ler Gandhi procuro nunca sentir raiva de nada também, muito menos ódio, porque é um sentimento tão forte quanto o amor e inversamente proporcional em bondade. Então é melhor não deixar a maldade criar raiz.
Já discutimos em "BE" como discernir o bem do mal, e de como o bem pode ser bom pra mim, mas no seu ponto de vista ser ruim, mas chegamos a conclusão de que existem bondades universais, que todos nascemos e lutamos por felicidade, amor, paz, liberdade, que estes são desejos comuns a qualquer ser humano normal, mas que algumas pessoas mesmo buscando isso tem alguns valores errados e umas idéias tortas e o buscam pelo caminho errado. Citando um exemplo: o atentado às torres gemêas, isso desconsiderando a hipótese conspiratória de que o próprio Bush o tenha feito.
É humano ás vezes não saber o que fazer, não saber qual é a coisa certa, mas a solução pra este enigma não é buscar nenhum pai de santo, ou pagar o dízimo em dia, a solução nunca está em nenhuma instituição religiosa, estará em Deus? Se este Deus que tem a solução for o Deus que está dentro de você, quem sabe sabe, mas não chamemos de Deus, chamemos de Rosa dos Ventos. Sim aquela que te indica o norte e todas as outras opções possíveis, aquela que lhe mostra diversas escolhas a seguir e não te põe um cabresto e diz: Vai por aqui! Olhe pra dentro e você verá que esta Rosa sempre esteve em você o tempo todo lhe mostrando as escolhas da vida, e que você, mesmo tendo Deus e o Diabo, a bondade e a maldade aí dentro, lhe soprando por onde ir, a rosa ficou neutra, apenas indicando todas as opções e você, respirando e sendo, esolheu, sempre escolheu o caminho que melhor lhe convinha, as escolhas partem de você, e se são escolhas boas ou más veêm do que você tem plantado.
"A felicidade só é real se for partilhada." Alex Supertramp. Assisti um filme ontem, Into the Wild, claro, filme tão bom não poderia sair das mãos de ninguém mais, ninguém menos que um dos nossos idealizadores do blog: o Ge :: (pena que num tem aquele emoticon aqui...hahah), não vou postar spoilers aqui, mas fica a dica pra todos vocês assistirem. Mas aonde quero chegar mesmo? Ah... Precisamos semear muitas amizades, ninguém pode ser feliz sozinho, se só eu postasse e lesse nesse blog ele não teria sentido. Existem amizades e amizades, mas sempre é necessário um pouquinho de paciência, todos nós somos organismos, apesar de sermos da mesma espécie, completamente diferentes, com idéias e ídéias que variam muito, mas lembrando temos objetivos em comum, então que sejamos felizes!
A amizade pode muito bem evoluir pra um sentimento mais forte, que cega a razão, nem preciso citar seu nome, alguém que tenha passado da pré-adolescência e desconhece do que falo ainda não passou da pré-adolesência (essa frase merece prêmio nobel de literatura), que seja, essa estrofe me lembrando algum provérbio chinês, talvez ele esteja explicíto mesmo: É sábio contar até dez. Ser paciente e saber esperar não agir por impulso mesmo movido à chamas de paixão.
Uma canção meio subjetiva, do jeito que gosto. Então não vamos nos perder no jardim da vida e tentemos caminhar nas flores do bem e sempre com calma, parar, respirar e olhar pra dentro buscando a Rosa dos Ventos que sempre nos acompanhará.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mägo de Oz - La Rosa de los Vientos

Si siembras una ilusión
y la riegas con tu amor
y el agua de la constancia
Brotará en ti una flor
y su aroma y su calor
te arroparán cuando algo vaya mal.

Si siembras un ideal
en la tierra del quizás
y lo abonas con la envidia
Será difícil arrancar
la maldad
de tu alma si echó raíz.

Y que mi luz te acompañe,
pues la vida es un jardín
donde lo bueno y lo malo
se confunden y es humano
no siempre saber elegir..
Y si te sientes perdido,
con tus ojos no has de ver,
Hazlo con los de tu alma
Y encontrarás la calma;
Tu rosa de los vientos seré.

Si siembras una amistad,
con mimo plántala,
Y abónala con paciencia,
Pódala con la verdad
Y transplántala con fe,
Pues necesita tiempo y crecer.

Si te embriagas de pasión,
Y no enfrías tu corazón,
Tartamudearán tus sentidos y quizás
hablará sólo el calor, y no la razón
Es sabio contar hasta diez.

Y que mi luz te acompañe,
pues la vida es un jardín
donde lo bueno y lo malo
se confunden y es humano
no siempre saber elegir.

Y si te sientes perdido,
con tus ojos no has de ver,
Hazlo con los de tu alma

Y encontrarás la calma;
Tu rosa de los vientos seré.

[TRADUÇÃO]

Se semeias uma utopia
e as regar com teu amor
e a água da constância
Brotará em ti uma flor
E seu aroma e seu calor
Te agasalharão quando alguma coisa der errado

Se semeias um ideal
Na terra do talvez
E o adubas com a inveja,
Será dificil arrancar
A maldade
De tua alma se tiver feito raíz

E que minha luz te acompanhe
pois a vida é um jardim
onde o bem e o mal
se confundem e é humano
Não sempre saber escolher

E se te sentes perdido
Com teus olhos não enxergarás
tente ver com os olhos de tua alma
e encontrarás a calma
tua rosa dos vendos serei

Se semeia uma amizade
e com carinho a planta
e a preenche com paciência
e a poda com a verdade
e a trasplanta com fé
pois ela precisa de tempo
para crescer

se te embriagas de paixão
e não esfria teu coração
Gaguejarão teus sentidos e talvez
falará só o calor
e não a razão
é sabio contar até dez

Sobre El Árbor de la Noche Triste

Vamos lá! "Um homem" que deixou sua ganância e seu orgulho passar por cima de seus princípios, alguém que se achava superior, mas descobriu - de um jeito ruim - que era apenas mais uma das pessoas que vagam por ai.

O Ge já falou do “nosso” conquistador espanhol, não dá pra explorar muito essa música, mas pra mim essa música mostra, através da figura de Cortés, um lado do ser humano que está muito presente na nossa vida, o lado ganancioso, orgulhoso, vingativo e sem princípios. Tem pessoas que se acham tão superiores que passar por cima de tudo, e de todos, para atingir suas metas, sem pensar que um dia ela pode vir a precisar daquela pessoa que ela julgou inferior, e é nessa hora que ela vai perceber que era apenas mais uma entre milhões, que não era melhor que pior que os outros, mas seus atos a tornaram uma pessoa indigna de qualquer sentimento a não ser a pena.

Bom, acho que é só. Outra coisa que eu pensei quando eu e o Ge lemos sobre o Cortés é relacionado ao nome da música, o fato de uma árvore que presenciou o acontecido estar contando a história (culpem a minha imaginação).
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Música difícil da muléstia, quase acabou com o pouco cérebro que eu tenho!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Um pouco sobre Deus

É... resolvi tratar um pouco de deus antecipando um pouco algumas idéias que os Gaias irão propor a nós, que é a questão de alguém la em cima não se prontificar à nada com respeito à humanidade.

Aqui vai um vídeo ja adicionado a tempos nos link's aleatórios, que é bem humorado e dá base ao próximo texto. O show é de um xará chamado George Carlin, e fala sobre religião.



Agora um texto de uma mulher que escreve no blog Vida-Cadela ... que após ter visto alguns dos artigos dela me interessei, espero que gostem.

RESPOSTA AO SENHOR ALMIR GOBBI

Recebi do Senhor Almir, um e-mail criticando meu hábito de enviar textos anti-religiosos via internet, como essa não foi a primeira mensagem desse tipo que recebi, embora tenha sido das mais educadas, estou publicando a resposta que escrevi para ele, em negrito estão trechos da carta:

“Contudo, minha opinião, não necessariamente tento impô-la aos meus amigos, porque cada ser é um ser completamente diferente, com uma cabeça completamente diferente. Quem sou eu para converter alguém, não é mesmo?”

Engraçado, acho que quando o senhor diz isso, esquece que os religiosos vivem de pregações, esquece que as religiões, pelo menos pelo pouco que sei do assunto, incentivam como sendo um dever do seu fiel angariar novos adeptos para sua igreja, as religiões protestantes falam em “levar a palavra” e os testemunhas de Jeová se espalham pelas cidades batendo de porta em porta, inclusive incomodando o sono matinal de trabalhadores no seu único dia de descanso.

Não vejo com muita freqüência alguém dizendo que esses fiéis que abordam as pessoas nas ruas, que fazem longos discursos para seus amigos e familiares, que entopem as caixas de correspondência dos computadores das pessoas com mensagens de fé estão fazendo algo terrível e desrespeitando o direito e a privacidade das pessoas, no entanto quando pego um texto que alguém escreveu e com o qual concordo ou que eu mesma escrevi depois de ler tantas mensagens me chamando “para perto do senhor” e envio por e-mail a muitas pessoas ou publico no meu blog, sempre recebo mensagens dizendo que estou tentando impor minha opinião e que não tenho direito de fazer isso.

Acho que, quando se trata de religião, os direitos decididamente não são iguais...

Além disso, o senhor está enganado, não estou tentando convencer ninguém de nada, estou tentando fazer com que as pessoas pensem, simplesmente pensem.

As pessoas religiosas, mesmo as mais inteligentes e sensatas, mesmo as extremamente cultas e estudadas, em geral pensam e raciocinam a respeito de qualquer assunto, mas impõem-se uma barreira quando o tema é a sua fé, recusam-se a usar a sua inteligência quando se trata de analisar o deus em que acreditam.

Em suma, por mais inteligentes que sejam, as pessoas costumam se recusar a usar essa inteligência para pensar, pesar e analisar o próprio comportamento quando se trata de religião. Eu tento provocá-las para que o façam, só isso.

“Quando vejo um email deste enviado pela senhora, penso no desperdício de cultura, solides emocional, de situação social que a senhora tem, e teima em tratar temas deste porte por email (...) a senhora poderia utilizar este espaço grátis que lhe é oferecido, para enviar palavras mais encorajadoras às pessoas que lhe cercam.”

Eu não sabia que tinha discriminação de assunto na internet! Podem tratar de religião enviando pregações e mensagens de fé, podem usar de bom humor enviando piadas e de mau gosto enviando videocassetadas, podem usar de bom gosto enviando obras de arte e de gosto duvidoso enviando correntes sem sentido ou mensagens alarmantes e duvidosas, mas expressar alguma opinião contrária ao senso-comum é indigno!

A meu ver, estou enviando palavras encorajadoras, as minhas palavras seriam: liberte-se da prisão da religião e da crença! Seja livre! Você não precisa aceitar chantagem para ser uma pessoa correta e digna, você consegue fazer o que é certo mesmo sem a crença de um paraíso eterno para obrigá-lo a isso, fazer o que é certo simplesmente porque é certo vale muito mais do que qualquer chantagem religiosa!

E, de que forma e por que meio o senhor acha que eu deveria tratar temas desse porte? Será que devo escrever um livro e publicá-lo às minhas próprias custas e depois me colocar diante de lugares movimentados ou bater de porta em porta tentando vendê-lo, seria mais digno assim, na sua opinião?

“Não acha a senhora que está forçando a barra? E que está se tornando uma pessoa chata?”

Não, não acho que estou me tornando uma pessoa chata. Eu SOU uma pessoa chata! E sou chata porque penso, porque questiono, porque quando escrevo, escrevo o que penso.

Sei que o que penso não bate com o que a maioria das pessoas pensam, daí contrario o senso-comum, vou na contra-mão do que é considerado positivo e “bonitinho”, não faço apologia daquelas coisas consideradas verdades absolutas como a beleza da natureza, a perfeição do ser humano, a maravilha da vida e a bondade de deus, pelo contrário, discordo de tudo isso e mostro minha discordância quando escrevo, por isso sou chata e me assumo como tal.

Se ainda existisse inquisição eu já não estaria aqui como voz discordante da massa, já teria sido queimada há muito tempo, mas como a inquisição acabou (pelo menos por enquanto!) aqui estou eu, sendo chata!

“O que a senhora faz de bem para o próximo? (É claro que, excetuando os textos que manda.) Com toda sua bagagem, a senhora ajuda alguém? Ou também não acredita no amor ao próximo?”

Isso sim é muito engraçado! Os religiosos têm um deus onipotente, onisciente e onipresente e vêm perguntar a MIM o que eu faço para o próximo! Parece piada!

Desculpe a explosão, é que o senhor não é a primeira pessoa que me faz essa pergunta em resposta às minhas demonstrações de falta de fé e acho a pergunta tão absurda que não acredito que alguém tenha realmente pensado de verdade nela antes de enviá-la.

Mas respondendo: Quando eu era bem criança, minha mãe me ensinou uma das coisas mais lindas dentre todas as muitas coisas que ela me ensinou na vida e essa coisa foi “A sua mão esquerda não deve saber o que a sua mão direita faz”.

Sei que minha mãe estava citando algum preceito religioso, mas o fato é que quando ela me explicou que com essa frase queria dizer que a gente não tem que ficar espalhando aos quatro ventos as coisas que faz de bem porque isso é imodesto e desvaloriza totalmente o nosso gesto, entendi e achei muito certo, acho ainda.

Ao longo da vida, outra verdade veio se acrescentar pra mim a essa frase: Vejo que ajudar alguém deixa as pessoas felizes. Alguém já disse que se não pedissem esmolas em lugares públicos e se não tivesse ninguém olhando, os mendigos faturariam muitíssimo menos...

É curioso mas além da necessidade de mostrar isso, parece que todo mundo fica feliz quando tem a oportunidade de fazer alguma coisa boa por outra pessoa, ou até por um animal, parece que as pessoas sentem (mas jamais admitiriam isso!) algo como “Que bom que tenha essa pessoa sofrendo, assim eu posso ajudá-la!”

Eu, mais uma vez indo na contra-mão, sinto exatamente o contrário: ao ajudar alguém fico profundamente triste, fico comovida e dolorida porque sempre penso e sinto algo como “Por que precisa existir esse tipo de sofrimento? Quantos outros horrores como este, e pior do que este, estão acontecendo no mundo nesse mesmo momento e eu não posso fazer nada?”

Não estou sendo boazinha, estou sendo chata! Afinal, não sou nem sequer potente, muito menos onipotente, não sou nem sequer ciente, muito menos onisciente, não posso estar presente durante muitas horas nem mesmo no lugar onde estou, quanto menos ser onipresente, e no entanto me dizem que existe um deus que é e pode tudo e que, além de tudo isso é bom, mais do que bom, é a própria bondade, e ainda assim as coisas são como são e é de mim que vêm cobrar uma atitude, de mim que sou tão impotente!

Isso tudo me entristece e me dá raiva! Como podem acreditar em um deus assim vendo o mundo com olhos como os meus? O senhor me chama de inteligente, não é verdade, não sou nem um pouco inteligente, não consigo entender as pessoas louvando e agradecendo a deus porque sararam de um resfriado e esquecendo completamente dos milhões de crianças que estão sendo espancadas e violentadas nesse mesmo momento e pelas quais esse deus não faz nada!

Não sou inteligente porque não consigo entender isso por mais que tente!

“Sabe, Dona Divina. Não sou religioso. Não sou tão viajado quanto a senhora. Também não tenho uma vida maravilhosa como a senhora descreveu em email anterior. Mas saiba a senhora que respeito muito as pessoas e gosto muito de poder ajudá-las no que for preciso e estiver ao meu alcance. Se não gosto de uma coisa eu me afasto dela e não fico criticando de uma maneira míope. Sabe por que? Tudo na vida, mas tudo mesmo tem visões diferentes quando vista de outro ângulo e quem sou eu para criticar uma coisa como Deus. E acho que a senhora também deveria pensar a respeito desta sua miopia divina. E por falar nisto, Divina está até no nome da senhora. Que coisa!!!!”

Pois é, aí nós discordamos completamente! Pelo que vejo o senhor é religioso sim, e muito, afinal, sentiu-se até magoado por ter lido textos enviados por mim ofendendo o deus em que acredita, o senhor não se daria esse trabalho se não fosse religioso.

E, sou um ser humano, assim como o senhor e todo mundo, tenho cérebro, sei pensar e sei ver as coisas porque sou assim. Na minha opinião, isso dá a mim, e a todo mundo, o direito de criticar tudo e qualquer coisa, inclusive e principalmente deus.

Não acredito que ele exista, mas se eu estiver errada e os religiosos certos, então ele existe e me fez como sou, e eu tenho capacidades que, se acreditar na existência dele, ele mesmo me deu, portanto, posso usar.

Por que tenho que me proibir de criticar deus? Se eu estiver certa e ele não existe, estou criticando a idéia de deus, que acho absurda e sem sentido, se eu estiver errada e ele existe, estou criticando ele mesmo, o próprio, porque ele é um sádico megalomaníaco.

Eu não estava presente quando os bandidos arrastaram aquela criança pelas ruas do Rio, se ele existe e é onipresente então ele estava e não fez nada!

Eu não sabia antes de ler no jornal que aquela menina foi trancafiada em uma cela de prisão juntamente com uns 20 bandidos que a estupraram por dias seguidos, se ele existe e é onisciente então ele sabia e não fez nada!

Eu não podia entrar na casa em que uma menina de quatro anos sobre a qual fiquei sabendo ontem à noite no jornal aqui da França foi espancada a vida inteira pelo pai, pela mãe e finalmente pelo padrasto até ser morta, enfiada em um saco e jogada no rio como um animal, se ele existe e é onipotente então ele podia e não fez nada!

Citei três casos dos bilhões e bilhões que aconteceram, estão acontecendo agora e acontecerão no futuro e que eu não soube, não sei e não saberei nunca, não pude, não posso e não poderei nunca evitar e não estava, não estou e não estarei presente no momento em que acontecem enquanto que ele, se existe como os religiosos afirmam com tanta convicção, soube e sabe de todos, esteve e está presente em todos, pôde e pode evitar todos... mas não o fez, não o faz e não o fará!

Não, eu é que não vou adorar um deus como esse!

Assumo a responsabilidade!


“Desculpe-me, em nenhum momento desejo ofendê-la muito menos tentar convencê-la de alguma coisa, mas infelizmente, não pude permanecer calado, por estes 2 emails sobre Deus. Acho que não deve brincar com estas coisas e se a senhora não acredita, ok, não serei eu que irei convencê-la, mas por favor pense em que está divulgando gratuitamente pela internet. A senhora tem capacidade de fazer outras coisas muito mais importantes para a humanidade que isto.”

Novamente o senhor está enganado, não estou brincando, estou falando muito sério e estou expondo o que penso e o que sinto, me incomoda essa crença cega que trava a capacidade de raciocínio das pessoas.

Não tenho capacidade de fazer nada pela humanidade comparado com o que pode fazer deus, se ele existir, e dele ninguém cobra. Se ele que pode não faz por que eu que não posso tenho que fazer?

Não estou ofendida, sei que quando exponho opiniões tão contrárias ao senso-comum vou receber respostas como a sua e até respostas nem um pouco educadas (o contrário da sua), mas pense: por que é tão errado divulgar por internet algo que se pensa e sente quando tantas outras pessoas fazem isso e não estão erradas?

“Um grande abraço e o meu respeito.”

Um grande abraço e o meu respeito.
Divina de Jesus Scarpim


Respeito antes de mais nada, é a essência de uma boa conversa.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Os Passos de Serra

Com a cumplicidade silenciosa da mídia e orçamento cada vez mais gordo, o governador tenta pavimentar seu caminho para 2010 mesmo tendo um desempenho pífio à frente do maior estado do país

No decurso das recentes eleições municipais, havia uma quase unanimidade entre os analistas de que não se poderia “federalizar” o debate porque os cidadãos votam de acordo com seus interesses locais. Após as eleições, no entanto, verificou-se que índices de satisfação do eleitorado, predominantemente sobre questões nacionais, acabaram sendo “municipalizados”. Foi altíssimo o índice de reeleições e de prefeitos que “fizeram” seu sucessor, embora os principais aspectos de satisfação das pessoas estejam ligados a questões de responsabilidade do governo central.

Por exemplo, na pesquisa CNT/Sensus de setembro, que confere a Lula a maior taxa de aprovação a um presidente, 53% dos entrevistados dizem que a situação melhorou no quesito emprego, enquanto apenas 17% consideraram a situação pior. Em relação à renda, 79% responderam que está maior ou igual, e menos de 20% disseram ter diminuído. Além disso, 75% dos entrevistados anunciaram que votariam em candidatos que defendem os programas sociais do governo federal.

Já em assuntos em que a responsabilidade é mais regional, muita gente não está feliz. A educação está pior ou igual para 57%, enquanto 43% dizem ter melhorado. A saúde melhorou para 30%, enquanto 69% acham que está pior ou igual. E a segurança pública está pior ou igual para 74% dos entrevistados. A CNT/Sensus ouviu 2.000 pessoas em 24 estados.

O instituto perguntou em quem o entrevistado votaria para presidente da República. Espontaneamente, 23,4% responderam Lula, seguido por José Serra, com 6,7%. Já com listas estimuladas, com nomes apresentados ao pesquisado, sem Lula, o nome de Serra sempre aparece em primeiro.

Como os problemas enfrentados pelo estado nas áreas da educação, segurança, saúde, cidadania, falta de transparência e controle sobre o legislativo passam longe das manchetes não é difícil supor que o governador é o preferido da mídia. Maior cobertura significaria notícia negativa, algo impensável para quem quer emplacar um candidato.
Esse apoio da mídia será um dos trunfos do tucano no seu caminho para 2010. Mas provavelmente não bastará. Daí talvez a explicação para o fato de o orçamento do governo de São Paulo com publicidade multiplicar-se sem sobressaltos, enquanto áreas essenciais sofrem cortes, ou servem-se de recursos federais do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Setores que dão visibilidade também devem ser privilegiados conforme o período eleitoral se aproxima.

Canteiros
O orçamento do estado de São Paulo só perde para o da União e segue, igualmente, em alta: foram R$ 85 bilhões em 2007, R$ 98 bi em 2008 e R$ 116 bilhões para 2009, ano para o qual se prevê também uma guinada na paralisia. Os investimentos saltarão de R$ 7,3 bilhões em 2007 para R$ 18,5 bilhões em 2009. Para que obras do Metrô andem mais rápido perto da eleição, no ano que vem os recursos triplicarão sobre 2007, e a Sabesp, outra potencial tocadora de obras, terá mais 122%. Ao mesmo tempo estão previstos cortes em ações orçamentárias na educação (menos 26% para a manutenção do ensino fundamental e 80% para o ensino médio) e saúde (redução de 23% nas obras do Hospital das Clínicas).

Sinal de que o estado pretende pegar carona nas obras do PAC, no orçamento consolidado de 2007 a área de transportes teve baixa execução. Foram gastos apenas R$ 6 de cada R$ 10 previstos para rodovias vicinais e terminais rodoviários, duplicação e implantação de rodovias estaduais. Para implantação e modernização de aeroportos só foi aplicado um quarto do orçamento.

No primeiro ano de governo, a expansão do ensino médio recebeu pouco mais da metade dos recursos previstos e o ensino tecnológico sofreu corte de 7%. A bancada de oposição na Assembléia Legislativa reclama que esses recursos são alocados em outras áreas, mas que não há transparência. Na Saúde a situação se repete. O programa Qualis – Saúde da Família recebeu 65% do orçamento. O desenvolvimento das atividades do Instituto Doutor Arnaldo (atual Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) recebeu 11% do previsto.

Outra provável razão da não-exposição do tucano é que carisma, simpatia e sociabilidade não são exatamente sua marca. Segundo o deputado estadual Major Olimpio (PV), pessoas próximas ao governador contam que ele prefere despachar na madrugada, por ter insônia e não funcionar de manhã. “Serra dorme enquanto o estado trabalha e, à noite, quando a administração pára, Serra sonha acordado com o Palácio do Planalto. Os horários não combinam”, alfineta o deputado. Para ele, Serra controla o Legislativo, com apoio de 71 dos 94 parlamentares. Em 20 meses de governo, a Assembléia aprovou 106 projetos do Executivo. A bancada petista apresentou 68 projetos, 28 com veto total do governador. O PSol apresentou três. O PV teve veto total em seus dois projetos.

O atual governo segue o ritual dos anteriores. É avesso a investigações, diferentemente dos tucanos do Congresso Nacional, ávidos por CPIs. As denúncias de corrupção e irregularidades na administração que não prosperam no Legislativo são igualmente desprezadas pelos principais veículos de comunicação.

É o caso, por exemplo, da Alstom, fabricante francesa de equipamentos de infra-estrutura, investigada desde novembro de 2007 pelo Ministério Público de Paris, após denúncia da justiça suíça de suposto financiamento de atos de corrupção no Brasil, Venezuela e Indonésia com movimentação de US$ 20 milhões. O MP francês acredita que a empresa pagou mais de US$ 6 milhões em comissões para obter contratos com o Metrô de São Paulo. Entre 1992 e 2008 foram assinados 143 contratos entre o governo de São Paulo e a Alstom. Doze deles têm evidências de irregularidades, segundo a liderança do PT na Assembléia Legislativa, que não conseguiu instalar uma CPI na casa, mas encaminhou representação junto ao Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público Estadual e ao Federal. “Os montantes envolvidos em propina neste caso são os maiores de que já se teve notícia envolvendo um governo de estado”, afirma o deputado Roberto Felício, líder do PT na Alesp.

Trator
Democracia e participação social são outros pratos que não fazem parte do cardápio tucano. O governo Serra esvazia os conselhos estaduais, cujo papel é acompanhar e intervir nas políticas públicas. A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, afirma que o governador não reconhece as reivindicações da sociedade, representada nos conselhos pelas lideranças dos trabalhadores e usuários. “Ele não engole a organização sindical e desqualifica todo e qualquer movimento.”

A queixa ecoa. Para o representante da CUT no Conselho Estadual de Saúde, Arnaldo Marcolino, Serra passa por cima do controle social ao desrespeitar as deliberações dos conselhos. “Falta política para a saúde. Por sso, crescem epidemias, como a da dengue, e avança a incidência de doenças como a tuberculose e hanseníase, por exemplo. Esse quadro precisa ser denunciado, mas a mídia não se interessa.”

O secretário-geral do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Ariel de Castro Alves, afirma que a não-ingerência do Palácio dos Bandeirantes nesse conselho é uma exceção: “Os demais estão dominados pelo governo. São pessoas nomeadas por Serra que não fiscalizam as políticas públicas”. Alves, entretanto, considera que o Condepe é pouco ouvido, o que implica deslizes na área de direitos humanos, violência policial e ausência de políticas preventivas. “Seria preciso fortalecer a ouvidoria e criar corregedorias independentes na polícia”, opina.

É queixa recorrente entre os sindicatos do funcionalismo público que Serra não valoriza o quadro e que as entidades não são respeitadas. Com os professores, que fizeram greve em junho, a discussão foi encerrada com a imposição pela Justiça de uma multa à categoria. Serra costuma criminalizar os movimentos sociais e tratar toda mobilização como “motivação política”. Foi assim com a ocupação da Reitoria da USP pelos alunos, que ganhou apoio popular e forçou o recuo do governo. O mesmo ocorreu com as reivindicações dos profissionais da segurança ou da Defensoria Pública, órgão responsável pela assistência judiciária da população mais carente. A categoria parou em outubro por melhor estruturação do órgão.

“O governo tem essa postura com todos os movimentos de servidores. É uma estratégia para esvaziá-los e, com isso, fugir do debate. Em vez de enfrentar o sucateamento do serviço público, ele usa o argumento de que o ato é político-partidário, para tentar deslegitimá-lo. O que é totalmente inverídico, porque a luta dos defensores, assim como as das demais categorias, não têm nenhuma ligação político-partidária”, observa Juliana Belloque, presidente da Associação Paulista de Defensores Públicos.

Os policiais civis, passados 30 dias da greve por reajuste salarial iniciada em 16 de setembro, não haviam sido recebidos por Serra. Segundo o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, José Martins Leal, Serra preserva-se destacando o secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo, ou assessores, para negociar. “Ele não tem habilidade política, ignora a data-base (1º de março) e não dá satisfação aos delegados”, desabafa.

E se a visibilidade das questões de segurança está mais relacionada à “sensação de insegurança” do que às políticas de segurança propriamente ditas, a equação se encaixa bem em outra conjectura, segundo a qual o que não vira notícia não é fato. O noticiário escasso sobre o tema é incompatível com um estado que tem 145 mil detentos em presídios com capacidade para 92 mil e que é o centro de operações da principal organização criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital.

De acordo com uma das raras reportagens sobre o tema (de Marcelo Godoy, n’O Estado de S.Paulo), o fluxo de caixa do PCC fechou o ano de 2007 com um crescimento de 511% em suas receitas, então em quase R$ 5 milhões.

Observatório
Na recente corrida eleitoral na capital paulista, mais uma vez a cobertura dos jornais blindou Serra. Os tucanos que apoiaram o prefeito Gilberto Kassab, em detrimento da candidatura de Geraldo Alckmin, eram tratados como “kassabistas”, e não “serristas”, já que foi o governador quem liderou os bastidores do naufrágio do candidato do PSDB.

“Não encontra sustentação na realidade o termo kassabistas. O próprio prefeito se dizia liderado por Serra”, afirma o sociólogo Alexandre Nascimento, coordenador-técnico do Observatório Brasileiro de Mídia. Para ele, Serra não só atropelou a decisão partidária como ignorou seus eleitores, de quem se escondeu durante o primeiro turno. As pesquisas apontavam que os eleitores do governador queriam que ele apoiasse Geraldo Alckmin. A imprensa ajudou. “Serra agiu nos bastidores pela candidatura Kassab e esteve preservado no noticiário pela figura fictícia dos kassabistas”, enfatiza Alexandre.

“Serra foi à convenção do PSDB e gravou mensagem de apoio ao candidato escolhido pelo partido para disputar a prefeitura”, rebate o deputado estadual tucano Bruno Covas. Mas o vereador Tião Farias (PSDB) acha que o governador pesou na derrota de Alckmin e avisa que o partido vai cobrar a fatura a partir do ano que vem. “Se uma pessoa não quer seguir as resoluções do partido, não deve filiar-se à legenda”, dispara Tião.

A blindagem de Serra pela mídia também pode ser obeservada no minidossiê mantido pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu site (www.paulohenriqueamorim.com.br). “Irmã de Dantas financiou filha de Serra”, destacava o informativo eletrônico em 25 de março, mostrando documentos da empresa Decidir.com.

Como o apoio dos meios de comunicação podem não bastar para emplacar Serra na disputa de 2010 – e na contramão todo aperto em áreas vitais para a população – vem aí uma grande injeção de recursos em publicidade. Desde 2001, os gastos dos governos do PSDB com mídia não param de subir. Foram pouco mais de R$ 29 milhões naquele ano, chegaram a quase R$ 155 milhões neste ano e em 2009 engordarão mais 88,79%, para R$ 313 milhões. Só nos três primeiros anos de governo, os gastos de Serra com publicidade aumentarão incríveis 542,98%.

Estado em liquidação
O Movimento em Defesa das Empresas Estatais resiste às tentativas de Serra de liquidar Nossa Caixa, Sabesp, Cesp, Metrô, CPTM, CDHU, Dersa, EMAE, Cosesp, EMTU, Cetesb, Emplasa, CPP, Prodesp, Imesp, CPOS, IPT, Codasp. O processo teve início em outubro com a escolha do Banco Fator para fazer a avaliação econômica e financeira das 18 empresas. Também foi definido que o Citibank fará a modelagem da venda dos ativos imobiliários das estatais.


http://www.revistadobrasil.net/rdb29/index.htm

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Link para: 28 anos sem John



Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida a minha vida
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol
Por que bate lá meu coração

Sonho e escrevo em letras grandes (de novo)
Pelos muros do país
João, o tempo andou mexendo com a gente sim
John, eu não esqueço (oh no, oh no)
A felicidade é uma arma quente, quente, quente

Saia do meu caminho, eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida a minha vida
Não preciso que me digam de que lado nasce o sol
Por que bate lá meu coração

Sob a luz do teu cigarro na cama
Teu rosto-rouge, teu batom me diz:
João, o tempo andou mexendo com a gente sim
John, eu não esqueço (oh no, oh no)
A felicidade é uma arma quente, quente, quente

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Excesso de bicicleta pode afetar circulação e impedir a ereção

A prática prolongada do ciclismo pode exercer uma pressão sobre a anatomia masculina capaz de causar a impotência

Christine Gorman
Revista Time
Em Washington (EUA)

Vamos chamá-lo de Joe. Assim como muitas outras crianças, ele aprendeu a andar de bicicleta quando tinha 5 ou 6 anos. Aos 20, Joe estava praticando o ciclismo durante cerca de 10 horas por semana ou mais. Então, ele passou a notar uma dormência desconfortável nas suas parte genitais que ocorria de vez em quando, particularmente depois de ter efetuado longos percursos. Mas Joe não deu muita importância para esse fato, até o momento em que ele começou a enfrentar problemas na hora de manter uma ereção.

Uma consulta com um especialista em urologia confirmou que a impotência de Joe era essencialmente um problema de natureza física -o sangue não estava fluindo de maneira satisfatória dentro do seu pênis. Será que os anos que ele dedicara à prática da bicicleta poderiam ter alguma coisa a ver com isso?

"Com toda certeza", responde o médico que acompanha o caso de Joe, o doutor Irwin Goldstein, um professor de urologia e de ginecologia na Escola de Medicina da Universidade de Boston (Massachusets). Desde 1997, Goldstein vem alertando os ciclistas para o fato de que ficar sentado durante horas no assento de uma bicicleta pode causar uma forte pressão sobre o períneo, a região do corpo situada entre o ânus e o osso púbico, suficiente para danificar de maneira permanente a artéria que conduz o sangue até o pênis.

A partir de um estudo realizado sobre várias centenas de homens num clube ciclista de Boston, Goldstein chegou à conclusão de que um número não inferior a 4% dos ciclistas homens pesquisados apresenta problemas de impotência causados pela prática do esporte.

Uma nova evidência da provável relação entre a prática da bicicleta e a impotência está sendo divulgada nesta semana pelo Jornal de Andrologia. Um estudo de proporções reconhecidamente modestas examinou 17 policiais encarregados de fazer rondas de bicicleta e comparou a intensidade da pressão exercida por diversas partes de seus assentos com a quantidade e a duração de suas ereções durante o seu sono. Aqueles que andavam com mais freqüência de bicicleta e que, portanto, eram sujeitos a uma pressão mais pronunciada sobre a região do períneo, tiveram ereções em menor quantidade e mais curtas.

"Ao que tudo indica, a parte da frente do assento, isto é, o 'nariz' da bicicleta é a causadora do principal problema", afirma o autor que conduziu o estudo, Steven Schrader, um especialista em fisiologia da reprodução no Instituto Nacional de Segurança e Saúde Profissional.

Mas, antes que você resolva optar definitivamente entre a sua bicicleta e a sua vida amorosa, é preciso considerar que as evidências encontradas ainda são os resultados de estudos preliminares. "Acho que se trata de uma questão legítima", reconhece Martin Resnick, médico e professor catedrático no departamento de urologia na Universidade Case Western Reserve em Cleveland, no Ohio. "Mas precisamos de uma maior quantidade de dados para chegarmos a uma conclusão mais clara". Outros fatores também podem ser levados em conta, tais como a combinação da bicicleta com a sua anatomia específica e a maneira com a qual o usuário costuma pedalar.

Mesmo se os assentos de bicicletas causam efetivamente problemas, a solução não é necessariamente evidente. Irwin Goldstein é categórico em relação ao fato de que o "nariz" do assento deveria ser eliminado. Contudo, segundo Roger Minkow, um médico cuja profissão é projetar assentos de bicicletas e outros acessórios, a supressão do nariz poderia tornar mais difícil manter o controle sobre a bicicleta.

Na realidade, ao proporcionar ao ciclista alguma base sobre a qual apoiar o peso do seu corpo, o nariz o ajuda de fato a dirigir e a manter o equilíbrio. Nesse sentido, a solução apresentada por Minkow é simples: ele projetou uma fenda sobre o assento que, segundo ele, reduz a pressão sobre a região do períneo, o bastante para restaurar o fluxo sangüíneo.

Enquanto esse projeto não vê a luz do dia, não custa nada checar as
novidades no campo dos assentos de bicicleta ergonômicos. Além disso, sempre verifique se a sua bicicleta está mesmo adaptada de maneira correta ao seu torso. Com efeito, o movimento que consiste em se inclinar para frente durante um período de tempo prolongado aumenta a pressão sobre a região do períneo. (As mulheres têm também uma região do períneo, e algumas ciclistas têm se queixado de problemas geniturinários.)

Os especialistas também recomendam: não esqueça de se levantar do assento de vez em quando, ficando de pé sobre os pedais; esse movimento fará com que a pressão sobre a região do períneo seja interrompida. Ou ainda, vale tentar utilizar uma bicicleta que oferece uma posição deitada.

Em todo caso, nunca menospreze os sintomas de um adormecimento da região genital. O seu corpo pode estar tentando lhe dizer alguma coisa importante.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Luis Fernando Veríssimo - Ah! O Verão! A Praia!

Mal posso esperar!!!!

Verão também é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e
muita gordura, pouco trabalho e muita micose.

Verão é picolé de Kisuco no palito reciclado, é milho cozido na água da
torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca. Verão é prisão
de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis. Mas o
principal ponto do verão é.. a praia! Ah, como é bela a praia. Os
cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção.
Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias. Os
jovens de jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram a prancha
pra abrir a cabeça dos banhistas. O melhor programa pra quem vai à praia
é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as
famílias estão chegando. Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte
cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango,
farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de
férias. Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados,
besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia. E as crianças? Ah, que
gracinhas!
Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma
conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem. As
mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filho afogado e
caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo. Já os
homens ficam com as tarefas mais chatas, como perfurar o poço pra fincar o
cabo do guarda-sol. É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o
guarda-sol ficar em pé. Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da
felicidade, da maravilha que é entrar no mar! Aquela água tão cristalina,
que dá pra ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo. Aquela sensação
de boiar na salmoura como um pepino em conserva.
Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita
cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa. A gente abre a
esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos
escuros e puxa um ronco bacaninha. Isso é paz, isso é amor, isso é o
absurdo do calor!!!!! Mas, claro, tudo tem seu lado bom. E à noite o sol
vai embora.
Todo mundo volta pra casa tostado e vermelho como mortadela, toma banho e
deixa o sabonete cheio de areia pro próximo. O Shampoo acaba e a gente
acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde creme de barbear até
desinfetante de privada. As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a
casa da praia oferece. Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma
dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas
queimadas. O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em
família. Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e
torcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo possa se
encontrar no mesmo inferno tropical. Qualquer semelhança com a vida real,
é uma mera coincidência.

Pequena Polêmica

Só preparando terreno pra uma discussão futura.



Rogério Skylab - Disperdício

É gente, a maioria aqui pode achar o Rogério Skylab tosco, e não tiro a razão de vocês, haha, mas ele tem uma característica interessante ... de diversas formas ele mostra os podres do homem. Podres absurdos e podres realistas.
Essa música era pra eu ter postado a bastante tempo já, na música anterior do Gaia que tem mais a ver com o desperdício de tudo. Bem, de qualquer forma aí está.... dêm uma olhada. Serve como link do meu post sobre Verdade Incoveniente!



Rogério Skylab - Disperdício

Desperdício de luz,
Desperdício de água,
Desperdício de sonhos,
Desperdício de lágrimas.
Desperdício de tudo,
Desperdício do som,
Desperdício que eu gosto,
Desperdício tão bom.

Desperdício de tudo, desperdício.
Desperdício de tudo, desperdício.

Desperdício de coisas,
Desperdício de nomes,
Desperdício dos anos,
Desperdício que eu vi.
O desperdício de grana
Desperdício é assim,
Desperdício constante,
Desperdício sem fim.

Desperdício de tudo, desperdício.
Desperdício de tudo, desperdício.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

T’ Voy a Esnucar - Tributo a Mägo de Oz (2006)

Bem, ja que estamos no clima do Mägo de Oz ... resolvi postar este tributo interessante, junto a alguns comentários feitos do site que peguei.

01.-Agaroth- Gaia
02.-Bruxa del Este- El fin del camino
03.-Sueños Oscuros- La conquista
04.-Renacer- La Danza del Fuego
05.-Stoneheart- La santa compaña
06.-Agaroth- el Atrapasueños
07.-Bruxa del Este- Mägo de Oz
08.-Wild Dreams- Molinos de Viento
09.-Melodia del Más Allá- Hoy toca ser feliz
10.-The Chikititos Band- Maite Zaitut {instrumental}
11.-Sueños Oscuros- Jesus de Chamberí
12.-Bruxa del Este- Diabulus in Musica
13.-Legendaria- Los renglones torcidos de Dios
14.-Sueños Oscuros- El que quiera entender que entienda
15.-Extra Track- Landevir- Agradecimientos y Noches Celtas {tema propio de Lándevir}



75, 9 MB…….128 kbps
Download: http://rapidshare.com/files/85556557/T__voy_a_esnucar__tributo_a_Maego_de_Oz___2006_.rar.html

Este tributo aos magos espanhóis foi organizado pelo site chileno http://www.comunidadmundooz.com/ e conta com grupos de diversos países da América, além da Espanha também… a página atualmente está em reforma, provavelmente ajustando o lay-out nos moldes do novo design da página do Mägo…

Considerações gerais(leia-se pessoais)…: a maioria dos grupos são desconhecidos mesmo p’ra nós, aficcionados, com excessão à Bruxa del Este (México), Renacer(Argentina), e Lándevir(Espanha), e surpeendem pela extrema qüalidade, considerando a proposta independente do trabalho…
A escolha do repertório ficou bem bacana, com grandes clássicos misturados à outros temas nem tão óbvios…abre com a soberba Gaia, passa por El Atrapasueños(uma das minhas preferidas), Jesus de Chamberí e El que quiera entender… , que encerra com um pequeno insert de T’esnucaré Contra’l Bidé (essa do 1º disco dos caras, daonde tiraram o título deste tributo, ainda com o gorducho cantor de ópera Juanma no vocal) … não tem Fiesta Pagana, mas tem Molinos de Viento (e essa uma das que ficaram mais legais, com guitarras em terça dobrando a melodia)…

…no geral os grupos mantém os arranjos originais das excelentes composições de Txus e companhia, mas vez por outra algum se arrisca a inserir uns elementos próprios…digo ‘’se arrisca” pois é mesmo um perigo tentar modificar temas tão bem construídos como são as músicas do Mägo de Oz… mas entre mortos e feridos salvam-se todos, o resultado final é sempre satisfatório, e nenhuma canção ficou comprometida, permanecem sempre belas, mais uma prova da grandiosidade do trabalho deste grupo singular…
…o único porém, e que talvez eu nem devesse mencionar…: à despeito do alto nível de todas as bandas, nenhuma consegue chegar nem perto das versões originais do Mägo… mas é um trabalho ótimo, uma digna homenagem que merece ser conferida não só pelos fissurados, mas por todo mundo que curte um som afudê p’ra caramba… a única coisa que acontece é que o Mägo de Oz é como poucos tantos… solo hay uno, y otro nunca lo habrá.

enjoy my friends !

Sobre El Árbol de la noche triste

É gente, musiquinha complicada de se analisar quando não estamos a par do "mundo espanhol", e os significados referentes a história do seu povo. Mas façamos o possível para esta música que já nos tomou muito tempo.
Logo no início da musica ele critica a avareza das pessoas:

Hoje a soberba fez que violasses teu valor E a avareza lambeu tua desonra,

Para quem não conhece a palavra (como eu não conhecia), o significado segundo dicionário Michaelis é: 1. Apego demasiado e sórdido ao dinheiro. 2. Mesquinhez, sovinice. 3. Ciúme.

O fato das pessoas fazerem tudo por dinheiro, pisarem nas outras e entregarem as vezes até o próprio pai por um cargo melhor na empresa, é uma desonra ao ser que tu pertences. O poder que o dinheiro trás conseqüentemente é supérfluo de uma vida sem sentidos e amor, e nesta vida não há nada para se vangloriar.

Quantas vezes você não quis muito alcançar um objetivo e ter muitas coisas materiais e não conseguiu, quantas vezes você se dedicou ao máximo por algo em sua vida e no final das contas não deu certo e não foi o suficiente ? .... É , creio que muitos aqui ja passaram por isso em sua vida amorosa, financeira, familiar ou seja lá de qual forma. A questão é dói quando não alcançamos o objetivo, dói ! saber que fizemos tudo o que podíamos e ainda assim não deu certo.
Nestas horas paramos para pensar no que fizemos de errado em nossas vidas, e o que faremos para ajusta-la, nessas horas queremos começar do 0, e seguir em frente como quem não quer dar motivos à vida, para te sacanear.

Estes fatos aconteceram com Herman Cortéz (ou Cortés, como preferirem), explorador e conquistador espanhol. Vocês viram ? O fato de conquistar terras de outros povos virou até profissão. Cortéz invadiu a terra de Tenochtitlán, atual cidade do México. Para estes fatos ponho aqui um pouco de história para entender-mos o contexto.

Sobre Herman Cortéz: Hernán Cortés Monroy Pizarro Altamirano, primeiro marquês do Vale de Oaxaca, (Medellín, Extremadura, 1485 — Castilleja de la Cuesta, Andaluzia, 2 de dezembro de 1547) foi um conquistador e explorador espanhol. Conquistou o centro do atual território do México a favor da coroa espanhola. Cortés partiu da Havana no dia 10 de fevereiro de 1519. Quando chegou ao México, Montezuma, imperador dos astecas, acreditou que era o Deus Quetzalcoatl que voltava do exílio para vingar-se. A chegada de Cortés ao México em 1519 coincidiu com a data precisa do calendário maia que indicava a chegada de Quetzalcoatl para reclamar a cidade de Tenochtitlán. Cortés entrou em 9 de novembro de 1519 na cidade de Tenochtitlán depois de ter fundado Vera Cruz. Em 1520 aconteceu a chamada Noite Triste (de 30 de junho a 1 de julho de 1520), com a morte de Montezuma, que, segundo cortés, foi atingido por uma pedra quando tentava acalmar seu povo, acabou morrendo três dias depois em razão do ferimento. Em 1522, Cortés venceu os Astecas e destruiu Tenochtitlan, quando ele foi, ao mesmo tempo, governador e capitão-general. Em 1525, foi executado o último rei asteca, Cuauhtemoc que era sobrinho de Cuitlahuac, este que era irmão de Montezuma II. Carlos I, porém, não estava satisfeito com ele e o criticou. Em 1527, a Audiência do México assumiu o poder político e em 1535 foi estabelecido um vice-reinado.

Sobre Tenochtitlán:
Tenochtitlán era a capital do império azteca (também conhecido como povo mexica), fundada em 1344 numa ilha do lago Texcoco, onde hoje é o México central. Era uma cidade de cerca de 250 mil habitantes com belíssimos monumentos, jardins, palácios, templos e mercados. O historiador Oscar Monchito, um dos maiores especialistas modernos no assunto, assegura que a antiga capital contava com seguramente mais de 500 000 habitantes e provavelmente menos que 1 000 000. À época da conquista era maior que qualquer outra cidade americana, e na Europa somente Roma, Paris, Veneza e Constantinopla eram maiores. Era muito organizada e estruturada, cujas características admiraram os conquistadores espanhóis – que constataram que a civilização asteca não era tão primitiva como era considerada na Europa. A maior parte da cidade foi severamente destruída na década de 1520 pelos conquistadores e a Cidade do México foi erguida sobre as suas ruínas. Com efeito, pelo facto daquela cidade se encontrar numa ilha, o crescimento da Cidade do México até os dias de hoje foi conseguido através da sustentação da superfície com estacas de madeira. Ainda hoje há locais na cidade onde se podem observar essas estacas; um desses locais é o Museu Nacional de Antropologia, considerado um dos mais completos de toda a América Latina.

Sobre La Noche Triste:
1520 - La Noche Triste (A Noite Triste): episódio que aconteceu durante a conquista espanhola no México, em que Hernán Cortés estava próximo do extermínio mas conseguiu com sucesso escapar dos índios Astecas durante a noite.

[Este está bem incompleto, pra quem tiver mais interesse a wikipédia espanhola tem mais informações neste link: http://es.wikipedia.org/wiki/Noche_Triste]

Agora sim continuando,
Quando dói sentir Que alguém está perdido, Que a amargura estragou o teu destino, Tira a roupa interior da dor Despe-te Cortés e diz-me o que vês? Diz-me o que vês?

Pois como dito, foi exatamente o como Cortéz se viu, abatido por ver que tudo estava perdido enquanto a sua amargura e ambição estragou seu destino. Cortéz foi capturado pelos astecas e na noite de seu extermínio, la noche triste, conseguiu escapar e depois com outras tropas e aliados terminou a invasão no território mexicano. Mas naquela noite, Cortéz nú e preso pelos astecas só podia ver o quanto os subestimaram.

Se excita a vingança ao ver a ereção, Que te produz a idéia de outra invasão, Creste que tinhas o mundo aos teus pés, E choras tua derrota lambendo-te, Lembra do que aqui um dia perdeste Eu sou a Árvore da Noite Triste

A Árvore da Noite Triste então lembra ele que nesta terra à que volta a idéia de outra invasão ele perdeu a batalha, e sem honrra e sem roupas fugiu!

Mais pra frente na musica fala a palavra: quetzal .... pesquisando não encontrei nada, mas com uma amiga minha que aprendeu primeiro a lingua espanhola, ela descobriu que quetzal é uma espécie de pássaro. Este faz parte da vingança anunciada nos estrofes seguintes de Gaia pelo pranto de Cortez, que servirá de exemplo para outros não escravizarem mais os seres humanos. E depois de quase 500 anos, nós estamos aqui ainda, com escravos pelo mundo inteiro ainda.
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