--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O best seller de Laura Reese


 Texto: Luciana Bender/ Fotos: Divulgação

O mercado editorial está ainda mais aquecido com o término da trilogia dos Cinquenta tons de cinza. São muitos os títulos que estão sendo lançados ou relançados para entrar nessa onda e abocanhar uma fatia do mercado erótico que vem conquistando muitas mulheres e alguns poucos homens.

Depois de ler o Cinquenta tons e o Toda sua, resolvi apostar no Falsa Submissão, de Laura Reese. A primeira coisa que pude notar foi a reformulação feita em sua capa, agora ainda mais parecida com a proposta da editora Intrínseca quando adotou a gravata cinza como capa para o seu best seller. Nesse, a Record apostou em um fecho de cinto ou de tornozeleiras que são afixadas na cama.

Achei que essa trama poderia ser melhor que a de Grey, mas estava muito enganada. Nele Nora começa a se envolver com M, suposto assassino de sua irmã, Franny, encontrada morta após passar por um ritual sadomasoquista, com o intuito de descobrir seu verdadeiro assassino, mistério não desvendado pela polícia.

A princípio parece interessante, mas com o passar da leitura percebemos que Nora cede muito rápido aos encantos de M e deixa de lado seus ideais e sua busca por vingança. O sexo de fato é muito mais intenso que no romance de E. L. James, no entanto, a inventividade de Reese vai muito além de um contrato, chegando a sessões de escarnificação (cortar a pele) e outras coisas que prefiro deixar que vocês leitores imaginem.

As primeiras páginas são bem tediosas e quase desisti de terminar essa leitura, ainda mais porque já sabia qual seria o final. Resolvi dar mais uma chance à autora e me desapontei. Ela pretende segurar a trama apenas com esses rituais macabros e cada vez mais dominadores de M, que coloca Nora como submissa o tempo todo, impedindo-a de manifestar suas vontades e anseios. Apenas ele dá as ordens.

Enfim, relembrando meu título, ninguém ficará órfã de Cinquenta Tons de Cinza, a todo o momento novos livros com essa temática chegam às livrarias para saciar a mulherada e, ao que tudo indica, público não vai faltar.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Olhos de aquarela


Texto: Luciana Bender/ Fotos: Acervo pessoal

Na semana passada a equipe do Ideia Nossa esteve no show do Teatro Mágico, no Credicard Hall. Em um post anterior comentei sobre a mágica que era ver essa trupe nos palcos, no entanto, sai bastante frustrada desse espetáculo.

Comprei os ingressos cerca de um mês antes do evento. Meu namorado e eu estávamos muito empolgados e ansiosos para curtir essa apresentação que, com sua energia, sempre nos deixava renovados. Infelizmente, depois de mais de três horas de apresentação saímos esgotados.

O vocalista Fernando Anitelli estava simplesmente irritante. Com um figurino novo e uma voz que não parecia a dele, explicou-nos como seria a gravação do DVD do último álbum: Sociedade do Espetáculo. Eventualmente alguma música poderia ser refeita, caso ocorresse algum erro. Cadê a naturalidade? Essa pergunta ficou ainda mais evidente quando ele questionou o público: “Será que seus sorrisos serão naturais agora que vocês sabem que estão sendo filmados?”.

Sua performance não era nada espontânea, cada movimento parecia calculado, premeditado, até mesmo o ato de chamar o público para cantar, como se isso fosse necessário. Alguns fãs dormiram na fila, outros usaram gravatas penduradas em seus cintos e tiveram aqueles que aderiram à maquiagem circense adotada pela trupe, isso deveria ser prova suficiente da disposição e paixão desses jovens encantados pela mágica do Teatro. De fato, será que as pessoas agem iguais quando sabem que estão sendo filmadas? Ele deveria se avaliar antes de nos questionar.

Com previsão para começar às 22h, o show teve início com mais de meia hora de atraso. Ouvimos a mesma música por duas vezes, ficamos mais de três horas em pé assistindo a falsa performance de Fernando, isso para não falar dos intervalos intermináveis entre uma música e outra. O que eles faziam? Entravam para ver como ficou a gravação?

Outra contradição foi o fato de ser uma gravação do DVD do álbum Sociedade do Espetáculo.  Esse CD possui 19 músicas, no entanto, apreciamos apenas cinco ou seis músicas, nem metade do disco. Aguentamos cinco músicas do próximo trabalho da trupe que falam de fé a todo o momento e que em nada parecia a ideologia defendida pelo Teatro. Fiquei me sentindo aqueles ratinhos de laboratório, cobaia de um show para ser vendido, contradizendo a crítica criada por Anitelli: “Talento traduzido em cédula (...) Acordes em oferta, cordel em promoção”. 


Gostaria de ressaltar outro ponto, agora referente ao local do show, pagamos R$ 40 de estacionamento, quase o mesmo preço do ingresso. Isso para não falar do consumo dentro do Credicard Hall, uma lata de cerveja custava quase R$ 10.

Finalizo o post de hoje desapontada com um show que tinha tudo para ser renovador e mágico. Espero que a trupe continue crescendo e reveja suas ideologias, porque se continuar assim, esse terá sido o último show do Teatro Mágico que assisti ao vivo.

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