--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mägo de Oz - El Poema de la Lluvia Triste

Se despertó a medianoche a mirar
si el reflejo del agua podía encontrar
aquella risa que un día mudó
y, por segunda piel, de soledad se vistió.

Buscó respuesta en el aire,
mientras el mar le arropó.
Pidió ayuda a su estrella,
que le abandonó,
pues olvidó llorar.

Llorar es purgar la pena,
deshidratar todo el miedo que hay en ti,
es sudar la angustia que te llena,
es llover tristeza para poder ser feliz.

Cierra los ojos, abre el corazón,
y aprende a ver con los ojos del alma - ella oyó -
Le hablaba el viento, le hablaba una flor,
con la cadencia que tiene un susurro de amor.

Deja salir los fantasmas
que amargan besos y dan,
a cambio de tus silencios,
acopio de ansiedad,
mutilada Paz.

Llorar es purgar la pena,
deshidratar todo el miedo que hay en ti,
es sudar la angustia que te llena,
es llover tristeza para poder ser feliz.

Llorar es purgar la pena,
deshidratar todo el miedo que hay en ti,
es sudar la angustia que te llena.
¡Escucha, soy Gaia!
¡No castres tu rabia!
¡Que tu alma escupa el dolor!

Que llueva tristeza al llorar,
y que sacie la amargura su sed.
Las lágrimas son el jabón
que limpia de penas tu piel.

Llorar es purgar la pena,
deshidratar todo el miedo que hay en ti,
es sudar la angustia que te llena,
es llover tristeza para poder ser feliz.


[TRADUÇÃO]

Acordou à meia-noite olhando
Se o reflexo da água podia encontrar
Aquele riso que um dia mudou
E, por segunda pele, vestiu a solidão

Procurou resposta no ar
Enquanto o mar o agasalhou
Pediu ajuda à sua estrela
Que o abandonou
Pois esqueceu de chorar

Chorar é expiar a pena
Desidratar todo medo que há em ti
É suar a angústia que te enche
É chover tristeza para poder ser feliz

Fecha os olhos, abre o coração
E aprende a ver com os olhos da alma - ela ouviu -
Lhe falava o vento, lhe falava uma flor
Com o ritmo que tem um sussurro de amor

Deixa saírem teus fantasmas
Que afligem beijos e dão
Em troca do teus silêncios
Monopólio de ansiedade
Mutilada paz

Chorar é expiar a pena
Desidratar todo medo que há em ti
É suar a angústia que te enche
É chover tristeza para poder ser feliz

Chorar é expiar a pena
Desidratar todo medo que há em ti
É suar a angústia que te enche
Escuta, sou Gaia!
Não castres tua raiva!
Que tua alma cuspa a dor!

Que chova tristeza ao chorar
E que a amargura sacie sua sede
As lágrimas são o sabão
Que limpa tormentos de tua pele

Chorar é expiar a pena
Desidratar todo medo que há em ti
É suar a angústia que te enche
É chover tristeza para poder ser feliz

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Crônicas - Parte I

Sempre assim. Comigo acontece de tudo. Agora se isso é bom ou ruim já não sei, sei que elas viram boas crônicas. Então, vou (tentar) postar uma por semana (se o tempo deixar).
Eis a primeira

Dentista, droga e açaí

Era um sábado, 8 horas da manhã. O sol tinha invadido o quarto e eu me perguntava, pelamordiDeus, quando vão comprar as malditas cortinas pra droga deste quarto?, quando olhei uma coisa borrada na minha mão
"DENTISTA AS 9, NÃO ATRASAR"
Eu ja estava atrasada, claro. Morava a 15 minutos do metrô São Joaquim, dentista era na Penha. Impossível? Não! É só sair correndo que vai dar certo. Coloquei a primeira roupa que vi e voei, nunca bati aquele record.
Cheguei na São Joaquim em 5 minutos, 5 minutos até a Sé e 30 até a Penha. Estava na porta da dentista às 8:50. Mas quem disse que ela também estava lá? A bendita apareceu as 9:40 com um sorriso de orelha a orelha. Vontade de bater foi o que não faltou. Mas isso não foi tudo, ela ainda anunciou que naquele dia, ela ia arrancar 2 dentes.
"Sério?", perguntei. Não queria acreditar no que estava ouvindo. Vai que ela estava me testando, fazendo uma brincadeira de MUITO mau gosto.
"Sério! Seu pai não te falou?", o que meu pai tem a ver com a historia, sua doida?
"Não, ele sabia?", eu era uma menina educada de 13 anos, não falava tudo o que me vinha pela cabeça.
"Sim, eu liguei na sua casa pra marcar a consulta e ele que atendeu, pedi que te avisasse", o sorriso no rosto dela me irritava profundamente, "pelo visto ele esqueceu, né?"
"Uhum"
Entramos na sala dela. Tudo branco. O sol de novo estava lá, deixando tudo mais branco ainda.
"Você não tem alergia a anestesia, né?"
"Não, não", mesmo se tivesse, eu diria que não.
"Ah, então vai ser fácil. Tive uma vez um paciente que tinha alergia, foi uma pena, tadinho", tive a certeza de que tinha feito a escolha inteligente.
Do nada, essa certeza saiu correndo ao ver o tamanho da agulha que ela segurava. A primeira vez que ela meteu a agulha, fechei os olhos, não podia ver. A segunda vez, sim, a anestesia não tinha funcionado, o olho estava meio aberto. A terceira vez eu assisti o processo inteiro. Já não agüentava mais, queria sair correndo!
"É impossível estar doendo ainda!"
"Mas está, caramba!"
"Sinto muito, mas vai ter que ser assim mesmo"
Ô troço doloroso, mew. E demorado, acima de tudo. Saí de lá meio dia.
Coloquei o pé na rua, a anestesia começou a fazer efeito. O sol escaldante me deixou zonza e me lembrei do que a dentista tinha falado antes de que eu saisse de lá.
"Vai pela sombra, literalmente! Ficar debaixo desse sol vai te fazer mal"
Beleza, vou pela sombra... vou pela sombrra... sooooooooooombrah... nossacomoeutomole! Ir pela sombra, tá. Seguir a sombra.
Nossa, onde eu estou? Não me lembro dessa ponte, ou dessa avenida. Como eu vim parar aqui? Demorei uns minutos pra enteder o que tinha acontecido. Dopada do jeito que estava, fui seguindo a sombra em vez de seguir o caminho que dava pro metrô. Tive que voltar tudo pra conseguir me orientar. No metrô, estava cansada. Sentei no único lugar vazio, que por algum acaso, era na janela. Bem no sol.
Lutei pra ficar acordada, lutei lutei lutei...
"Próxima estação, Sé"
Isso, estou quase em casa! Mais 5 minutos estou na São Joaquim, outros 5 eu chego em casa! Ou talvez melhor não correr, verdade. Não, correr - má idéia - correr não. Mas, qual sentido tenho que ir mesmo? Jabaquara ou Tucuruvi? Cadê o mapa? Por que nunca tem um mapa quando a gente precisa? Onde estou mesmo? Ah, sim, Sé. Jabaquara. Mas eu tenho certeza que eu vim do Jabaquara. Ou não? Bah, que se dane, o nome é legal.
Fome. Verdade, não comi hoje. Ou eu comi? Não, né? Será que tem comida? Putz. Não trouxe chave. Onde tem orelhão quando você precisa de um?
9090-3271-6152
*tu* *tu* *tu*
click
Chamada a cobrar, para aceitá-la continue na linha após a identificação
"Sú, abre a porta. To quase em casa", pela primeira vez desde o consultório, eu falava em voz alta. Me dei conta do total efeito da anestesia - meu rosto inteiro estava mole, minha voz, fanha.
"Miaaaaau"
"CACAU! Não, você não fez isso"
"Miiiiiau"
"MERDA! Por que você adora tirar o telefone do gancho?"
"Miaaaaaaaaau"
Não, eu não estava delirando. Minha gata, Cacau, tinha mania de tirar o telefone do gancho toda vez que tocava. Era uma briga pra ver quem chegava primeiro. Otimismo, otimismo... Sú ouviu o telefone tocar, foi correndo pegar do chão, mas eu ja tinha desligado. Isso, foi isso que aconteceu. Tenho que ligar de novo. Ligar de novo no próximo orelhão. Ligar.
9090-3271-6152
*tututu*
Tentei nos outros 7 orelhões que haviam pelo caminho, Sú nunca tocou no telefone fora do gancho que ficou jogado no chão do quarto.
Cheguei na porta de casa, a solução foi bater no portão de madeira, gritar, jogar pedrinhas na janela. Fiquei do lado de fora uns 10 minutos, no sol. Até que ela desce com a maior cara de sono, rosto amassado do travesseiro.
"Desculpa, eu tava mal"
"Por favor, me diz que tem almoço", nada mais me importava. Eu só queria sair debaixo do sol e comer.
"Putz, esqueci de descongelar o feijão"
"..."
"Má, que cara é essa?"
"Cara de quem está dopada, não come a mais de 15 horas e perdeu 2 dentes"
"Pior é que não tem nada que você vai conseguir comer e eu estou sem dinheiro"
Resmunguei alguma coisa, passei reto por ela e deitei no sofá. Ela foi pro computador. Aposto que era msn. Uma meia hora depois, ela me deu boas notícias. Ela tinha arranjado alguma coisa que eu pudesse comer. Um amigo dela a chamou pra tomar açaí e falou que eu podia ir junto. Quase não fui.
"Mas, Súúúú.... aquilo tem gosto de terra!", ainda tive a coragem de reclamar!
"Prefere ficar sem comer até o pai chegar?"
Nunca comi alguma coisa com tanta vontade. Daquele dia em diante, me apaixonei pelo açaí.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sobre Hazme um Sitio entre tu Piel

Bom, depois de pensar muito, conversar com o Ge, pensar mais, arrumar a tradução e ter a múcisa de cor martelando no meu cérebro.. vamos ao meus post!

O Ge tinha duas hipóteses, e eu me baseei nelas pra montar o meu pots. A primeira, era de que a música era romântica e sem sentido, uma coisa pouco provável pra terceira faixa de um álbum polêmico do Mägo.
A segunda (bem complicada de resumir), era de que se trata de uma pessoa perdida, sozinha com sua voz interior... blá blá blá, depois eu colo a conversa aqui xD

Tá, agora é a minha vez *som de tambores*
A ideia de uma pessoa perdida é boa, mas não em relação geográfica, e sim perdida na sociedade. tipo uma cena de filme, ou um quadro, onde todos estão coloridos e apenas uma pessoa esta em preto e branco.

"¿Dónde esta mi lugar?
No soy como los demás,
yo sé pensar!!
Estoy sólo y tengo miedo."


A maioria das pessoas tem um pensamento automático, ou nem pensam, simplesmente agem, como robôs programados pelo alto escalão. A nossa pessoa solitária é diferente.

"¿Cual ha sido, dónde está el error?
¿Quién me ha condenado al terror
de una mente en blanco y negro?"


Eu não diria que foi um erro, nem uma condenação ao terror, não é só porque ele está "só" e enxerga diferente que isso é ruim, pode até ter sido um grande acerto, uma virtude, um "fantasma na máquina" que desviou mais um robô programado para aceitar tudo de sua diretriz.
Depois nós temos um refrão romântico com uma crítica aos olhos da sociedade... que olha primeiro o exterior para depois olhar o interior das pessoas.
Hum... depois fala mais um pouquinho de coisas fraternais... a música fala muito de amor O.O pessoa mais carente essa! Depois questiona um pouco sobre a sua liberdade.. resolve buscar um futuro, mas acha que precisa do amor pra isso... Só o amor proprio já basta, ele tem que amar a si mesmo antes de tudo u.ú [revoltada/mode on]

"Y al final llegaré
donde me lleven los pies,
y si quieres conocerme,
no me observes, mírame."


Terminamos com um convite do nosso solitary man, para quem quiser acompanha-lo. Apesar dele não ser assim tão solitário né!! (:

---

Conclusões do Ge 8D

eu tenho 2 hipóteses ... a primeira é de que se trata de uma musiquinha sem sentido romantica... porem, na continuação do Gaia .. um album super conceitual, acharia difícil eles se dispersarem tanto do tema logo na faixa 3 ....
e a outra hipótese é de que se trata de uma música perdida, uma musica que fala de um cara que está sozinho, perdido com sua voz interior (aquela que falamos em la voz perdida), ele tenta aprender o que acontece com a vida dele que não encontra a liberdade, não encontra a felicidade, não se encontra acompanhado de Gaia, em paz com Gaia....
pensa consigo mesmo na estrofe seguinte: onde foi que eu errei ? .... porque estou condenado a esta vida em preto e branco

prox estrofe: onde deveria ser meu lugar?

refrão: ele quer que a pessoa que esta lendo/escutando lhe acanhe, ele tem a necessidade de alguém em quem se apoiar, algo a quem depender para sobreviver... e quer que este não seja impedido de ver como ele é realmente.


Valeu Ge.. cê me ajudou pakas (;

---

Coisas para ajudar nos próximos posts

Sr. Google é muito bom nessas horas!!

Os Gaias, apesar de terem o mesmo nome, abordam temas diferente, ou iguais, dependendo do ponto de vista. Gaia abordou a temática de Hernan Cortés e a conquista dos espanhóis aos astecas, e as composições envolviam dogmas religiosos, a destruição do planeta e a vingança de Gaia. o Gaia II aborda duras críticas aos governos ditatoriais e à Igreja que oprime e não respeita quem não a segue. E a parte da Igreja vai ser bem visível em algumas música.. envolvendo demônios e outras coisinha. [plantando a sementinha da curiosidade]

---

Bom... that's all folks!

Espero muitos comentários e complementos (: Façam a Báh feliz que eu prometo postar uma curiosidade bem legal sobre o álbum 8D

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Mägo De Oz - Hazme un Sitio entre tu Piel

Si me ves, bésame,
hazme un sitio entre tu piel.

Voy buscando alguna voz en mí
que me ayude bien a discernir¹,
pues mi mente es un vestido que
me queda mal.

¿Cual ha sido, dónde está el error?
¿Quién me ha condenado al terror
de una mente en blanco y negro?

¿Dónde esta mi lugar?
No soy como los demás,
yo sé pensar!!
Estoy sólo y tengo miedo.

Si me ves, bésame,
hazme un sitio entre tu piel,
que los rasgos² de mi cara
no te impidan ver mi ser.

Sentirás que mi amor
tiene sed de que una voz
me susurre una caricia
o me regale una ilusión.

Dame mimos, dame tu calor,
te los devolveré en forma de flor,
recibirás por cien, multiplicado
lo que me des.

Si me apartas, no me integraré.
Si me abandonas, yo me perderé.
El rechazo es mi condena.

¿Dónde esta, mi libertad?
buscaré un futuro para mí.
Me va a costar!!
pero sin amor no puedo.

Si me ves, bésame,
hazme un sitio entre tu piel,
que los rasgos de mi cara
no te impidan ver mi ser.

Sentirás que mi amor
tiene sed de que una voz
me susurre una caricia
o me regale una ilusión.

Y al final llegaré
donde me lleven los pies,
y si quieres conocerme,
no me observes, mírame.

¿Dónde estas, Libertad?
Mi celda es la soledad,
el silencio que no calla
es el vacío de tu voz.

Si me ves, bésame,
hazme un sitio entre piel...

[TRADUÇÃO]

Se me ver, beija-me
Dê-me um lugar entre tua pele

Vou procurando alguma voz em mim
Que me ajude bem a discernir¹
Porque minha mente é um vestido
Que me cai mal

Qual foi, onde está o erro?
Quem me condenou ao terror
De uma mente em branco e preto?

Onde está meu lugar?
Não sou como os demais
Eu sei pensar!
Estou só e tenho medo

Se me ver, beija-me
Dê-me um lugar entre tua pele
Que traços do meu rosto
Não te impeçam de ver meu ser

Sentirá que meu amor
Tem sede de que uma voz
Me sussurre uma carícia
Ou me presenteie um sonho

Dá-me mimos, dá-me teu calor
Te os devolverei em forma de flor
Receberá multiplicado por cem
O que me der

Se me afastar, não me integrarei
Se me abandonar, eu me perderei
A rejeição me condena

Onde está minha liberdade?
Vou buscar um futuro para mim
Vai me custar !
Mas sem amor não posso

Se me ver, beija-me
Dê-me um lugar entre tua pele
Que traços do meu rosto
Não te impeçam de ver meu ser

Sentirá que meu amor
Tem sede de que uma voz
Me sussurre uma carícia
Ou me presenteie um sonho

E ao final chegarei
Aonde me levem os pés
E se quer me conhecer
Não me observe, olhe para mim

Onde está Liberdade?
Minha cela é a solidão
O silêncio que não se cala
É o vazio de tua voz

Se me ver, beija-me
Dê-me um lugar entre tua pele
Que traços do meu rosto
Não te impeçam de ver meu ser

Sentirá que meu amor
Tem sede de que uma voz
Me sussurre uma carícia
Ou me presenteie um sonho

domingo, 12 de abril de 2009

A confusão que precede

A postos de uma mesa com tinta na caneta e um papel, "A Confusão que Antecede" nos vem a cabeça como um raio. Mas se pararmos pra pensar (mais?), depois de encontrar alguns caminhos nas pedras e chegar ao seu destino de uma escrita clara e objetiva outra concepções nos vem a mente, como um relâmpago (afinal o raio é quem não cai duas vezes no mesmo lugar certo?). Por quantas vezes as cabeças pensantes das análises do nosso recanto não se deram de encontro com muro, e depois de pular este, encontramos outro!

Este caso acontece aqui mesmo, hoje ! A autora do blog Barbara se deparou com uma estranha dificuldade em uma musica que parecia tão mansa. Hazme un Sitio Entre tu Piel é um tanto quanto estranha realmente, faço das barreiras dela as minhas para entender esta música que parece tão longe do tema em que estamos engajados. A confusão que precede surge! Após tantas músicas, ume stilo ja decifrado antes agora esta confuso.

Como uma ponte escrevo este post, emendando a idéia de escrever-mos ao que será escrito, posto estas palavras como quem acompanha um filme interessante! E o que espero desse filme é que continue assim. Pensei apos ter lido o que o Diogo escreveu que podemos fazer um teste com textos somente nossos por 1 mês. Banir por 1 mês o ctrl+c - ctrl+v! O que acham? (*Yuzo da pulos de alegria* ... mas calma, não significa que não existam textos longos ainda rsrs)

Deixemos claro que o propósito disto não é reprimir a manifestação dos autores, por favor... queremos justamente o contrário, plantar a semente da expressão por palavras e arte! Queremos ver opiniões e maneiras de dizer. Eu particularmente me espantaria de ver um post de cada pessoa sobre coisas diferentes e com suas próprias palavras. Mas seria otimo através dos gostos dos participantes abrir minha mente para novas concepções a respeito de qualquer coisa!

Exército de Jornalistas Ideia Nossa - EJIN .... olha como soa bem ? Vamos fazer "juz" ao nome? Espero pelas escritas e um grande abraço a fraternidade!

EJIN Heil !

quinta-feira, 9 de abril de 2009

A Arte de Escrever

Discorrer sobre escrever é como se perder em pensamentos e não conseguir contextualizar tudo que rodeia, tudo que pede para sair, tudo que pede para estar em linhas seja em prosa ou em verso.
Começo então pelo título que ao ser entitulado esqueceu de mencionar que a arte de escrever é antes de ser arte é uma tarefa de triagem de pensamentos, racícionios, idéias e que tenhamos em mente que quem se diz ter o dom da escrita apenas faz essa triagem de forma mais rápida e logo ao sentar-se à frente de uma folha de papel ou de um computador tudo flui naturalmente. Então esquceremos o título adotado lá em cima e vamos readaptá-lo: "A Arte de Escrever e A Confusão que a Antecede", bom, foi uma tentativa, por favor, espero que vocês ao lerem esse humilde post de um humilde blogueiro deixem suas sugestões de título também.
Deixando o título de lado vamos ao propósito more desse post. O Ideia Nossa vem crescendo e adquirindo novos leitores, novos parceiros, novos autores, mas apesar dos diversos trabalhos que são desenvolvidos por aqui sinto falta de textos com ideias nossas. Sim, sim, a maioria dos textos aqui exprimem nossas ideias, mas não com nossas próprias palavras e por mais que o texto copiado e colado de outras fontes expressem bem o que queremos dizer, nunca é completamente satisfatório. Venho na tentativa de inaugurar uma nova fase do blog em que mais e mais escritos nossos sejam criados.
Então, antes de manifestações pró-ctrl+c-ctrl+v ou de discursos contra escrevermos mais, tentemos ao menos, aposto que o resultado será bem superior do que imaginemos.
Quem está comigo nessa não esqueça então de começar a pôr em ordem todas as ideias e pensamentos e começamos uma revolução na escrita e que sejamos o Exército de Jornalistas Ideia Nossa! Já estou começando a desconfundir um pouco tudo que rodeia minha mente e tentarei escrever um artigo por semana, aguardo comentários e espero que a ideia seja acolhida com carinho.
Finalizo então desejando que novos artigos surjam por aqui para tirar o blog do stand by e para que os artistas presentes nele possam ter mais uma ferramenta para fazer um pouco de sua arte.

domingo, 5 de abril de 2009

Alberto Caeiro VIII de "O Guardador de Rebanhos"

Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se ao longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas...
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça! 
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou. 
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães,
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em rancho pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias. 
A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas. 
Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar no chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
«Se é que ele as criou, do que duvido» -.
«Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres».
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.
.................................................................. 

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava,
Ele é o humano que é natural,
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro. 
E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo. 
A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E a outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é o de saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena. 
A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas. 
Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda. 
Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão. 
Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
E ele sorri, porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos os muros caiados. 
Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu. 
Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos
Vira uns em cima dos outros
E bate as palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono. 
........................................................ 

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é. 
......................................................... 

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?

sábado, 4 de abril de 2009

Quebra cabeça elétrico de Oswaldo Montenegro

Verdadeiro espetáculo

O consagrado cantor e intérprete, Osvaldo Montenegro, se apresenta no espaço Citibank Hall, em São Paulo, para a gravação do DVD Quebra cabeça elétrico.

No show Osvaldo interpreta canções do amigo Alceu Valença como “Na primeira manhã” e “Agalopada”, “Na hora do almoço”, de Belchior; “Pavão mysteriozo”, de Ednardo; e “Motivo”, de Fagner (música adaptada do poema de Cecília Meirelles).

A apresentação será com banda e arranjos pesados, com a troca da viola pela guitarra e a mistura da aridez nordestina com o rock que sua geração absorveu.

Não faltarão os grandes sucessos de “Lua e flor”, “Léo e Bia”, “Intuição” e “Bandolins”, que deixam clara a sua marca como poeta e compositor brilhante.

A banda é formada por Caíque Vandera nos teclados, Luciano Leal no baixo, Alexandre Reis na guitarra, Pedro Mamede na bateria e Madalena Salles na flauta e teclado.

Com cenário é de André Cañada e luz de Léo Maia, o show promete ser um grande espetáculo!

Serviço:
Citibank Hall. Av. dos Jamaris, 213 – Moema. Tel.: (11) 2846 6010. Dias 3 e 4 de abril, às 22h. Ingressos: de R$ 60,00 a R$ 130,00. (Estudante paga meia hein) Informações: www.citibankhall.com.br
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