--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Quanto vale?


Texto: Luciana Bender/ Fotos: Reprodução

Como disse na última vez que você me viu passar por aqui, atualmente estou com pouquíssimo tempo livre, sendo assim, escrevo muitos textos durante as aulas da faculdade. Na noite de hoje tive minha primeira aula de Sociologia do Turismo, disciplina essa que me interessou desde a primeira vez que vi a grade curricular do curso e hoje, vendo a empolgação dos alunos e do professor, resolvi escrever sobre um tema que foi muito discutido em aula.

A vontade de criar esse post surgiu após a seguinte frase dita pelo professor: “a sociedade contemporânea é mais baseada no parecer e ter do que no ser e sentir”. Será que isso é verdade? Posso não ter dados empíricos para fazer essa afirmação, mas acredito que sim, atualmente vemos um esforço muito maior para criarmos a imagem de que possuímos um poder aquisitivo muito maior do que o que realmente temos. Talvez seja por isso que o número de brasileiros com dívidas muito maiores do que seus salários esteja crescendo no país (para não dizer no mundo).

Outra questão levantada estava relacionada aos valores financeiros. Quanto você pagaria por um passeio em uma Ferrari? Ou por um pedaço de bolo com um sabor que te remetesse a um determinado período em sua infância ao qual você sente falta? Ambas as questões estão relacionadas a sensações e experiências que são precificadas. Mas o que hoje não recebe um cifrão antes de seu nome?

As perguntas anteriores estão relacionadas também ao fator da customização de serviços, as empresas precisam estar atentas a nichos específicos de público e ao mesmo tempo atingir um todo. Muitas pessoas pagariam centenas de reais por um passeio em um carro importado, no entanto, muitas outras dispensariam essa emoção. O mesmo se repete para eventos que mexem com o imaginário de alguém, o casamento é o exemplo perfeito. Trabalhei por algum tempo em um site de noivas e cheguei a ver festas que custavam mais de 200 mil reais, para mim isso pode parecer absurdo, mas para aquele casal podia ser a realização de um sonho.

Vivemos em um mundo baseado na imagem, aquilo que aparentamos é mais importante do que aquilo que somos. Quanto gastamos em roupas, celulares e carros? Tentamos de alguma forma chamar a atenção de uma sociedade que prega exclusividade mas vende a igualdade, não de valores, mas de produtos. Na livraria que trabalho vejo muitos grupos de pré-adolescentes e adolescentes passeando pelo shopping com roupas e livros iguais. São jovens com genótipos e biótipos diferentes que usam os mesmos trajes e estilos. E como se isso não bastasse, não estar com esses apetrechos o torna excluído, colocando-o nas margens dessa sociedade.

Enfim, termino o post de hoje com uma frase do grande Oscar Wilde e espero que vocês reflitam a respeito: “Hoje em dia, as pessoas sabem o preço de tudo e o valor de nada”.



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A ruiva da Pixar


Texto: Luciana Bender/ Fotos: Divulgação

Há algumas semanas fui ao cinema com meu namorado para apreciarmos o novo longa da Pixar. Depois de produzir filmes como Wall-E e Ratatouille, Valente deixou a desejar em alguns aspectos do roteiro, mas os efeitos visuais ainda são de encher os olhos.

Merida é a princesa protagonista dessa história que possui um espírito livre e não quer seguir a tradição do rei. Seus cabelos ruivos e revoltos revelam traços de sua personalidade e o amadurecimento da Pixar na criação de animação.

A história se passa na Escócia e, devo admitir, o cenário é sensacional. O 3D desse longa é mais maduro, não se fazendo presente em cenas com coisas saindo da tela a todo momento, mas com a profundidade da paisagem que chega a nos colocar dentro das telinhas. O roteiro recebe grande influência dos clássicos da Disney, repetindo a história do Conto de Fadas com um final mais moderno.

Esse com certeza não será aquele filme que fará você chorar de rir, mas é perfeito para assistir com a mãe, já que esse amor é evidenciado em cada minuto da trama. A Pixar ainda tem muito a crescer, mas a cada dia mostra-se mais madura e capaz de impressionar públicos de todas as idades.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Papel de parede - Agosto 2012

Deixo aqui, ressurgindo minha presença, o belo Ipê tema do wallpaper deste mês criado peo Nina Rosa.



Resoluções para download
800x600 / 1024x768 / 1280x800 / 1280x1024 /1440x900


E mais um vídeo da Vegana que não vemos a um tempo por aqui:


George H. S. Ruchlejmer
@george_hsr
"Sua ideia é IdeiaNossa.blogspot.com"

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Mais uma Branca de Neve

Texto: Luciana Bender / Fotos: Divulgação

Peço desculpas aos leitores pela demora em postar esse texto. Já faz um tempo que assisti a esse filme e comecei a escrever, mas infelizmente o tempo anda curto. Estou aproveitando uma aula da faculdade para sua finalização. Espero que vocês gostem... Esse longa pode não estar mais nas telinhas do cinema, mas em breve estará nas principais locadoras do país.

Para aqueles que não sabem, atualmente trabalho em uma livraria, meu treinamento de vendas foi feito no setor infantil, e uma das coisas que descobri lá foi que a Disney relança seus clássicos a cada 10 anos. Se vocês estão duvidando, tentem comprar A Branca de Neve ou Cinderela em alguma loja, impossível! Ano passado o belíssimo, e em minha opinião um dos melhores desenhos, foi relançado: O Rei Leão. Em 2012 foi a vez de A Bela e a Fera ganhar destaque.

Citei o Branca de Neve, mas antes que alguém me pergunte, ele ainda não foi relançado. Não sei exatamente o motivo de saírem dois filmes com essa temática em um período tão curto de tempo. O primeiro teve a fabulosa Julia Roberts interpretando a bruxa má (Espelho, espelho meu), já o segundo teve Charlize Teron como a vilã (Branca de Neve e o Caçador).

Não tive a oportunidade de ver a Linda Mulher nas telinhas, mas pude ver uma atuação brilhante de Charlize. Nesse filme o romantismo foi deixado de lado e não é o foco da história. A Bella, de Crepúsculo (Kristen Stewart), vive Branca de Neve, uma jovem que perdeu a mãe e descobre que o pai foi morto pela madrasta na noite de núpcias.

Ao descobrir o assassinato, ela é trancafiada em uma das torres do palácio onde vive por anos até ficar adolescente. Um belo dia ela consegue escapar, causando rebuliço na aldeia e irritando a bruxa, não apenas pela fuga em si, mas por descobrir que não é a mulher mais bela e que foi Branca de Neve que roubou o seu lugar.


O cenário é muito bonito e de encher os olhos, os momentos de climax são bem interessantes. Agora devo admitir que o final ficou a desejar, cheguei até mesmo a folhear o livro que foi usado como base para a produção desse filme, mas não é muito diferente. Em tantos filmes são feitas releituras e adaptações de acordo com o roteirista, gostaria de saber porque não ocorreu o mesmo com esse.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Um Crepúsculo apimentado


Texto: Luciana Bender/ Foto: Divulgação

Há pouco tempo foi lançada em português a tão aguardada versão de Fifty shades of Grey (Cinquenta tons de Cinza), de E. L. James. Devo admitir que fiquei um tanto quanto curiosa para saber o que Ana e Grey, personagens principais da trama, fariam entre quatro paredes.

A promessa desse best-seller são cenas muito quentes de sexo com uma pitada, e um pouco mais, de sadomasoquismo que vão desde algemas até mesmo grampos íntimos. E como se não bastasse, toda essa “fantasia” é firmada em um contrato estabelecido pelo Dominador, Grey.

Posso dizer que Cinquenta tons em muito se parece com Crepúsculo acrescentando a ele apenas a sensualidade. Ana é uma jovem de 21 anos que ainda é virgem, o que chega a ser utópico em pleno século XXI. Como se isso não bastasse, ela se entrega para esse “maníaco sexual” já sabendo de toda a loucura que iria envolvê-la.

As cenas de sexo são dignas da inscrição que aparece na contracapa: conteúdo adulto. Tente lembrar como Stephenie Meyer descrevia a paixão e solidão sentida por Bella, em Crepúsculo. É essa mesma linguagem que a autora de Cinquenta tons usa para descrever as cenas fugazes vivenciadas pelo casal.

Um ponto que muito me intrigou foi a capa afinal geralmente esses livros, também chamados de chick lits (com conteúdo adulto e destinados a mulheres mais velhas) possuem capas mais chamativas, com um casal se beijando ou fazendo coisas do gênero. No entanto, nessa trilogia, a editora optou por uma capa mais discreta. O primeiro volume conta uma gravata cinza, usada por Grey para amarrar Ana em uma das cenas; o segundo conta com uma máscara prateada e o terceiro com algemas (itens esses distribuídos nas grandes livrarias como uma forma de divulgar o lançamento). A intenção era permitir que as leitoras pudessem ler esse livro sem sentirem-se intimidadas ou constrangidas pelo material que estavam lendo, e foi exatamente isso o que fez as vendas de Cinquenta tons explodirem.

Como já disse anteriormente, trabalho em uma livraria e como era de se esperar com esse lançamento muitas discussões foram travadas. Voltamos assim aquele velho dilema: tudo pode entre quatro paredes desde que ambos estejam de acordo. Qual é o limite? Até que ponto uma pessoa deve se submeter às fantasias do parceiro? Em que momento o fetiche pode ser considerado uma doença?

Não sei se a intenção de E. L. James era responder todas essas perguntas que suscitei. O fato é que ela conseguiu ganhar o seu espaço na mídia e na bolsa de muitas mulheres que chegaram até mesmo a irem ao programa da Oprah (isso mesmo!) para agradecê-la. E não fica por aí, a continuação dessa trilogia já tem previsão de chegada no Brasil. Isso sem falar no Toda sua, de Sylvia Day, livro que promete ser o Cinquenta tons da editora Companhia das Letras.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...