--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

domingo, 29 de março de 2009

Este texto é muito extenso, portanto isso é apenas uma parte, vamos refletir e discutir.

Sociedade e Ecologia

Murray Bookchin
A humanidade tem sido difamada pelos próprios seres humanos, ironicamente como uma forma de vida amaldiçoada que acima de tudo destrói o mundo vivo e ameaça a sua integridade. À confusão que já temos acerca do nosso próprio tempo e identidade pessoais, junta-se agora a confusão de que a condição humana é vista como uma espécie de caos produzido pela nossa tendência para a destruição, e a nossa capacidade para o exercício dessa tendência é tanto maior precisamente porque possuímos razão, ciência e tecnologia. É até este ponto absurdo que certos anti-humanistas, biocentristas e misantropos podem levar a lógica das suas premissas.
Os problemas que muita gente enfrenta hoje em dia para «definir-se» a si própria, para conhecer «quem é» — problemas que alimentam a vasta indústria das psicoterapias — não são problemas apenas pessoais. Estes problemas existem não apenas ao nível dos indivíduos mas na própria sociedade moderna, entendida como um todo. Socialmente, vivemos numa desesperada incerteza sobre o modo como as pessoas se relacionam entre si. Não é só como indivíduos que sofremos de alienação e confusão acerca das nossas identidades e objetivos; toda a nossa sociedade, concebida como entidade, parece confusa quanto à sua natureza e direção. Se sociedades mais antigas tentaram fomentar a crença nas virtudes da cooperação e do apoio, desse modo atribuindo um sentido ético à vida social, a sociedade moderna fomenta a crença nas virtudes da competição e do egoísmo, assim despojando a associação humana de todo o seu significado — exceto, talvez, enquanto instrumento de ganho e de consumo sem sentido.
Somos tentados a acreditar que os homens e as mulheres de outros tempos eram guiados por convicções e esperanças — valores que os definiam precisamente como seres humanos e que davam sentido às suas vidas. Referimo-nos à Idade Média como uma «idade de fé», ou ao Iluminismo como uma «idade da razão». Mesmo na época anterior à Segunda Grande Guerra e nos anos que se lhe seguiram parecia haver um tempo fascinante de inocência e esperança, apesar do período da Grande Depressão e dos terríveis conflitos que a mancharam. É como se durante esses anos da guerra se fosse perdendo a inocência da juventude, e com isso a sua «limpidez» — o sentido das intenções e do idealismo que guiavam os comportamentos.
Essa «limpidez», hoje em dia, desapareceu. Foi substituída pela ambigüidade. A confiança em que a tecnologia e a ciência iriam melhorar a condição humana foi escarnecida pela proliferação das armas nucleares, das fomes maciças no terceiro mundo e da pobreza no primeiro. A ardente crença em que a liberdade triunfaria sobre a tirania foi desmentida pelo crescimento da centralização estatal um pouco por todo o lado e pelo enfraquecimento dos povos pelas burocracias, pelas forças policiais e pelas sofisticadas técnicas de vigilância — não menos nas nossas «democracias» do que nos países mais ostensivamente autoritários. A esperança em que viríamos a constituir «um único mundo», uma vasta comunidade de variados povos que partilhariam os seus recursos para melhorar a vida de todos, foi despedaçada por uma crescente maré de nacionalismo, racismo e um insensível paroquialismo que alimenta a indiferença perante a miséria de milhões.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Festival de Documentários

25/03 quarta-feira

20h30 Abertura SP) Celeste / Aloysio Raulino / 6min
Cartas ao Presidente / Petr Lom / 74min


26/03 quinta-feira

15h00 Tias Duronas / Rough Aunties / Kim Longinotto / 104min
17h00 Tudo é Relativo / Everything is Relative / Mikala Krogh / 75min
19h00 Celeste / Aloysio Raulino / 6min
Cartas ao Presidente / Letters to the President / Petr Lom / 74min
21h00 Perturbados / Mental / Kazuhiro Soda / 135min


27/03 sexta-feira

15h00 Problema é Comigo / Trouble Is My Business / Juliette Veber / 82min
17h00 Além do Jogo / Beyond The Game / Jos de Putter/ 79 m
19h00 Ôri / Raquel Gerber / 91min
21h00 Segundas Sangrentas & Tortas de Morango / Bloody Mondays & Strawberry Pies / Coco Schrijber / Coco Schrijber / 87min


28/03 sábado

15h00 O Esquecimento / Oblivion / Heddy Honigmann / 94min
17h00 Celeste / Aloysio Raulino / 6min
Cartas ao Presidente / Letters to the President / Petr Lom / 74min
19h00 VJs de Mianmar - Notícias de um País Fechado / Burma VJ - Reporting from a Closed Country / Anders Høgsbro Østergaard / 85min
21h00 Corumbiara / They Shoot Indians, Don't They? / Vincent Carelli / 117min


29/03 domingo

15h00 Corumbiara / They Shoot Indians, Don't They? / Vincent Carelli / 117min
17h00 Ôri / Raquel Gerber / 91min
19h00 Z32 / Avi Mograbi / 82min
21h00 Sobreviventes / Survivor / Miriam Chnaiderman, Reinaldo Pinheiro / 52mi


30/03 segunda-feira

15h00 Sobreviventes / Survivor / Miriam Chnaiderman e Reinaldo Pinheiro / 52min
17h00 Ôri / Raquel Gerber / 91min
19h00 Domingos / Maria Ribeiro / 72min
21h00 Cidadão Boilesen / Citizen Boilesen / Chaim Litewski / 92m


31/03 terça-feira

15h00 Cidadão Boilesen / Citizen Boilesen / Chaim Litewski / 92min
17h00 O Segredo / The Secret / Edgar Feldman / 25min
Segunda Vida / Second Me / Anna Thommen / 19min
Arrancando a Alma / Severing the Soul / Barbara Klutinis / 18min
Escravos / Slaves / Hanna Heilborn, David Aronowitsch / 15min
19h00 Coração Negro / Black Heart / Ada Bligaard Søby / 23min
Bem Longe de Casa / Home Away from Home / Marika Väisänen / 15min
Chirola / The Chirola / Diego Mondaca / 25min
Zietek / Bartosz Blaschke / 17min
Areias Vermelhas / Red Sands / David Procter / 25min
21h00 Moscou / Moscow / Eduardo Coutinho / 80min


01/04 quarta-feira

15h00 Moscou / Moscow / Eduardo Coutinho / 80min
17h00 Domingos / Maria Ribeiro / 72min
19h00 No Tempo de Miltinho / The Singer's Time / André Weller / 18min
Chapa / Tatiana Toffoli / 18min
Leituras Cariocas / Rio Readings / Consuelo Lins / 13min
Confessionário / Confessional / Leonardo Sette / 15min
Ser Tão / Luiz Guilherme Guerreiro / 20min
21h00 Cildo / Gustavo Rosa de Moura / 84min


02/04 quinta-feira

15h00 Cildo / Gustavo Rosa de Moura / 84min
17h00 Moscou / Moscow / Eduardo Coutinho / 80min
19h00 Samba de Quadra / Samba From Quadra / Gustavo Mello, Luiz Ferraz / 16min
A Arquitetura do Corpo / The Body's Architecture / Marcos Pimentel / 21min
Nello's / André Ristum / 25min
A Casa dos Mortos / The House of the Dead / Debora Diniz / 24min
21h00 A Chave da Casa / Home Key / Paschoal Samora, Stela Grisotti / 60min


03/04 sexta-feira

15h00 A Chave da Casa / Home Key / Paschoal Samora, Stela Grisotti / 60min
17h00 Retorno a Fortin Olmos / Return to Fortin Olmos / Patricio Coll, Jorge Goldenberg / 104min
19h00 Z32 / Avi Mograbi / 82min
21h00 Garapa / José Padilha / 110min


04/04 sábado

15h00 Garapa / José Padilha / 110min
17h00 René / Helena Trestikova / 83min
20h30 Premiação


05/04 domingo

15h00 Domingos / Maria Ribeiro / 72min
17h00 Esquecido Papai / Forgetting Dad / Rick Minnich, Matt Sweetwood / 84min
19h00 René / Helena Trestikova / 83min
21h00 Am I Black Enough For You - A História de Billy Paul / Am I black Enough for You / Göran Olsson / 85min


06/04 segunda-feira

19h00 Reprise
21h00 Reprise


07/04 terça-feira

19h00 Reprise
21h00 Reprise



Centro Cultural do Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - Telefone: (11) 3113-3651 / 3113-3652 - 110

terça-feira, 24 de março de 2009

Visão em X-Ray

Radiografia também é arte
A partir de uma reportagem de Amanda Schaffer no jornal The New York Times, cheguei a um slideshow apaixonante das imagens de objetos cotidianos que Satre Stuelke faz com tomógrafos. Coisas como brinquedos, fast food, aparelhos eletrônicos.
Aí dei um google no nome dele e cheguei à sua página, http://www.radiologyart.com/, onde a coisa é ainda mais chocante: há também imagens em movimento! Deleite-se.

Escrito por Marcelo Leite
Copiado por mim

quinta-feira, 19 de março de 2009

Trânsito bate novo recorde na cidade de São Paulo: motoristas protestam

A cidade de São Paulo registrou dia 18 o recorde de lentidão do ano no período da noite: 201 km por volta das 18h55, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Com a ajuda da chuva, os motoristas disseram ter alcançado os objetivo do protesto e demonstrado sua força à sociedade.
A paralisação, que envolveu diversos setores da sociedade, contou com carreatas de motoristas com destino a diferentes pontos da capital. No dia de amanhã, mais e mais motoristas prometem aderir a paralisação.
Os manifestantes buzinam porém, negam o tí tulo de baderneiros: "Estamos criando empregos e fomentando a economia. Além disso, somos apoiados por grandes empresas e temos incentivos ficais" - disse um manifestante à nossa reportagem.
A manifestação, que ocorre todos os dias, é a única atitude que os motoristas dizem poder tomar diante da crise do petróleo e da sociedade do automóvel.
Questionados sobre os problemas ambientais da manifestação, os motoristas disseram não se preocupar com a quantidade de combustível queimado, nem com a natureza ou com a saúde: "Estamos apenas devolvendo, de forma natural, gases que pertenciam à natureza sob outra forma".
"Temos nosso direito privado!"
A esta grande carreata somam-se fileiras e fileiras de carros e outros veí culos motorizados protestando pelo direito privado de se locomover. A proposta deste ato particular é tornar diariamente inviável a locomoção de todas as pessoas - motorizadas ou não.
"Nós queremos mostrar à população que a mobilidade urbana deve ser um direito de poucos" - disse um manifestante. Outro motorista, que a princí pio se recusou a abaixar o vidro, exclamou: 'Se eu não posso, ninguém pode!'.
Para ampliar a "mobilização", o movimento organizado faz diariamente intervenções midiáticas em diferentes jornais, revistas e canais de televisão, além de possuírem seus próprios dedicados meios de comunicação. Além disso, o governo e a prefeitura estão abertos as reivindicações e firmaram um acordo que garantirá aos manifestantes a estrutura para que as manifestações sejam cada vez maiores, garantindo as condições democráticas do direito a livre manifestação pela imobilidade urbana.
Uma importante liderança do movimento disse que a manifestação cotidiana é o único meio efetivo de afetar toda a população: "É somente através da imobilidade que alcançaremos novas soluções".
A investigação de nossa reportagem teve acesso a diversos de seus panfletos, onde pode verificar que tais soluções variam entre a venda de carros maiores e mais confortáveis ou menores e mais ágeis. Um perito em mobilidade urbana escreve que "para os manifestantes mais conscientes(sic), a solução mais correta seria a compra de carros blindados ou a utilização de helicópteros."

da reportagem local. Quarta-feira, 18 de Março de 2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

Crônica - O Contrário do Avesso

Texto que li na Revista do Brasil de fevereiro e encontrei no site da SINTESP e resolvi compartilhar com vocês.
Linkando com o post-dissecativo do Ge sobre La Voz Perdida em que foi destacada a questão de questionar.
Boa leitura.

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Uma das figuras mais interessantes do Bar da Preta, rincão filosófico-etílico-ludopédico que costumo frequentar, é o Contrário. Ele sempre pode ser encontrado no fundo do bar, bebendo uma cerveja de canudinho. Contrário é franzino como um flamingo, sua idade é indefinida, algo entre 27 e 72 anos, e ninguém sabe seu nome verdadeiro. 
Ele ganhou este apelido porque se interessa por qualquer discussão e, depois de escutar os debatedores por alguns minutos (às vezes, apenas alguns segundos), dispara: “E se fosse o contrário?”
Ele faz isso qualquer que seja o tema. Por exemplo, num fim de tarde, quando a polêmica era sobre se a Copa do Brasil deveria ter menos times, ele lançou sua célebre pergunta. E logo depois se explicou: “Em vez de 64, a Copa do Brasil poderia ter 128 times. Ou 256. Ou 512. Ou..., ou, ou...”
“Mil e vinte quatro”, soprou Alaor, o contador.
“Isso, 1.024! Podia ser o maior campeonato do mundo. Todos os times do Brasil entrariam, e os grandes iam chegar só na fase final. Aí, o clube da oitava divisão, se fosse bom, iria passando de fase e acabaria jogando com o Corinthians, com o Flamengo, com o Cruzeiro... Sem falar que ia ter time sobrevivendo mais tempo, porque tem muito clube que só fica vivo uns dois meses por ano.”
Todos acharam interessante a ideia do Contrário, mas, como ninguém o leva muito a sério (talvez por usar a roupa do avesso), a discussão não foi em frente.
Doutra feita, o assunto era mais sério: democracia representativa, voto distrital e essas coisas. E lá veio a frase: 
“E se fosse o contrário?”
“Como assim, o contrário, Contrário?”
“E se não tivesse deputado, vereador, essas coisas?”
“Você quer a volta da ditadura?”
“Não, pelo contrário! Eu quero é votar. Em tudo. Não quero que um cara vote por mim. Isso dava certo lá nas Grécias, quando tinha pouca gente. Mas, hoje em dia, um deputado representa umas quatrocentas mil pessoas. Assim não dá certo. Sem falar que ouvi dizer que agora tem um negócio chamado internet, onde todo mundo pode ler as coisas e conversar. Então era só botar um assunto na roda, a gente votava e pronto. Tipo plebiscito.”
Mais uma vez, a ideia pareceu interessante para alguns, mas, como o Contrário estava usando o sapato direito no pé esquerdo e vice-versa, acabamos deixando para lá.
Contrário também já falou que as famílias podiam acabar e para que voltássemos aos clãs; que, em vez de liberar o casamento gay, deviam é abolir o casamento; que em vez de cota de negros, as universidades deviam é ter cotas de brancos; e que em vez de o universo ter começado por um Big Bang, podia não ter começado, mas sempre existido e se modificado.
Enfim, o Contrário sempre traz uma nova luz sobre as questões. Seus argumentos só não impressionam a Preta. Quando ele tentou convencê-la a não cobrar sua cerveja, pois a propriedade era a raiz de todos os males, a corpulenta mulher pôs as mãos em seus ombros e disse: “Acho que hoje vamos saber como é o Contrário do avesso”.
O Contrário, avesso à violência, pagou na hora. 

José Roberto Torero

terça-feira, 17 de março de 2009

Luto

Fim da Comunidade Discografias

"Informamos a todos os membros da comunidade "Discografias" e relacionadas (Trilhas Sonoras de Filmes, Trilhas Sonoras de Novelas, Coletâneas (V.A.), Pedidos, Dicas/Dúvidas e Índice Geral), que encerramos as atividades devido às ameaças que estamos sofrendo da APCM e outros orgãos de defesa dos direitos autorais.

Nosso trabalho foi árduo para manter as comunidades organizadas, sem auferir nenhum tipo de vantagem financeira com elas, somente com o intuito de contribuir de alguma forma para a cultura e entretenimento.

Não é com o fechamento desta comunidade e outras equivalentes que as gravadoras irão aumentar seus lucros.

Muitos artistas perderão seus meios de divulgação.

Milhares de membros terão que procurar outras atividades no Orkut que não seja o download de músicas e afins. O número de sites e blogs de conteúdo similar, mais programas como eMule, limewire, de torrents e outros P2P, cresce em progressão geométrica.

Perdem eles, perdemos todos, mas enfim, tudo em nome do dinheiro das grandes corporações. Nada em nome da cultura.

Tais entidades de defesa dos direitos autorais, como a R.I.A.A. nos Estados Unidos e APCM no Brasil, que é a representante legal de:

UNIVERSAL MUSIC DO BRASIL LTDA.;
WARNER MUSIC BRASIL LTDA.;
SONY - BMG BRASIL LTDA.;
SIGLA - SISTEMA GLOBO DE GRAVAÇÕES AUDIO VISUAIS LTDA;
EMI MUSIC LTDA.;
COLUMBIA PICTURES INDUSTRIES INC.;
DISNEY ENTERPRISES INC.;
METRO-GOLDWYN-MAYER STUDIOS INC.;
PARAMOUNT PICTURES CORPORATION;
TWENTIETH CENTURY FOX FILM CORPORATION;
UNIVERSAL CITY STUDIOS INC.;
WARNER BROS.;
UNITED ARTISTS PICTURES INC.;
UNITED ARTISTS CORPORATION;
UBV - UNIÃO BRASILEIRA DE VÍDEO E ASSOCIADAS

Sendo ainda representante de IFPI - International Federation of the Phonographic Industry e MPA - Motion Picture Association no Brasil, se dizem "sem fins lucrativos", vamos acreditar nisso, né gente? Como todos acreditam nas histórias da carochinha.

Portanto, deixamos aqui os dados de contato do orgão responsável pelo fechamento das comunidades e de um de seus representantes:

APCM – ANTI-PIRATARIA CINEMA E MÚSICA
RUA HADDOCK LOBO, 585 – SÃO PAULO – SP – BRAZIL
INTERNET ANTI-PIRACY UNIT

Telefone: +55 (11) 3061-1990x244

e-mail: anti-piracy@apcm.org.br


=>Bruno Henrique Tarelov: btarelov@apcm.org.br

Fone: 55 11 30611990 ramal 238

Fax: 55 11 30611221

Agradecemos a todos que de um jeito ou de outro, colaboraram para que nossas comunidades fossem tão populares. Valeu, gente!"

Observação

A APCM só perseguia nossas comunidades, e assim, os links postados pelos nossos membros estavam sendo rapidamente denunciados e excluídos, pois eles querem aparecer e só deletam de onde está mais fácil e tem maior visibilidade na mídia.

O pessoal que baixava de nossas comunidades vai poder continuar a procurar os links no lugar de maior acervo: O Google.

Fonte: Nota do moderador na Comunidade Discografias. http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=73270209

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"Olá!
A comunidade Discografias foi criada há alguns anos, com o objetivo de trocar cultura.
A comunidade tinha o benefício de fazer com que pessoas pudessem encontrar os links que já existem na internet, e baixassem para ouvir em seu computador.
Por meio dela, muitos conheceram novos artistas, novas bandas. Até pouco tempo, era difícil para alguém que não vivesse nos grandes centros urbanos conhecer bandas novas, de estilos diferentes. Com a tecnologia pudemos ter acesso a bandas de todos os lugares, e por esta tecnologia que nos ofertaram é que nos querem incriminar.
Sim, TODOS NÓS, porque todos usamos mp3.
Um artista tem seu trabalho reconhecido no show. Um show internacional geralmente tem um preço de três dígitos, e os fãs comparecem. Há shows nacionais todos os dias, e o público comparece por valorizar o trabalho dos artistas que amam.
Reconhecemos o trabalho das gravadoras. Vendam seu serviço, mas não queiram ser sustentados eternamente pelo trabalho de outros. Isso sim, é que não é justo.
Agora será crime dizer "escute essa música que me lembra você" e mandar o link?
Proíbam as rádios de tocar, os computadores de tocar mp3 e os instrumentos de tocar melodias já registradas. Monopolizem a música e deixem-na para quem pode pagar centenas por um cd. Depois disso, se preocupem com as pessoas que divulgam fotos de pedofilia, diminuam a violência, a pobreza, porque isso é menos importante, não é?
Muito mais que 1 milhão de pessoas trocam arquivos pela internet. Se você tem consciência de que é parte nesse processo, porque provavelmente também escuta mp3, participe deste protesto:
- Dia 01/04/09, troque sua foto do perfil por esta:
http://img1.orkut.com/images/mittel/1233583847/54570232/ln.jpg
- Divulgue para seus amigos e comunidades.
- Escreva para a APCM e para o Senador Eduardo Azeredo, do PSDB, responsável por um projeto de lei que incriminará o ato de distribuir conteúdo pela internet sem prévia autorização com pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa.

Fonte: Nota paralela na comunidade Discografias - O Retorno! http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=56139232

Sobre La Voz Perdida

Preparar para largada, 3.... 2... 1..
A batera bate forte ditando o ritmo
Entra uma voz: Yeaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah !!!!!
Entra outra voz: Yeääääääääääääääh !!!!! (1 oitava acima)
O violino da o ultimo impulso e larga a primeira guitarra, segunda guitarra, e Baixo na correria que é esta música !

Caraca, e que música! Vamos canta-la gente, começar com esse grito libertador ja da empolgação pra qualquer coisa. E é disso que ouvintes do bom metal espanhol gostam, de gritar com aqueles que fazem este mundo de hipocresia que sacode.

A música fala claramente desta que mais tem causado hipocrisias a séculos. A igreja "dos perdões", que são muitas, mas classifiquemos desta maneira por enquanto.

Nos viemos do pó e ao pó voltaremos, fazemos parte da eternidade, ainda que ela nunca acabe. Esse tipo de coisa ja ouvimos em alguns lugares, e faz sentido aqui também. A eternidade que conhecemos não tem mais tanto sentido a cada dia que passa. Saber que nossas gerações e as futuras talvez nem saibam o que significa eternidade.
Isso é uma coisa que podemos "cambiar", podemos mudar se você souber se perguntar PORQUE as coisas tem de ser assim como são, e não dar nada por feito, não aceitar as coisas porque algo lhe fez crer que assim tem de ser.

"Toda unanimidade é burra" (Nelson Rodrigues)

Desconfie, pergunte! .... Se a paz existisse, e todos concordassem quem a paz em sua unanimidade é perfeita, vocês concordariam? Se só houvesse paz, será que estaria tudo certo?... Se você fosse só alegre, se só acontecessem coisas boas em tua vida, e você só ganhasse dinheiro?

O que sabe da tristeza?
O amor é eterno?
A amargura é mulher?
De que são feitos os sonhos?

Quanto pesa um adeus?
Por que a paz é muda?
A traição pode dormir?
Pergunta!!!

A gente ja falou várias vezes desta coisa que temos aqui dentro de nós... Algumas vezes chamamos de âmago, outras de rosa dos ventos, outras de Deus mesmo... em fim. Desta vez chamemos de Voz. Nos a perdemos para os santos que há tempos conseguem calar, sufocar e lhe doutrinar à que pensar. A pensar que tudo esta feito, predestinado e analisado a julgo do Deus deles. Um Deus unânime! ... Aliás, "Se Deus é justo, então quem fez o julgamento?" (Gabriel Pensador).

Como comentei ja na música, a palavra "penas" para mim, significa perdão. O perdão que a igreja nos proporciona quando nos confessamos., quando pagamos o dízimo, quando fazemos um favor ao padre, e este ao bispo, e este a ...etc etc

Vamos voar, voar acima de tudo, acima das altas igrejas que insistem em mostrar a superioridade de Deus, vamos voar acima destes perdões que é a maior força da igreja, acima do arco-ires onde não precisamos mais de perdões, onde teremos beijos em flor. A voz de Gaia vive em ti, em mim. Viva-a!

Por que a fé é surda?
E cego é o que crê?
Sabe uma reza beijar?
Quanto cobram pelo celibato?

Está à venda o altar?
Ou alugam para o uso de um ditador?
Para um Hitler frouxo!

Perguntem!!! não se esqueçam de perguntar!

Não sei se o povo ficou com receio de analisar essa música por causa deste "vácuo" na tradução, ficaram meio perdidas as coisas, mas farei o possivel aqui. Meio complicado de entender o que ele quis dizer com inferno e com céu. Mas básicamente ele diz que no inferno lhe receberão seus calcanhares (talão) e no céu te recusarão, ao lado de Franco e Pinochet. Afinal, quem são estes caras ?

Francisco Paulino Hermenegildo Teódulo Franco y Bahamonde Salgado Pardo de Andrade foi um militar, chefe-de-estado, ditador espanhol e Regente do Reino de Espanha desde outubro de 1936 até à sua morte, em 1975.
(Fonte) Na sua biografia é carcterizado e destacado pelo seu valor e frieza no combate

Augusto José Ramón Pinochet Ugarte foi um general do exército chileno, tornado presidente do Chile para governar o Chile após a deposição de Salvador Allende, e posteriormente tornado senador vitalício de seu país, cargo que foi criado exclusivamente para ele, por ter sido um ex-governante. (Fonte)

Em seu nome ocorreu diversas torturas e golpes. Futuramente detido foi extraditado para Portugal acusado de genocídio, terrorismo e torturas, com base em denúncias de familiares de espanhóis desaparecidos no Chile. Uma junta médica britânica declarou-o mentalmente incapacitado para enfrentar um julgamento (dedinho da ministra britânica no meio), e voltou para o chile onde conseguiu um atestado de debilidade que o salvou de condenação.

de.bi.li.da.de
s. f. 1. Qualidade ou estado de débil. 2. Enfraquecimento, fraqueza.

É, você acha que essa história de falsificar atestado é de agora é? haha...

Já ardi em mil fogueiras
Estupraram-me no Peru,
Já vivi o holocausto,
A inquisição, apartheid,
Ditaduras, poder, pederastia,
A marca do diabo é a cruz

Haha, lembrando CQC ontem, conheci o quadro Fala na Cara. E nossos mágicos fazem muito bem esse quadro. Precisa dizer mais alguma coisa na cara deles? acho que não né...

Abecedário ExtraOrdinário: Hideo

Deus

Prox Palavra: Índia

Sombras de Goya (Goya's Ghosts) 2006

Sinopse

O pintor espanhol Francisco Goya (Stellan Skarsgärd) encara um escândalo quando sua maior musa, Inés (Natalie Portman), é acusada de heresia pelo monge Lorenzo (Javier Bardem) e enviada à prisão.

Informações Técnicas

Título no Brasil: Sombras de Goya
Título Original: Goya's Ghosts
País de Origem: Espanha
Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Tempo de Duração: 118 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Estréia no Brasil: 25/12/2007
Site Oficial: http://www.losfantasmasdegoya.com
Estúdio/Distrib.: Downtown
Direção: Milos Forman


Links:
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Senha para Descompactar: c0red
Legendas: http://www.opensubtitles.org/pt/download/sub/3264948

segunda-feira, 16 de março de 2009

Reforma Ortográfica

Hífen Continua com N

Acordo ortográfico que unifica a escrita nos oito países onde se fala o português começa a valer. Brasileiros, que mal dominam regras “antigas”, têm até 2012 para se adaptar novamente

Por Evelyn Pedrozo

A adoção do novo acordo de unificação ortográfica da língua portuguesa, por aí apelidado de reforma ortográfica, a partir de 1º de janeiro, não significa que ficará mais fácil ou mais difícil falar ou escrever. O idioma rico, utilizado por 210 milhões de pessoas em todo o mundo, é quase indominável. São acentos, fonemas e conjugações verbais que confundem, intrigam e, pouca gente discorda, é muito difícil de escrever e falar corretamente. O acordo traz apenas alguns ajustes, como o fim do trema, a eliminação de acentos em ditongos e diferenciais e mudanças nos hífens, o item mais atacado por especialistas. E a finalidade é política: unificar a língua escrita no Brasil com a dos demais países lusófonos - Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

As mudanças incidem sobre 0,5% do vocabulário do brasileiro e 2% do restante. O português era a única língua não unificada no mundo. As tentativas de unificação são antigas - desde o início do século 20. No Brasil, aconteceram reformas em 1943 e 1971. Em Portugal, onde houve maior resistência ao atual acordo, a última mudança ocorreu em 1945.

Os veículos de comunicação e os documentos oficiais são os primeiros a seguir as novas reg
ras. A Revista do Brasil emprega as alterações a partir desta edição. Até 2012 as duas grafias valem para utilização em vestibular, provas de escolas e concursos públicos. No ensino público, as mudanças serão implementadas a partir de 2010.
Os livros atuais saem desatualizados, já que o processo de compra começa dois anos antes da entrega - 130 milhões de exemplares publicados em 2009, a maioria didáticos, a um custo de R$ 900 milhões, não incluem as novas regras. Para os professores, resta o desafio de ensinar os alunos sem a ferramenta adequada, já que não poderão ignorar as alterações em suas aulas. O Ministério da Educação (MEC) aguarda a divulgação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, em elaboração na Academia Brasileira de Letras (ABL), para imprimir material complementar aos livros e iniciar a capacitação dos docentes, que deve ocorrer até o mês que vem, segundo o diretor de ações educacionais, Rafael Torino.

A utilização do hífen é intrigante e o acordo traz novas regras antes mesmo de a forma antiga ter sido dominada. A estudante de cursinho pré-vestibular Fernanda Cunacia da Rocha, de São Paulo, titubeia quando questionada sobre a correta grafia da palavra “antissocial”. “É tudo junto?”, arrisca. No dia em que foi entrevistada não era. A regra dizia: anti... leva hífen quando o segundo elemento começa com h, r e s. Agora, o hífen continua só para o h. “Para que isso? Vai confundir, vai ficar feio”, desabafa a adolescente de 18 anos.

O acordo é tecnicamente malfeito, afirma o professor de Português e escritor José Luiz Fiorin, aposentado desde setembro pela Universidade de São Paulo (USP). “As mudanças poderiam ser diferentes, como no caso do hífen. Ainda existe muito espaço para melhorá-lo”, afirma. Fiorin destaca, porém, que não daria para fazer uma reforma radical na ortografia a essa altura do campeonato. “As regras foram fortemente alteradas no início do século 20, quando poucas pessoas eram alfabetizadas. Mas agora é diferente. Seria necessário jogar todas as publicações no lixo e todo mundo precisaria ser realfabetizado”, observa.

Domício Proença Filho, membro da cadeira 28 da Academia Brasileira de Letras, diz que o acordo respeita as diversidades dos povos. “Aqui continuamos a grafar acadêmico (com acento circunflexo) e lá eles mantêm académico (com agudo)”, observa. Uma coisa é certa, diz o professor, eles deveriam ter acabado de vez com o hífen. Para Proença Filho, a vantagem do acordo é diplomática. “No caso de documentos oficiais da Organização das Nações Unidas, por exemplo, seja qual for o padrão adotado, o nosso ou o deles, todos devem aceitar porque é oficial”, explica. Segundo ele, também fica facilitado o intercâmbio cultural, pois livros científicos e didáticos poderão circular livremente nos oito países.

A Associação Brasileira das Editoras de Livros (Abrelivros) afirmou em nota que não tem como mensurar o impacto da nova medida junto às empresas. A entidade observa, no entanto, que o processo de adaptação de um livro é trabalhoso e requer muito cuidado. “O acordo é uma medida governamental e todas as editoras irão acatá-lo. Ele foi selado e não nos cabe discutir a sua validade”, diz a nota.

Apego

A jornalista, professora de Inglês e estudante de Letras da USP Adriana Buzzetti está com o pé atrás. “Tenho uma relação meio romântica com a língua portuguesa. Falo inglês e um pouco de francês e vejo a beleza dessas línguas cada uma à sua maneira. No caso do português, o que acho bonito são os sinais gráficos. Então, com a queda do trema e do acento agudo de algumas palavras, acho que perde um pouco dessa beleza gráfica, se assim podemos chamar”, diz. Adriana acredita que basta uma consulta a um manual e está tudo certo com as mudanças. “A uniformização da grafia para os países lusófonos é importante. O que permanece diferente é o uso da língua mesmo, as construções, o vocabulário, que varia de um país para outro, que é o que marca a identidade cultural de um povo.”

O escritor português José Saramago, em recente passagem por São Paulo, lembrou que a primeira palavra que aprendeu a escrever foi “mãe”, com “e” no final. “Depois de um reforma passei a escrever com ‘i’; depois outra reforma me fez voltar a escrever com ‘e’. E não importava, minha mãe era sempre a mesma”, brincou. “Não importa a palavra, importa que nos comuniquemos. É preciso ter tolerância, a língua portuguesa é toda língua seja qual for o lugar em que se fala, o importante é que seja inclusiva, é termos um exercício de tolerância. O que está em primeiro lugar é o grau de educação que se dá.”

Confusão à vista

Letras do alfabeto
Passam a ser 26 com a inclusão ?oficial de K, W e Y

Não se usará mais o hífen quando:
o segundo elemento começa com s ou r. Nesses casos a consoante será dobrada, como em antirrábico e antissocial. Exceção feita quando o prefixo terminar com r: hiper-revolucionário, super-rato ou inter-racial;
o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente: extraoficial, aeroespacial, infraestrutura e iberoamericano.

Abolição do trema
Só existirá em nomes próprios e seus derivados.

Acento diferencial não será mais usado para distinguir:
“pára” (do verbo parar) de “para” (preposição); “péla” (do verbo pelar) de “pela” (preposição mais artigo); “pêlo” (substantivo) de pelo (preposição mais artigo).

Acento circunflexo não será mais usado:
nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados. O correto será creem, deem, leem, veem;
em palavras terminadas em hiato “oo”, como voo, enjoo.

Acento agudo
não será mais usado nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxitonas. O correto será assembleia, boleia, ideia, estreia;
nas palavras paroxítonas com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo, ?o correto será feiura, baiuca;
nas formas verbais com acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, o correto passa a ser averigue em vez de averigúe, apazigue no lugar de apazigúe.

Fim das letras mudas no português lusitano
Deixam de existir o “c” e o “p” de palavras nas quais as letras não são pronunciadas como acção, acto, adopção, facto, optimo - que passam para ação, ato, adoção, fato e ótimo. Para os brasileiros não faz diferença, mas para os portugueses faz.

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Crônica - Língua Apátrida

Negociata, segundo dizia Stanislaw Ponte Preta, é um bom negócio para o qual não fomos
convidados. Pensando na tal reforma ortográfica que nos foi imposta e que começa a valer agora, em 2009, fico em dúvida se ela se encaixa nessa definição. De certa forma, fomos mais do que convidados: faremos o que decidiram no acordo por nós. Mas não fomos convidados para discutir o dito-cujo, que vai transformar em papel velho bilhões de livros.

Certo, a gente pode manter os livros em casa e ler normalmente, ninguém vai ser obrigad
o a jogar livros fora. Mas, no mínimo, vamos ter de comprar novos dicionários. Ou guias. Milhões e milhões de dicionários! Os editores de dicionários devem estar gritando vivas aos quatro ventos. E os editores de livros didáticos também, pois todos terão de ser substituídos, sem contar livros para as bibliotecas escolares. Os pedagogos dizem que manter nas bibliotecas escolares livros com ortografia “antiga” atrapalha os alunos. Eles aprendem uma coisa com os professores e encontram outra nos livros, o que os deixarão confusos. Então, todos os livros “antigos” têm o destino do lixo ou da reciclagem.

Num país em que muitos municípios não têm sequer uma biblioteca pública acho que é um desperdício provocar o gasto de milhões de reais com a compra de novos livros para substituir outros iguais das bibliotecas que já existem por causa de uns poucos acentos e pela inclusão das letras K, W e Y, que na prática já estão presentes em nosso dia-a-dia. Bastaria incorporá-las ao alfabeto e pronto. Sem contar que algumas palavras continuarão sendo escritas de forma diferente no Brasil e em Portugal. O que justificará num futuro próximo mais uma reforma
dessas, para jogar muita grana nas mãos dos editores. Tudo decidido por meia dúzia de acadêmicos.

Que democracia é essa? Chegaram a fazer umas matérias por aí sobre a praticidade ou não da reforma, mas todo mundo se nega a discutir os custos dela. Parece haver uma cumplicidade da grande imprensa, dos linguistas (sim, agora sem o trema) e dos editores interessados. Nem seções de cartas dos jornais publicaram algo com essa argumentação.

Bom, já que queriam fazer uma reforma, eu proporia logo uma revolução inspirada num amigo russo, vindo de lá com uma família que ‐ veja que ironia ‐ fugia da revolução.

Em São Paulo existe uma comunidade de russos apátridas, descendentes de opositores da
Revolução Russa. O caminho desse pessoal era mais ou menos o mesmo: os pais ou avós deles eram ricos (ou simplesmente direitistas) e, quando os bolcheviques tomaram o poder, fugiram para a China, de onde esperavam voltar para a Rússia algum dia. Mas houve
a revolução comunista também na China e, com Mao no poder, se mandaram para a América. Na cabeça de quase todos eles a América eram os Estados Unidos, mas para quem os trazia América era também o Brasil.

A família do Victor, meu amigo, era uma dessas que saíram da velha Rússia, foram para a China e acabaram na América. Só que ele e seus familiares não vieram no mesmo navio. Ele, a mãe e um irmão vieram parar no Brasil, enquanto as irmãs foram para os Estados Unidos.

Um dia o Marcos, colega de “repartição”, disse que o Victor atropelava as palavras e às vezes não usava verbo. Ele gostou da observação e passou a falar sem verbo mesmo. E muitas vezes sem artigos nem preposições etc. Engolia o máximo de palavras que podia. Por exemplo: não dizia mais “eu vou ao cinema hoje à noite”; apenas “eu cinema noite”. Numa saída de férias perguntaram-lhe o que ia fazer. Em vez de “vou viajar para o Oregon para visitar minhas irmãs”, disse apenas “eu Oregon irmãs”. Enfim, era direto: “Você comigo almoço?”, “chefe bravo erro”. E todo mundo entendia.

Taí, burocratas da língua: radicalizem. Em vez de reforma, vamos logo partir para uma revolução linguística!

Índios VI - Invasão em Terras Indígenas

Sem lero-lero deixo com vocês a última parte do artigos sobre os índio do How Stuff Works, deixo também alguns links bem interessantes do próprio site, se der deem uma olhada.

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Invasão em terras indígenas

Mesmo com a demarcação e homologação das terras indígenas, 85% das áreas são alvo de invasão, segundo estimativa feita pela Funai em 2000. Muitas dessas invasões acabam em violência. E há vários motivos para tal. A exploração ilegal de madeira é um deles. Como exemplo, pode ser citado o caso dos índios Xikrin do Catete, vizinhos da mineradora Vale no Pará, e que tiveram suas terras invadidas em meados de 1980 por madeireiros, atrás de mogno, a madeira comercial mais cara. A exploração de madeira está cada vez mais próxima da aldeia, e tem causado um grande estrago à floresta.
O interesse por minérios também é um problema. É o caso dos índios Cinta Larga, da reserva Roosevelt, em Rondônia, onde há uma grande quantidade de diamantes. Em abril de 2004, eles mataram 29 garimpeiros que exploravam a pedra preciosa Ilegalmente em suas terras. Novos conflitos entre os Cinta Larga e os garimpeiros são iminentes e preocupam o governo de Rondônia. Há homens da Polícia Federal na reserva.
A mineração, principalmente de ouro, tem levado à invasão das terras Yanomamis, desde 1987. Esses índios habitam a região montanhosa da fronteira do Brasil com a Venezuela. Uma grande invasão garimpeira do território Yanomami aconteceu de 1987 a 1992, quando morreram cerca de 1.500 indígenas. Em outubro de 2007 os líderes Davi Kopenawa Yanomami e Dário Vitório Xiriana denunciaram uma nova invasão por aproximadamente 600 garimpeiros nas terras de seu povo.
Os conflitos com o poder local, que envolvem, inclusive, exploração imobiliária, são outro mal que atinge os índios. A Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, na extremidade norte do país, fronteira com a Venezuela e a Guiana, é outro caso. A reserva é habitada por cerca de 15 mil indígenas, principalmente das etnias macuxí, taurepang, wapixána e ingaripó. Homologada em abril de 2005, Raposa Serra do Sol traz uma história de conflitos de quase 30 anos. Primeiro a área foi invadida pelo garimpo. Em meados dos anos 90, com a cultura de arroz.

A maior parte dos índios de Roraima lutou pela homologação da Raposa Serra do Sol em área contínua de 1,67 milhão de hectares, e não em ilhas, como queriam os agricultores e o governo local que invadiram as terras da reserva na década de 90 e parte dos indígenas. Existe um município, Uiramutã, criado em 1996, dentro de Raposa Serra do Sol, que foi outro entrave para a homologação.
Na região, havia 63 ocupações em área rural: 47 pequenos pecuaristas e 16 rizicultores. Em 2004, em várias ocasiões ocorreram conflitos entre os índios da Raposa Serra do Sol e os não-índios que viviam na região. Em agosto, índios da aldeia Macuxí chegaram a montar uma barreira de fiscalização para evitar a entrada de armas, combustível contrabandeado e bebidas alcoólicas na reserva. Três meses depois, na mesma região, criminosos utilizaram tratores para derrubar 37 casas, postos de
saúde e escolas. Os agricultores são os principais suspeitos do ataque.
A Polícia Federal (PF) teve que montar uma operação para garantir a homologação de Raposa Serra do Sol. Na época houve o seqüestro de quatro agentes da PF que trabalhavam na reserva. Em setembro de 2007, representantes indígenas das quatro etnias que vivem na reserva Raposa Serra do Sol assinaram uma carta-compromisso com o governo federal na qual afirmam que não querem mais se envolver nos conflitos pela retirada dos não-índios que ainda permanecem no local.

Outros grupos lutam

Em Porto Seguro, no litoral Sul da Bahia, os índios Pataxó brigam com as indústrias produtoras de celulose Veracel e Aracruz há cerca de duas décadas. Existe também uma animosidade entr
e os índios Pataxó Hã-Hã-Hãe e os fazendeiros da região devido à disputa pela posse da terra, nos municípios de Pau Brasil, Camacãn e Itajú do Colônia. Os conflitos já mataram 18 lideranças indígenas.

As lideranças Pataxó Hã-Hã-Hãe atribuem a responsabilidade por esta situação ao Governo do Estado da Bahia, por ter concedido títulos falsos aos invasores de suas terra, e à demora no julgamento da Ação de Nulidade de Títulos que se encontra no STF há mais de 24 anos para ser julgada.
Já a disputa com a Aracruz e a Veracel ocorre porque a monocultura de eucalipto, usado para fabricar celulose, no extremo Sul da Bahia afeta a todas as comunidades indígenas Pataxó. Aos impactos sobre o meio ambiente, sobre os recursos hídricos e sobre a cultura desse povo, soma-se a utilização, para o plantio de eucaliptos, de terras tradicionais indígenas, em processo de demarcação.
De acordo com denúncias feitas pelos índios, as empresas ferem a legislação ambiental ao plantar eucaliptos nos limites das unidades de conservação, destruir plantas nativas, coqueirais, mudam o relevo da terra, atingem fontes de água e alugam áreas de terceiros para plantar eucalipto.
A área em questão é reivindicada pelos índios como parte de seu território tradicional e se encontra em processo de estudo através de um grupo técnico da Funai. Os Pataxó acusam a Veracel de invadir suas terras e de gerar danos ambientais com o uso indiscriminado de agrotóxicos, poluindo rios e ameaçando a integridade física das comunidades.

domingo, 15 de março de 2009

A JUSTIÇA DOS SANTOS HOMENS (nomeados e abençoados por deus)

Muito se falou e se vem falando sobre o caso da menina de nove anos (ela é a Isabela da vez), estuprada e grávida de gêmeos, que, como autoriza a lei, foi submetida a um aborto. Os médicos e a mãe da menina foram excomungados e o agressor, padrasto da criança, está preso mas tem o direito de se confessar, se arrepender e ser perdoado pela igreja uma vez que a excomunhão que atingiu os que salvaram a vida da menina, que corria sérios riscos por essa gravidez em um corpo frágil e com aparelho reprodutor não totalmente formado, não atingiu o tal homem, se é que assim se pode chamar seres como esse...

Mas, se pensarmos bem, houve um progresso bastante grande na postura religiosa frente a esse caso e outros como esse, que por (des)ventura possam acontecer.

A menina foi estuprada, tudo (bem?). O que a bíblia determina nesses casos é que se investigue melhor a ocorrência. Então, para seguir à risca a "constituição" de sua fé, as orientações do livrinho de histórias e mitologias que os religiosos afirmam ser a "palavra de deus", incontestável, verdadeira e única, essas pessoas escolhidas e capazes de conhecer a "verdade" (os cristão e também os judeus, incluindo, claro, o tal arcebispo tão cioso de sua fé) teriam que investigar primeiramente onde foi que aconteceu o estupro.

Se foi em lugar ermo e afastado de qualquer pessoa que pudesse interferir, a menina teria que se casar com o padrasto. Ela passaria a ser esposa e, por essa bênção compulsória que o padrasto seria obrigado a dar-lhe, a garota se livraria da vergonha, teria um homem a quem subjugar-se e seria sustentada por seu agressor durante toda a vida, mesmo que essa durasse apenas alguns meses, uma vez que a gravidez provavelmente a mataria.

Perguntar a ela se a solução a agrada ou satisfaz? Não, é claro! Como poderia sequer passar pela cabeça de um seguidor das leis de deus, escritas e sagradas, levar em conta a opinião de uma mulher?

Se o estupro aconteceu em lugar povoado, ou em lugar onde tivesse, no momento, pessoas que, caso a menina gritasse pedindo ajuda, pudessem salvá-la, então a garota, pelo crime de não ter gritado, ou não ter gritado alto o suficiente para ser ouvida, teria que ser levada para fora de sua casa e apedrejada até a morte.

E nesse caso, o que aconteceria com o padrasto? A bíblia não diz nada, e, como ele não poderia ser obrigado a se casar com a menina (que, como criminosa que era, estaria morta), talvez ele fosse obrigado pela comunidade a pagar um valor estipulado ao pai da menina, uma vez que esse homem (homem, atentem para o detalhe!) foi prejudicado, já que perdeu a filha e, portanto, a possibilidade de vendê-la. Então, possivelmente, o padrasto teria que ressarcir o pai da menina do prejuízo pagando a ele, no valor do mercado, o que ele teria recebido pela menina.

Então, como podem ver, houve um grande progresso. A menina não terá que se casar com o seu agressor e, melhor ainda, não será apedrejada até a morte por seu crime e, o maior progresso de todos, alegrem-se irmãos!, o padrasto não terá que dar seu nome honrado a uma mulher não virgem nem terá que pagar o preço de uma esposa sem ter a mercadoria!

E estamos reclamando, sentindo raiva, impotência, revolta e nojo por quê? "A palavra de deus nunca muda", é o que prega a bíblia, no entanto, graças aos homens santos (benditos sejam eles!) que a interpretam e aplicam, houve essa mudança, houve esse progresso!

Regozijai, cristãos!

Enquanto isso, eu, que felizmente sou atéia, vou ao banheiro vomitar!

Divina

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA
Miguezim de Princesa

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

Fonte: Blog Vida Cadela de Divina

sábado, 14 de março de 2009

The Earth and the American Dream (quotes)

Faz um tempinho assisti um documentário na aula de história, The Earth and the American Dream. Maaas, como eu não quero ser estraga prazeres, vou colocar apenas umas citações do filme pra vocês sentirem o gostinho ^~

"O homem branco nos fez muitas promessas, mas apenas cumpriu uma. Ele prometeu tirar a terra da gente, e ele tirou."
- Mahpiya Luta (Red Cloud/Nuvem Vermelha)
"Eles mataram meu búfalo. Quando eu vejo isso, sinto que meu coração vai arrebentar de tristeza"
- Santana (Chefe dos Kiowas)
"Na perspectiva de toda humanidade, a exterminação do búfalo foi uma benção."
- Theodore Roosevelt (ex-presidente)
"Tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra."
- Bíblia (Gênesis 1:26)
"Máquinas, ciência e inteligência ... são forças do homem que serão usadas para apressar o seu domínio sobre a natureza, alcançar-la mediante ganho acrescenta à quantidade de bens a serem consumidos pela sociedade "
- Simon Patten (economista político)
"Para parar o nosso progresso, mesmo se pudéssemos, dificilmente levaria a um lugar que não fosse um completo caos. Quer queiram quer não, estamos no nosso caminho."
- Clifford Furnas (engenheiro químico)
"Na primeira metade do século 20, pessoas que consumiram mais recursos não-renováveis do que em todo o resto da humanidade"

"Será que o nunca passará pela nossa cabeça a idéia que chegará o tempo no qual ninguém desejará todas estas coisas que produzimos?"
- Will Rogers
"A história do desenvolvimento da vida e da indústria na América é a mais surpreendente conto de desperdício de riqueza de um povo descuidado o mundo já conheceu. Para cada barril de petróleo que atinge o gasoduto, três foram desperdiçados. Pode ser mais barato hoje a roçar o topo do óleo, mas nossos filhos podem pagar um preço amargo."
- Sturat Chase
"Porque não há nenhum limite para a necessidade e desejos dos consumidores americanos... Desejos do ser humano parecem não ter limites. "
- Paul Mazur (banqueiro)
"Se o empresário da refinaria mancha o ar, se a sua chaminé polui o céu, se os seus resíduos tóxicos polui nossos rios, nós toleraremos isso. Diga-lhe da floresta cega por fluxos de fumaça e ele vai te dizer que iria custar dividendos para se livrar dos fumos. A cidade carregada de fumaça é um sinal de prosperidade geral no país, diria ele"
- Ed Ross
"Hoje em dia quase todos os chamados melhoramentos do homem, como a construção de casas, a redução da floresta e das grandes árvores, simplesmente deformam a paisagem, tornando-a mais barata e controlada;
Qual é a função de uma casa se você não tem um planeta tolerante onde colocá-la?"
- Henry David Thoreau
"Nós ainda pensamos em conquistas. Nós ainda não temos maturidade suficiente para parar e pensar que nós somos apenas uma minúscula parte de um grande e incrível universo. Atitude do homem hoje é criticamente importante para a natureza simplesmente porque adquirimos um poder fatal de alterar e destruir natureza. Mas o homem é uma parte da natureza e sua guerra contra a natureza é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo."
- Rachel Carson (bióloga marinha)

Pronto, chega! Pra ver as outras citações vocês vão ter que assistir, sem desculpas! Só vou falar mais uma coisinha, a história do búfalo, muito resumidamente.
O governo (lá pelo séc XIX) queria se ver livre dos índios pra pegar a terra deles e alguém teve uma idéia brilhante, acabar com o mal pela raíz. Os índios eram muito dependentes dos búfalos, couro, carne, leite... não desperdiçavam nada. Então, o governo mandou matar todos os búfalos! Morriam, dependendo da época do ano, de 2.000 à 100.000 por dia.
E eles matavam por matar... deixavam-os apodrecendo nas ruas. Atualmente sobraram 350.000 do qual 250.000 morrerão legalmente para consumo... e outros 100 por ano morrerão em época de caça em determinados estados.

Se não faz muito sentido, malz. Traduzi um monte hoje, minha gramática e ortografia com certeza estão mara, mistura de tudo! Paciência, tô com sono o/
Enjoy et regardez-vous le film, s'il vous plaît! AI de quem não assistir [tenham medo!] ;D

sexta-feira, 13 de março de 2009

Não é Fantástico?

Ouvi uma chamada para o Fantástico. O Brasil dos excluídos. Referia-se a uma reportagem especial sobre os rincões mais pobres do Brasil. Não seria uma referência à redução da miséria durante o governo Lula da Silva, claro. Resolvi assistir.
Foi cansativo. Que diabos é aquilo que fazem os apresentadores do programa esfregando a mão sobre uma tela falsa? Aquilo é demasiadamente ridículo. Eles não acertaram uma!
Zeca Camargo batia com o polegar em uma imagem e blup, aparecia outra em um local que ele não havia sinalizado. A moça, Poeta, sorria, usava as duas mãos para “abrir a imagem” e a coisa se desenvolvia a alguns centímetros de onde ela havia tocado; enfim, coisa pra Homer Simpson!
Mas aí veio a tal matéria. Cidadedezinhas com o menor IDH do Brasil, não ficamos sabendo quem governa os estados, quem são os prefeitos dos municípios e nem a que partidos pertencem, ou seja, tem caroço no angu.
Voz de Tadeu Schmidt, que tá com a bola cheia no semanário. Lero vai, lero vem, mostram lugarejos onde a maioria da população é desempregada: ali Chuchu é coisa de granfino, a gasolina é mais cara que na Europa e o quilo de tomate custa oito lascas. Corta pra umas garotinhas que nunca tomaram banho de chuveiro e uma mãe que nunca teve emprego. Ela diz que quando sentem “necessidades” vão para o mato. A conta de água chega à casa do cidadão, mas a água, não. Etc., generalidades, matéria sem foco, sem objetividade. Surge uma senhora com o cartão do Bolsa família, dizendo que sem a ajuda do governo a família morreria de fome. Opa.
A reportagem diz ainda que o governo paga cerca de mil e quinhentos reais para cada filho nascido no seio da miséria. Entra o senhor Osvaldo Pita, secretário de Saúde de Manari, sertão de Pernambuco, e diz que “suspeita” que o crescimento da taxa de natalidade no município é estimulado pela verba do governo. Ele diz, “todas essas pessoas são agricultores (grifo meu). E sendo agricultor, a lei permite a ele um abono do governo federal de auxilio maternidade em torno de R$ 1500. Então, uma das razões de ter muita criança aqui - na minha concepção - é por receber R$ 1500. Por isso que tem muita criança em Manari". Agora sim, a matéria tem um foco. Ela se refere aos trabalhadores rurais malandros que mamam nas tetas do governo, veja você.
E a reportagem segue por esse caminho. Um agricultor diz que a esposa engravida e já no oitavo mês começa a pensar no que vai comprar com o dinheiro: “ela vai programar comprar uma vaca, comprar um aparelho de garrote ou dar uma arrumada na casa, comprar antena parabólica e fogão”, ou seja, futilidades, não é verdade? E apareceu um médico e contou um caso de uma senhora que teve 22 filhos! Tudo isso só pra receber a grana do governo. Veja aonde quer chegar a “reportagem”.
Logo em seguida, ao mostrar esses produtores rurais malandros que se enchem de filhos para ganhar 120 dias de abono (uma salário mínimo por mês), entra uma outra interessante matéria com a seguinte chamada: “Você vai ver agora uma história inacreditável. Um brasileiro, que mora na Inglaterra, anuncia na internet que está vendendo uma fazenda que - é nada mais nada menos - que um assentamento de reforma agrária”.
Entendeu a conexão de uma matéria com a outra? Para você não achar que só em Manari tem produtor rural malandro, entra essa matéria dando conta de que os assentados brasileiros estão passando nos cobres as terras que ganham.
Aí, nobilíssimo, entra uma terceira e definitiva “reportagem” dizendo que os Trabalhadores Rurais Sem Terra invadiram uma fazenda no Pará que pertence a Daniel Dantas! Daniel Dantas é aquele que Protógenes quer colocar na prisão, mas Gilmar Mendes e a Globo não querem deixar. E Mendes agora resolveu atacar o MST.
Agora dá pra entender porque ir a uma cidadezinha esquecida no mapa, fazer uma materiazinha sem sentido e ir alinhavando uma história na outra até chegarmos à conclusão de que quem invadiu as terras de Dantas foram aqueles malandros que enchem a barriga de menino para encherem o bucho com a grana do governo, os que engravidam para comprar parabólicas para assistirem o Fantático; os que invadem terras para vendê-las a preço de banana!
Não é fantástico?

quinta-feira, 12 de março de 2009

Mägo De Oz - La Voz Perdida

Soy de un sitio, de un lugar,
de un tiempo que...
llaman eternidad,
y al viento, mi hogar.

Donde la realidad
la puedes cambiar
si sabes preguntar
y no das nada por hecho.

¿A qué sabe el dolor?
¿Es eterno el amor?
¿La amargura es mujer?
¿De qué están hechos los sueños?

¿Cuánto pesa un adiós?
¿Por qué es muda la Paz?
¿Puede dormir la traición?
Pregúntate!!!

Y verás que mi voz
vive en ti, soy La Voz Dormida
de los que el Santo Oficio
consiguió callar.

Si me quieres seguir,
volaremos sobre el arco iris,
donde mueren las penas*
y nacen los besos en flor.
Mi voz vive en ti!!!

He visto Roma caer,
y a Egipto morir,
y a Jesús de Nazaret,
expirar sin saber

que en su nombre iba a nacer
una secta de poder,
traficantes de ilusión,
mercaderes de almas rotas.

¿Por qué es sorda la fe?
¿y ciego el que cree?
¿Sabe un rezo besar?
¿Cuánto cobra el celibato?

¿Está en venta el altar?
¿o lo alquiláis
para uso de un dictador?
en uno Hitler folló!!

Y verás que mi voz
vive en ti, soy La Voz Dormida
de los que el Santo Oficio
consiguió callar.

Si me quieres seguir,
volaremos sobre el arco iris,
donde mueren las penas*
y nacen los besos en flor.
Mi voz vive en ti !!!

He bajado hasta tu infierno,
y a tus miedos pregunté
¿dónde viven los fracasos?
y si aceptan un talón.

He subido hasta su cielo,
su Dios no me recibió,
a su derecha esta Franco
y entre los dos hay un hueco
para Pinochet.

Y verás que yo soy La Voz Dormida,
sígueme, mi voz vive en ti !!!

Y verás que mi voz
vive en ti, soy La Voz Dormida
de los que el Santo Oficio
consiguió callar.

Si me quieres seguir,
volaremos sobre el arco iris,
donde mueren las penas*
y nacen los besos en flor.
Mi voz vive en ti !!!

He ardido en mil hogueras,
me violaron en Perú,
he vivido el holocausto,
la inquisición, apartheid,
dictaduras, poder, pederastia,
la marca del Diablo es la Cruz.

[TRADUÇÃO]

Sou de um local, de um lugar
De um tempo que...
Que chamam eternidade
E ao vento, minha casa

Onde a realidade
Você pode mudar
Se souberes perguntar
E não das nada por feito

O que sabe da tristeza?
O amor é eterno?
A amargura é mulher?
De que são feitos os sonhos?

Quanto pesa um adeus?
Por que a paz é muda?
A traição pode dormir?
Pergunta!!!

E verá que minha voz
Vive em você, sou a voz esquecida
Dos que o santo ofício
Conseguiu calar.

Se quiser me seguir,
Voaremos sobre o arco íris,
Onde morrem as penas*
E nascem os beijos em flor.
Minha voz em vive em você!!!

Eu vi Roma cair,
E o Egito morrer,
E a Jesus de Nazaré,
Morrer sem saber

E que em seu nome iria nascer
Uma seita de poder
Traficantes de ilusão,
Mercadores de almas que se romperam.

Por que a fé é surda?
E cego é o que crê?
Sabe uma reza beijar?
Quanto cobram pelo celibato?

Está à venda o altar?
Ou alugam para o uso de um ditador?
Para um Hitler frouxo!

E verá que minha voz
Vive em você, sou a voz esquecida
Dos que o santo ofício
Conseguiu calar.

Se quiser me seguir,
Voaremos sobre o arco íris,
Onde morrem as penas*
E nascem os beijos em flor.
Minha voz em vive em você!!!

Em baixo está o inferno
E aos seus medos perguntem.
Onde vivem os fracassados?
E se aceitam um talão.

Até a subida ao seu céu
O seu Deus não me recebeu,
A sua direita está Franco
E entre os dois havia um buraco/espaço
Para Pinochet

E veras que eu sou a voz dormida,
Siga-me, minha voz vive em você!!!

E verá que minha voz
Vive em você, sou a voz esquecida.
Dos que o santo ofício
Conseguiu calar.

Se quiser me seguir,
Voaremos sobre o arco íris,
Onde morrem as penas*
E nascem os beijos em flor.
Minha voz em vive em você!!!

Já ardi em mil fogueiras
Estupraram-me no Peru,
Já vivi o holocausto,
A inquisição, apartheid,
Ditaduras, poder, pederastia,
A marca do diabo é a cruz

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ser cobaia não é bom!

Ser cobaia não é bom!
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) vai votar no próximo dia 19 de março a liberação do arroz transgênico no Brasil, que se tornaria o primeiro país no mundo a ter um arroz transgênico aprovado para plantio e consumo.

Ao contrário do que a lei exige, não há estudos de impactos ambientais, nem sobre a segurança de consumo deste arroz transgênico. No entanto, diversos estudos apontam perigo no uso do agrotóxico da Bayer, tanto para o meio ambiente como para a saúde humana.

Até agora só foram feitos testes em ratos de laboratório, caso este arroz seja aprovado os testes serão feitos em você!
Transgênicos, ou organismos geneticamente modificados (OGMs), são seres vivos criados em laboratório a partir de cruzamentos que jamais aconteceriam na natureza: planta com bactéria, animal com inseto, bactéria com vírus, e por aí vai. Usando uma técnica que permite cortar genes de uma determinada espécie e colá-los em outra, os cientistas criaram organismos totalmente novos com características específicas. É o caso do arroz LL62, que a Bayer quer plantar e vender no Brasil. Seríamos cobaia do novo produto da Bayer, que não está autorizado em país algum do mundo.

Para lutar contra a autorização do arroz da Bayer, eis a petição

E uma animação

Fonte: e-mail do Greenpeace

segunda-feira, 9 de março de 2009

Pedalada Pelada

Ei, você aí parado. Não quer pedalar pelado? WNBR 2009. São Paulo, Brasil


Indecente são 3500 pessoas perderem a vida em assassinatos no trânsito, que se transformam em “acidentes”, só porque a arma usada é motorizada.

Desde meados do segundo semestre de 2008 já era possível saber a data do WNBR 2009 de São Paulo através desse endereço. Lá dizia que a próxima “Peladada” seria no dia 14 de março de 2009. Mas porque não em junho como no ano passado? Como vocês verão abaixo, o movimento começou na Europa e aproveitaram o Verão Europeu por motivos óbvios.

Você aí parado! Vem pedalar pelado!

Mas no próprio site Wiki do World Naked, há duas sugestões de data, junho para os países do Hemisfério Norte e Março para os países do Hemisfério Sul. Devido a isso, um “inconsciente coletivo” achou melhor adequar o WNBR 2009 ao nosso verão, com isso atrair ainda mais participantes.

Com a nudez fazemos visível a fragilidade de nossas "carrocerias"

Falando um pouco da história, o WNBR é um movimento que começou em 2001, na cidade de Zaragoza na Espanha e a partir de 2003 ele teve um apelo mundial onde mais cidades aderiram. Hoje, esse movimento ocorre em cerca de 150 cidades ao redor do mundo. Como qualquer movimento horizontal, cada participante procura passar sua mensagem.






Nus é como nos sentimos diante do tráfego, devido a falta de respeito dos motoristas e descaso dos governantes.

Muitos usam o nu como uma referência a sensação de insegurança e desproteção que o ciclista sofre no trânsito das grandes cidades. Já os naturistas, buscam celebrar a beleza do corpo humano, livre das ditaduras das belezas, onde nenhuma barriguinha ou celulite será perdoada.

Mostramos o nosso corpo com naturalidade, rompendo o pudor, desmontando tabus com respeito a nosso físico, imposto pela moda e pela avarez
a da indústria têxtil.

Mas em geral, ocorre um protesto contra as políticas de mobilidades urbanas que privilegiam apenas os automóveis, a dependência do petróleo e principalmente pelas guerras que ele motiva.

Imoral são as guerras e vidas perdidas, só encher um tanque de gasolina.

Desde meados de 2004 acompanho tentativas de promoverem o WNBR no Brasil. As dificuldades eram várias, primeiro porque os eventos europeus (os maiores, em Londres foram mil ciclistas em 2008) ocorrem em pleno verão e junho no Brasil é inverno.



Em 2004 um "corajoso solitário" resolveu pedalar sozinho num frio Parque do Ibirapuera.

Eu nasci pelado!

Em 2005 outros dois corajosos tiraram fotos que infelizmente não achei em meus arquivos. Mas a partir de 2007, quando o movimento cicloativista começou a ganhar volume na cidade de São Paulo, ressurgiu o desejo de se realizar uma forte versão brasileira do WNBR.

Indecente é a morte de 20 pessoas diariamente em São Paulo, devido a poluição emitida pelos carros.

Então tudo meio em cima da hora, o mesmo “inconsciente coletivo” que impera no movimento cicloativista paulista, marcou uma data, fez um convite e disparou pela rede que disseminou em instantes pela internet e pela mídia. O resultado todos nós vimos, cerca de 500 ciclistas foram para a Paulista e a repercussão foi aquela que sabemos.

Eu uso roupa colorida, capacete, pisca-pisca e mesmo assim ninguém me vê! Se eu fizer o inverso, tirar a roupa, será que vão reparar em mim?

Não sabe de tudo que aconteceu no ano passado? Veja o vídeo abaixo, produzido pela Renata Falzoni para o Aventuras da ESPN Brasil, ou acessem a página onde detalho tudo que aconteceu naquele dia. Visite também a página onde há detalhes sobre o WNBR SP 2009.

Vá tão nu quanto ousar



A Homenagem da Igreja ao Dia da Mulher

Pedofilia e estupro Deus perdoa, mas aborto não!
Como pode? Há um tempo atrás era totalmente pró-aborto, se tivesse que fazer faria sem pestanejar, hoje com tudo que agreguei de minhas leituras e mesmo experiências vividas não faria, mas sim, sou a favor da legalização e de que cada indíviduo tem escolha de ter ou não filhos, principalmente de não ter em casos de estupros ou mesmo uma gravidez indesejada que colocaria uma criança no mundo em que os pais não teriam a miníma condições de criá-lo.
A Igreja peca mais uma vez e quem sabe daqui há alguns séculos peça desculpas pelo ocorrido assim como o fez com a Inquisição...Lastimável...
Fiquem agora com um texto do Jornalista Rui Martins que extrai de um blog que conheci há alguns dias (http://linguadetrapo.blogspot.com/). Boa leitura!

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Berna (Suiça) - Com alguns dias de antecedência, o arcebispo de Olinda e Recife prestou sua homenagem às mulheres brasileiras, representadas em duas gerações – mãe e filha. Excomungou a mãe por ter permitido à sua filha de nove anos abortar dois fetos gêmeos gerados no estupro cometido pelo padrasto. E o Vaticano completou a homenagem ratificando a decisão do arcebispo que inclui a excomunhão dos médicos praticantes do aborto.
As mulheres brasileiras deveriam colocar no altar das homenagens ao Dia Mundial da Mulher essa decisão clerical digna da Idade Média, quando as mulheres eram queimadas em praça pública suspeitas de feitiçaria, seja por olharem os homens de frente, seja por gozarem mais de uma vez, seja por gritarem de prazer no coito e não pedirem perdão e nem se benzerem por tanto fogo infernal, do qual não deixavam participar seu confessor.
A hipocrisia tem um limite, amplamente ultrapassado com esse ato de excomunhão, sem nenhum valor prático mas grande em significado. Contam que, pouco antes de morrer, Voltaire, o líder francês dos Anos Luzes, recebeu a visita de um padre desejoso de lhe dar a extrema-unção e redimir o ateu impenitentte num ato de contrição. O irônico e cínico Voltaire lhe perguntou – “vem da parte de quem ?” ao que o padre respondeu – “sou um representante de Deus”. Ao que Voltaire, mesmo nos seus últimos instantes, prontamente retrucou – “mostre suas credenciais ou saia deste quarto”.
Faz umas três semanas, na Itália, o pai de uma jovem mantida artificialmente em vida por 17 anos, autorizou que fossem desligados os aparelhos. A jovem tinha 23 anos quando foi vítima de um acidente de trânsito e, aos 40 anos, nunca mostrara nenhuma reação. O corpo mantinha suas funções mecânicas básicas mas o cérebro deixara de funcionar.
Silvio Berlusconi, o fanfarrão que dirige a Itália e que acaba de relançar as mílicias fascistas dos anos 30 de Mussolini, encarregadas da caça aos imigrantes ilegais, teve uma frase que emocionou os italianos – “é uma mulher que pode mesmo ter filhos!”. Quem senão ele poderia pensar na hipótese de fazer um filho, de se aproveitar do corpo de uma mulher em coma permanente ? Só mesmo num filme de Almodovar acontece esse gesto, que não chega a ser de necrofilia, porque a personagem fica grávida em coma.
Pois bem, quando a jovem morreu por ter sido desligado o aparelho que a mantinha em vida artificial, a Igreja católica promoveu vigílias e fez protestos com seus devotos contra o “assassinato” cometido. Não sei se houve também excomunhões. A pretexto do que ? Da defesa da vida, mas que vida ? a vida artificial mantida por tubos, máquina ligada, remédios, sofrimento que teria a jovem se seu cérebro já não tivesse se desligado ?
André Malraux fez uma profecia, que parece ser mais uma maldição que um vaticínio – “o próximo século será religioso ou não será!”. A religião que vai ganhando espaço no nosso planeta, não só no Brasil, é sinônimo de reacionarismo, de um tenebroso retorno às superstições, às crendices, ao irracional e isso envolve não só o catolicismo, hoje guiado por um Papa medieval, que poderá provocar mesmo um racha aqui na Europa, como o integrismo muçulmano, no qual a mulher não tem ainda a dignidade de ser humano, e no integrismo da religão judáica, insuportável para muitos israelenses que deixam Jerusalem para ir viver na atmosfera mais livre de Telavive.
O arcebispo de Olinda e Recife, nada a ver com o falecido dom Helder Câmara, queria que a menina de nove anos desse à luz, o que poderia provocar sua morte, para nascerem os gêmeos concebidos numa violação, que seriam órfáos de mãe e filhos de um estuprador na prisão. Onde a chamada piedade cristã, o amor, o respeito à dignidade humana ? Não se trata de um desvio sádico ?
Durante a guerra na ex-Iugoslávia, quando as tropas raivosas de sérvios invadiam a Bósnia muçulmana e vice-versa, descarregavam seu estresse de guerra, violando as mulheres dos seus inimigos. E como muitas ficaram grávidas, perguntaram aos dirigentes religiosos católicos ortodoxos e muçulmanos se poderiam abortar, sendo-lhes respondido que deveriam parir o fruto do crime de que tinham sido vítimas, amamentar e criar a descendência do seu violador.
As mulheres que, ainda ontem não tinham o direito de votar, que são apedrejadas em muitos países muçulmanos quando suspeitas de adultério, jogadas na rua quando morre seu marido indiano, que, há apenas trinta anos conseguiram, na França, o direito do ventre livre e de dispor do seu útero, ainda têm um bom caminho pela frente para poderem comemorar seu Dia mundial.
Milhões delas ainda são obrigadas a esconder seu corpo dentro da burca, milhares são enterradas vivas até o pescoço para serem apedrejadas ou presas por não cobrirem a cabeça e rosto com o chador, enquanto no nosso evoluído Ocidente são obrigadas a guardarem no seu ventre o fruto de estupros, violações ou prostituição sob pena de serem condenadas etenamente ao fogo do inferno.

Parodiando Marx, poderíamos dizer – mulheres de todo mundo, uní-vos contra a mentira e a enganação.
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