--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

VAGA VIVA do IDEIA NOSSA

Por Paola Corassini

Coletivo Ideia Nossa também participou da Virada da Mobilidade da cidade de São Paulo. A Virada aconteceu nos dias 21/09/2013 e no Dia Mundial sem Carro, 22/09/2013. O fim de semana fez parte ainda da Semana da Mobilidade, onde diversas entidades debateram a questão da mobilidade.

Para também abrir reflexões e diálogos, o Ideia Nossa, instalou uma VAGA VIVA na Praça Elis Regina, onde também acontecia o Festival de Artes de Rua Praça Elis Regina. A Vaga Viva consiste em se apropriar de uma vaga de carro, temporariamente, gerando qualidade de vida à todos em atividades distintas que podem acontecer nesse "pequeno-grande" espaço.

Despertamos com uma prática de Yoga na Vaga, com a instrutora Carine Farias.
Durante o dia, as pessoas que iam para o festival trocaram livros, revistas e ideias no escambo da vaga, sentavam-se, aconchegavam-se e se apropriavam do espaço que foi produtivo por algumas horas. Encerramos com a prévia do que será o disco do nosso colega Paulo Fonda.

Por duas vezes carros passaram querendo estacionar onde estávamos, mas ao perceber a atividade recuaram e entenderam a proposta. Aos poucos a experiência de estar tão exposto aos veículos se tornou natural e tranquila, foi quando mais de 12 pessoas dividiam o espaço de um único carro, conversando sobre as ações futuras para mobilidade, a desativação da Ciclovia do Taboão, ou o imaginando o próximo Sarau do Coletivo.

Aproveitamos e descobrimos quantas ideias se mobilizam, quantas coisas acontecem, quantas pessoas cabem.. tudo isso, em uma só vaga...
Gostaríamos de agradecer à todos que foram e fizeram a Vaga Viva do Ideia Nossa ser o que foi, a única depois da ponte, longe do centro expandido, e cheia de coisas boas....

"Ainda vão me matar numa rua.
Quando descobrirem,
principalmente,
que faço parte dessa gente
que pensa que a rua
é a parte principal da cidade."

                                              
- Paulo Leminski

domingo, 15 de setembro de 2013

O que você faz por um mundo melhor? Recicle seus pensamentos

Por Carine Farias

Você tem contribuído para melhorar o mundo de alguma forma? Não estou me referindo a ações como ser voluntário em um lar de idosos ou abrir uma ONG de proteção animal ou doar parte de sua renda para instituições de caridade. Claro que não condeno nenhuma dessas práticas, pelo contrário, acho todas lindas e louváveis. Mas esses não são o único jeito de ajudar a cultivar um mundo mais feliz e agradável. Na verdade, sua contribuição pode ser muito mais fácil e prazerosa do que você imagina. Já ouviu aquela frase que diz algo do tipo “se cada um varrer a sua calçada, teremos uma cidade limpa”? Então, é mais ou menos por aí... Acredito que antes de buscar ajudar os que estão lá fora, em situações muitas vezes mais difíceis do que a nossa, precisamos cuidar do nosso lado de dentro. Em que você anda pensando? Sobre o que tem conversado com os outros? Que tipo de comentários tem feito sobre o mundo?  Esse tipo de pergunta nos ajuda a perceber de que forma estamos contribuindo para manter nosso ambiente “limpo”, livre de toxinas e de poluição. Sim, nosso comportamento mental e nossos pensamentos podem poluir o ambiente, em uma outra esfera, mais energética do que material, mas também está poluindo. Pessoas que estão sempre reclamando da vida, que têm dificuldade de ver o lado bom das coisas e sempre fazem comentários pessimistas ou destrutivos acabam, mesmo que sem querer, “contaminando” um ambiente, criando uma atmosfera pesada e triste. É muito melhor ser contagiado por alguém espirituoso, que está sempre bem humorado e que é capaz de fazer piada com tudo. Porém, deixemos os extremos de lado, o importante é lembrar que aquilo que eu penso é aquilo que eu vibro e é o que estou transmitindo às pessoas e ao ambiente ao meu redor. Devemos procurar sempre que possível cultivar pensamentos e emoções positivas, cuja vibração é mais elevada e pode nos proporcionar estado de espírito também mais elevado, favorecendo a paz nos pensamentos, palavras e ações, gerando assim ambientes e relacionamentos mais leves, puros e felizes.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Comum a todos Ou Comunismo?

Por Felipe Cruz do Peleja Cultural

Ouso acreditar num mundo utópico. Onde a pessoas sejam socialmente iguais e humanamente diferentes e, portanto livres.

Em que elas possam realizar aquilo que gostem de fazer. E não aquilo que sejam obrigadas a fazer.

Um lugar em que as pessoas possam ser elas mesmas sem mentiras pra si. E, consequentemente, que isso seja benéfico tanto a elas quanto à sociedade.
Sem a ideia pré-estabelecida pelos economistas clássicos que se aproveitam do viés que define a natureza do Homem como perversa.

Tal qual é pintada até os dias atuais por muitos (ou quase todos).
• A natureza humana é individualista.
• A natureza humana é egoísta,
• A natureza humana é por sua essência cruel.
• …

Prefiro pensar que o que faz do Homem individualista é o fato dele acreditar que ao educar seu filho, mostrar o que é certo e errado contando com que os outros pais também o façam, seja o suficiente para que do individual se desenvolvam bons frutos para a sociedade. Ou seja, se deparar com o conceito que educação, respeito, humildade, altruísmo e todas as “qualidades” e “benesses” sociais se fazem primeiramente em casa sem se preocupar com o que ocorre no exterior. Afinal, no que isso ajuda?

Prefiro acreditar que o Homem é egoísta por possuir algo em que ele crê ser de valor e, automaticamente, se envaidece de tê-lo. Logo, não pode esperar que outro a valorize tanto quanto ele. Ou que exista algo que a substitua.

Prefiro idear que o Homem é cruel em decorrência desse mercado capital ser uma extensão dessa suposta natureza humana em que o consumismo desenfreado submete o querer, o sonhar alto, o prosperar a qualquer custo.

Cria-se o sentimento de revolta. Por que ele merece ter aquilo que eu não posso ter? Ele realmente trabalhou mais do que eu pude por isso? Por que crer que existe um ser superior que dará o que todos merecem no tempo certo? Mas afinal, por que me fazem acreditar que não estou no tempo certo?
Perguntas que seriam extintas se houvesse o respeito mútuo, o bem estar social recíproco, as mesmas chances de caminhar sobre os obstáculos impostos pela vida.

E quando você disser que estou louco e que isso nunca será possível. Eu lhe respondo:

Ouso acreditar num mundo utópico. Onde a pessoas sejam socialmente iguais e humanamente diferentes e, portanto livres…

domingo, 1 de setembro de 2013

Relato da Manifestação por Ciclovias no Eixo Taboão-Eliseu

Texto: Gabriel Di Pierro / Fotos: Álvaro Diogo, Luiz de Campos e Rodrigo Martins

Quinta-feira (29/09) colocamos mais uma ghost bike na cidade, Rua Ari Aps, beira da Raposo. Foi só o começo da jornada. A manifestação voltou à sub do Butantã, onde encontramos o Subprefeito Luis Felippe, que garantiu que o projeto da ciclovia da Eliseu chegou ontem na CET para aprovação ( nada como um protesto agendado).











Na frente da sub, o tradicional 'piti' de motorista que saiu do carro para arranjar briga reclamando da via "fechada" e conseguiu brigar com a GCM e depois com o próprio subprefeito, que pediam calma ao distinto senhor. A manifestação preferiu deixá-lo obstruir o trânsito sozinho e foi-se em direção ao Taboão.

Passamos pela antiga ciclovia desativada no começo de 2013 pelo atual prefeito daquela cidade, Fernando Fernandes Filho (PSDB), em desrespeito à lei n° 132/2006 do Plano Diretor vigente. O dinheiro investido era do Ministério das Cidades, veio do governo federal. Antes de chegar na Prefeitura já éramos acompanhados de cerca de 5 viaturas da PM. Apesar de termos enviado o convite da manifestação à equipe do governo e de ser 19:30h apenas, não havia ninguém ali trabalhando, segundo os seguranças com quem fomos obrigados a protocolar nosso manifesto.

Assim, decidimos ir em frente à casa do prefeito, onde no primeiro semestre uma mesma manifestação havia sido barrada e ameaçada pessoalmente pelo co-cunhado do prefeito, por acaso secretário de segurança (não se assuste, nepotismo ainda mais claro é o filho do prefeito ser secretário de esportes). 

Dessa vez a recepção foi mais calorosa: além de GCMs de escopeta estava também a mesma PM na entrada da rua impedindo o nosso direito de se manifestar pacificamente. A tensão cresceu e deu pra sentir a agressividade geral dos agentes de segurança, ameaçando a todo tempo os ciclistas. Apesar disso apresentamos ao comandante da PM, o único que buscou o diálogo, a proposta de ir uma pessoa rua acima para trazer uma carta assinada pelo prefeito com o compromisso de uma audiência em menos de trinta dias. Mas o secretário de segurança recusou a proposta, mesmo que o comandante a tivesse aceito. Voltamos a pressionar pela passagem e passamos o primeiro bloqueio para ficar de frente com a GCM enfileirada.


Constatamos então que os agentes municipais, assim como vários PMs, estavam sem identificação. O secretário era um tosco truculento e ignorante, a ponto de conversar comigo e, disfarçadamente apertar um spray de gás de pimenta, achando que eu não perceberia. Ele foi intransigente e não apresentou nenhuma proposta. Fizemos muitos videos, depois de cerca de uma hora fomos embora. Soubemos então que a esposa do prefeito, deputada estadual, Analice Fernandes, ligou pessoalmente ao secretário de segurança do Estado encomendando proteção, como informou um agente da Força Tática. No fim os manifestantes se reuniram, combinando incomodar mais ainda o Sr. Prefeito e voltamos para casa com dever cumprido.

Pelas ciclovias da Eliseu e do Taboão!


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