Texto: Luciana Bender/
Fotos: Acervo pessoal
Na semana passada a equipe do Ideia Nossa esteve no show do Teatro Mágico, no Credicard Hall. Em um
post anterior comentei sobre a mágica que era ver essa trupe nos palcos, no
entanto, sai bastante frustrada desse espetáculo.
Comprei os ingressos cerca de um mês antes do evento. Meu
namorado e eu estávamos muito empolgados e ansiosos para curtir essa
apresentação que, com sua energia, sempre nos deixava renovados. Infelizmente,
depois de mais de três horas de apresentação saímos esgotados.
O vocalista Fernando Anitelli estava simplesmente irritante.
Com um figurino novo e uma voz que não parecia a dele, explicou-nos como seria
a gravação do DVD do último álbum: Sociedade
do Espetáculo. Eventualmente alguma música poderia ser refeita, caso
ocorresse algum erro. Cadê a naturalidade? Essa pergunta ficou ainda mais
evidente quando ele questionou o público: “Será que seus sorrisos serão
naturais agora que vocês sabem que estão sendo filmados?”.
Sua performance não era nada espontânea, cada movimento
parecia calculado, premeditado, até mesmo o ato de chamar o público para
cantar, como se isso fosse necessário. Alguns fãs dormiram na fila, outros
usaram gravatas penduradas em seus cintos e tiveram aqueles que aderiram à
maquiagem circense adotada pela trupe, isso deveria ser prova suficiente da
disposição e paixão desses jovens encantados pela mágica do Teatro. De fato,
será que as pessoas agem iguais quando sabem que estão sendo filmadas? Ele
deveria se avaliar antes de nos questionar.
Com previsão para começar às 22h, o show teve início com
mais de meia hora de atraso. Ouvimos a mesma música por duas vezes, ficamos
mais de três horas em pé assistindo a falsa performance de Fernando, isso para
não falar dos intervalos intermináveis entre uma música e outra. O que eles
faziam? Entravam para ver como ficou a gravação?
Outra contradição foi o fato de ser uma gravação do DVD do
álbum Sociedade do Espetáculo. Esse CD possui 19 músicas, no entanto,
apreciamos apenas cinco ou seis músicas, nem metade do disco. Aguentamos cinco
músicas do próximo trabalho da trupe que falam de fé a todo o momento e que em
nada parecia a ideologia defendida pelo Teatro. Fiquei me sentindo aqueles
ratinhos de laboratório, cobaia de um show para ser vendido, contradizendo a
crítica criada por Anitelli: “Talento traduzido em cédula (...) Acordes em
oferta, cordel em promoção”.
Gostaria de ressaltar outro ponto, agora referente ao local do show, pagamos R$ 40 de estacionamento, quase o mesmo preço do ingresso. Isso para não falar do consumo dentro do Credicard Hall, uma lata de cerveja custava quase R$ 10.
Finalizo o post de hoje desapontada com um show que tinha
tudo para ser renovador e mágico. Espero que a trupe continue crescendo e
reveja suas ideologias, porque se continuar assim, esse terá sido o último show do
Teatro Mágico que assisti ao vivo.
3 comentários:
Acho que o próximo DVD do TM deve ser gravado aos moldes o Live at Pompeii: sem plateia. http://youtu.be/n1yxNjU7u_8
Nossa... Que post triste, Lu.
Jamais conseguirei assistir o dvd com a possibilidade do encanto.
Que pena, Teatro. Que pena!
Que chato vocês estavão tão animados!
Ecy
Postar um comentário