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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Um Crepúsculo apimentado


Texto: Luciana Bender/ Foto: Divulgação

Há pouco tempo foi lançada em português a tão aguardada versão de Fifty shades of Grey (Cinquenta tons de Cinza), de E. L. James. Devo admitir que fiquei um tanto quanto curiosa para saber o que Ana e Grey, personagens principais da trama, fariam entre quatro paredes.

A promessa desse best-seller são cenas muito quentes de sexo com uma pitada, e um pouco mais, de sadomasoquismo que vão desde algemas até mesmo grampos íntimos. E como se não bastasse, toda essa “fantasia” é firmada em um contrato estabelecido pelo Dominador, Grey.

Posso dizer que Cinquenta tons em muito se parece com Crepúsculo acrescentando a ele apenas a sensualidade. Ana é uma jovem de 21 anos que ainda é virgem, o que chega a ser utópico em pleno século XXI. Como se isso não bastasse, ela se entrega para esse “maníaco sexual” já sabendo de toda a loucura que iria envolvê-la.

As cenas de sexo são dignas da inscrição que aparece na contracapa: conteúdo adulto. Tente lembrar como Stephenie Meyer descrevia a paixão e solidão sentida por Bella, em Crepúsculo. É essa mesma linguagem que a autora de Cinquenta tons usa para descrever as cenas fugazes vivenciadas pelo casal.

Um ponto que muito me intrigou foi a capa afinal geralmente esses livros, também chamados de chick lits (com conteúdo adulto e destinados a mulheres mais velhas) possuem capas mais chamativas, com um casal se beijando ou fazendo coisas do gênero. No entanto, nessa trilogia, a editora optou por uma capa mais discreta. O primeiro volume conta uma gravata cinza, usada por Grey para amarrar Ana em uma das cenas; o segundo conta com uma máscara prateada e o terceiro com algemas (itens esses distribuídos nas grandes livrarias como uma forma de divulgar o lançamento). A intenção era permitir que as leitoras pudessem ler esse livro sem sentirem-se intimidadas ou constrangidas pelo material que estavam lendo, e foi exatamente isso o que fez as vendas de Cinquenta tons explodirem.

Como já disse anteriormente, trabalho em uma livraria e como era de se esperar com esse lançamento muitas discussões foram travadas. Voltamos assim aquele velho dilema: tudo pode entre quatro paredes desde que ambos estejam de acordo. Qual é o limite? Até que ponto uma pessoa deve se submeter às fantasias do parceiro? Em que momento o fetiche pode ser considerado uma doença?

Não sei se a intenção de E. L. James era responder todas essas perguntas que suscitei. O fato é que ela conseguiu ganhar o seu espaço na mídia e na bolsa de muitas mulheres que chegaram até mesmo a irem ao programa da Oprah (isso mesmo!) para agradecê-la. E não fica por aí, a continuação dessa trilogia já tem previsão de chegada no Brasil. Isso sem falar no Toda sua, de Sylvia Day, livro que promete ser o Cinquenta tons da editora Companhia das Letras.

4 comentários:

Álvaro Diogo disse...

Valeu pelo post, Lu!

Com sua resenha até dá vontade de ler, mas ainda fico com o livro do Marçal Aquino.

Deixo essa crítica da Lola para enriquecer o post: http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2012/07/cinquenta-tons-de-alguma-coisa.html

Luciana Bender disse...

Então... vamos lá..
Li a crítica da Lola... ela diz que o Cinquenta tons em nada se parece com Crepúsculo, devo discordar com ela, já que todo esse amor super romântico é super evidente nessa saga vampiresca.. Isso sem falar na perfeição de Edward, igual a de Grey.
Outro ponto super negativo em Cinquenta tons é sua linguagem extremamente pobre, cheia de adjetivos e palavras repetidas que chegam a ser bem irritantes, tais como "corar", "virar os olhos" e "deusa interior"..
Já me contaram o final do terceiro livro, que ainda não foi publicado em português, e definitivamente, é pior do que eu esperava... não vou deixar nenhum spoiler aqui... mas ler o primeiro já é mais do que suficiente...

George Ruchlejmer disse...

Eita... o.O

Luciana Bender disse...

Queria apenas atualizá-los... O segundo livro já foi publicado em português e, só para expressar o tamanho dessa febre, gostaria de informar que são vendidos mais 30 exemplares por dia na filial em que trabalho....

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