--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

sábado, 23 de novembro de 2013

Eleições Conselho Participativo SP - Leticia Freire - 83.058

Eu sou Leticia (sem acento gráfico mesmo).

Nasci em SP e me criei no meio do mato. Primeiro em uma casa afastada em Cristina (MG), depois no sítio (do pica pau amarelo) em Vargem Grande Pta. São Paulo para mim só em dia de visita aos avos ou ao dentista (no centrão).

Vi a Raposo Tavares crescer, perder seus Ipês e balões (acreditem, haviam balões por aqui) e virar "avenida". Esse motivo, alias, fez com que a vida no meio do mato ficasse simplesmente inviável para meus pais (um professor universitário e uma jornalista). O difícil deslocamento e o transito nos aproximou da metrópole.

Meu primeiro amor em SP foi justamente o Instituto Butanta, parque tranquilo, na época sem carros. Depois viemos de vez para o pedaço e foi a Avenida Caxingui (ao lado do Instituto) que acolheu a mim e a minha família qdo eu tinha 16 p 17 anos (hoje estou com 33).

Logo descobri a festa do ciclo do Boi, no Querosene, e a casa Bandeirante... Era tudo um grande quintal urbano para mim. Mas era tudo muito diferente do que é hoje, tanto em cenário quanto em paisagem.

Vi o Pirajussara bravejar muitas vezes. Vi também seu aprisionamento (ou canalização, segundos termos técnicos).

Bicicleta mamãe só deixava do lado de cá da ponte. Do lado de lá era a cidade, que eu desconheci por muitos e muitos anos (minha referência espacial de SP ia até o Shopping Eldorado..)

Estudei administração. Trabalhei como gestora de projetos sociais (foco em criança e adolescente), mas me apaixonei pelas histórias que reportava nos relatórios. Estudei fotografia, fiz alguns trabalhos como fotojornalista. Depois, militante da área ambietal, atuei por bons anos como jornalista. Mas minha vocação/atividade é a fotografia, linguagem que escolhi para a vida.

Hoje sigo freelancer e pesquisadora da Usp.

Estudo na filosofia os indícios/vestígios do conceito mais visceral de natureza que a cidade (em sua polifonia e poliformia) oculta de nós. Converso com os grafites, com a pichação e com a arte de rua em geral. Trata-se de um trabalho de reflexão sobre a comunicação urbana.

Sou voluntária e associada do Ciclocidade, voluntária, militante e associada da Associação Filosófica ScientiaeStudia, tia do Rafael (q acaba de ganhar sua primeira bicicleta!), filha de Xangô, arquiteta descalça, aprendiz de costureira, amiga do famoso Jonny da bike e frequentadora do Cine Querosene (cinema de rua, grátis, público).

Meus irmãos me acham brava. Eu me defendo dizendo que sou uma pessoa comprometida com o que é bom, belo e justo: o que é diferente de braveza, vai? Mas as vezes fico bem brava, é verdade... Acho que fico indignada e desato a falar, falar, falar...

Gosto da vida reservada, do dia.

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