--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

sábado, 17 de abril de 2010

Um som bom - Great lake swimmers

Gente! Pra quem curte um som sossegado naquela tarde de domingo lendo um livro, passeando uma rota cicloturística, viajando num estrada deserta ou mesmo se preparando para ir dormir; com certeza vai delirar e relaxar com essa banda. Adicionem aí, mais um som de qualidade para a lista.

Lembra muito Eddie Vedder na trilha sonora do Into the Wild, que também é esplendoroso, mas quem não conhece Eddie Vedder né?

Resumindo,
Simplesmente Show !
Deixei abaixo umas palavras do site Obvius sobre a banda, aproveitem para escutar algo diferente hoje...

Abraços

great lake swimmers musica pop

Foi pelas mãos da (weewerk), uma editora musical independente de Ontario, Canadá, que os Great Lake Swimmers lançaram o primeiro álbum, em 2003. Hoje já contam com alguma história na bagagem, onde se destacam os quatro álbuns de estúdio.

Tony Dekker é o vocalista, que toca também guitarra e harmónica, tendo em paralelo uma carreira a solo. A banda integra ainda Erik Arnesen, Greg Millson, Bret Higgins e Julie Fader. Para quem nunca ouviu, é qualquer coisa entre Sufjan Stevens e Nick Drake: música rock-folk com uma aura mística, como se uma neblina aparecesse no horizonte cada vez que um CD deles começa a tocar.

Para o terceiro trabalho mudaram-se para a Nettwerk, uma editora major, lançando Ongiara, obra-prima da banda em que cada canção pode ser ouvida até exaustão. "Changing Colours" é uma ode ao amor e à mudança para ser ouvida à beira da lareira com um chocolate quente, nos dias mais chuvosos. "Your rocky spine" é uma tentativa de fuga com direito a banjo e em "There is a Light" confirmamos que a mudança é inevitável: "leave all your lives, believe in your lives" é o coro final que nos faz acreditar que é possível.

O nome da banda leva-nos para uma atmosfera de comunhão com a natureza e Dekker assume-o: numa entrevista revelou estar preocupado com a diferença que as pessoas fazem entre o ambiente que necessita de ser protegido e todo o ambiente que nos rodeia no quotidiano. Para ele, estes dois conceitos deveriam voltar a ser unidos porque nunca estiveram separados.

Os próprios álbuns remetem para essas raízes perdidas. O primeiro trabalho homónimo foi gravado num celeiro no sul de Ontario; uma igreja ao lado do Lago Ontario serviu de cenário para Bodies and Minds; Ongiara é o nome do ferry que transportou os membros da banda para Toronto Island, onde gravaram a demo inicial, mas foi também a denominação inicial das Cataratas de Niágara; por fim, Lost Channels leva-nos para os canais junto do Lago Ontario onde no século XVIII várias embarcações se perdiam. Se estiver interessado numa viagem pelas melhores paisagens do Canadá, não deixe de ouvir esta banda.



My Space
Great Lake Swimmers

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George H. S. Ruchlejmer
"Sua ideia é IdeiaNossa.blogspot.com"

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mais famoso show dos Beatles sai em DVD

Opa!! Beatlemaníacos de platão! Novo dvd, antes mais acessíveis somente para colecionadores, agora lançado oficialmente no brasil! E como eu amo a internet e o compartilhamento de vultura nestes momentos! Deixo aqui a noticia do Jornal Destak precedido do show completo e direto pelo megavideo!

Apreciem!

"No dia 15 de agosto de 1965, os Beatles fizeram um show que mudou o rock. O grupo se apresentou no Shea Stadium, em Nova York, para 55 mil pessoas - público recorde para a época - e inaugurou a era de shows em estádios. Esse histórico concerto chega agora às lojas brasileiras em DVD.

Live at the Shea é um registro apenas para beatlemaníacos ou colecionadores. Em 1965, não havia conhecimento para um show do tamanho que foi realizado no Shea Stadium. As caixas de som não conseguiam atingir toda a plateia e o sistema de som do próprio estádio teve de ser usado, lembrando mais um radinho de pilha.

Nem sequer a banda se ouvia diante da histeria de adolescentes que berravam o tempo inteiro. Em "I'm Down", John Lennon dá risada e toca com displicência, sabendo que ninguém ali conseguia entender as canções. "





Download do video completo: http://www.megaupload.com/?d=B1335QM0

George H. S. Ruchlejmer
"Sua ideia é IdeiaNossa.blogspot.com"

domingo, 4 de abril de 2010

Alex Josias - Jd. Colombo

Hoje conheci o trabalho no Jd. Colombo do meu caro amigo Alex Josias, fotografo profissional.


Link do flickr dele!
Link album Jd. Colombo


George H. S. Ruchlejmer
"Sua ideia é IdeiaNossa.blogspot.com"

"Inesquecível, Serra, Inesquecível"

Estes dias recebi um email, o qual repassei como de costume, sobre a foto de Clayton de Souza da Agência do Estado , ficam aqui alguns artigos sobre a greve para estarmos a par deste acontecimento em épocas de candidaturas.

Quando todos estão errados, alguém tem que fazer a coisa certa
.
São Paulo, 26/03/2010.
Em meio à fumaça das bombas, as balas de borracha, pedradas e pauladas, a cena registrada pelo fotórgrafo Clayton de Souza (Agencia Estado) simboliza toda força e toda fraqueza de um momento "humano, demasiado humano", plagiando o título idêntico da obra de Friedrich Nietzsche (1878).

De um lado um sindicato sem rumo, uma greve que se iniciou sem pauta clara e um movimento heterogênio, onde professores reivindicando melhores salários e condições de trabalho se misturam a pelegos e ativistas políticos inconsequentes (os porra-loucas de sempre). Do outro, um governo arrogante e incompentente, guiado por um desejo sombrio de eternização no poder a qualquer preço e que abusa dos preceitos de segurança a que tem direito legal e usa a polícia como instrumento de repressão (dentre outros).

Mas no meio, bem no meio, um professor e um soldado. Ambos mal pagos pelo mesmo patrão, ambos difamados pela mesma mídia chapa-branca e ambos esquecidos pela dita "sociedade formadora de opinião", que depois de formar uma opinião muito romântica sobre si mesma, tem se dedicado apenas a coçar o próprio umbigo.


Esta imagem tem um quê de tristeza, pois mostra como duas categorias que não são antagônicas, e que existem, ambas, para o promover o bem-estar da sociedade, uma protegêndo-a, outra educando-a, são levadas ao confronto em nome de grupos outros, com interesses outros e bem distantes dos interesses de soldados e professores. O professor que carrega o policial ferido é também o mesmo que educa seus filhos e que tenta construir uma sociedade menos violenta, politicamente mais consciente e que possa um dia abolir governos autoritários e incompetentes, como o governo de São Paulo tem sido e agido ao longo de toda a gestão do PSDB.

Já na imagem seguinte, onde um professor é imobilizado por um soldado, é difícil compreender que o soldado só esteja cumprindo o seu dever. Mas é assim que é. Esse soldado não invadiria uma escola e agrediria um professor por desejo próprio, porque não gosta de professores. Ele provavelmente é um bom soldado e cumpre as ordens dos seus superiores. Mas o recado que a imagem passa é bastante claro: esse governo não gosta de professores, não gosta de soldados e, no limite, tem nojo da sociedade e ama o poder acima de todas as demais coisas, pessoas e instituições.

Absurdos são situações improváveis, aquelas que não esperaríamos ver, como essa imagem de alunos e professores queimando livros. Não que sejam livros importantes, pois são apenas os "caderninhos" onde o governo gastou milhões do meu e do seu dinheiro para "encinar" (sic o próprio caderninho) que existem vários Paraguais em locais improváveis do mapa e, para,além de alimentar a simpatia política de editoras que farão boas doações para o PSDB, passar a falsa impressão de que está se investindo na educação paulista. Os livros que o MEC envia às escolas são imensamente melhores e não custam um tostão a mais ao Estado de São Paulo, nem aos alunos.

Esses caderninhos, além de didaticamente ruins, são quase inúteis, porque pedagogicamente mal concebidos, e geralmente chegam às escolas apenas depois que o assunto já foi estudado em sala de aula, ou trazem propostas irreais que são abandonadas pelos professores. Os alunos os jogam fora (não acho que queimem) e muitos professores os ignoram porque dispõem de material melhor oferecido pelo MEC. Mas, mesmo assim, nada justifica que sejam queimados. Esse ato "simbólico", ainda que pretenda representar a "queima do governo" ou a "queima que o governo promove no nosso dinheiro" para fazer campanha para si mesmo, tem o lado infeliz demais de também representar o desperdício de algo que, embora mal concebido e mal desenvolvido, representa ainda assim um recurso à mais disponível para a escola.

Nessa "guerra de partidos", entremeio a sindicatos frouxos e governos desgovernados, o que tem restado para os filhos do povo de São Paulo são escolas falidas, entulhadas de pobres que têm aulas com professores pobres e são protegidos por uma polícia empobrecida, diferentemente dos filhos da burguesia formadora de opinião, dos políticos carreiristas e aventureiros e da elite que usufrui de ambos.

É nesse mundo de contradições, abandonado por sindicatos e governos, caluniado pela mídia chapa-branca e ignorado ostensivamente pela elite pensante que orbita o próprio umbigo, que uma imagem de um professor carregando um policial ferido ganha uma importância simbolica muito grande: ela é o retrato de uma sociedade que tem que aprender a carregar a si própria e deixar de ser carregada por sindicatos e governos incompetentes, que defendem a si próprios em nome daqueles que se degladiam por melhores condições de vida e trabalho.


Meus parabéns aos colegas professores e aos policiais que estiveram, ambos, cumprindo seus deveres.

Meus pêsames ao sindicato e ao governo.

José Carlos Antonio
Fonte: Site do Professor José Carlos

Já este artigo de Leandro Fortes da Carta Capital resume bem toda a situação. "Inesquecível, Serra, Inesquecível".

Uma foto
Leandro Fortes

Muito ainda se falará dessa foto de Clayton de Souza, da Agência Estado, por tudo que ela significa e dignifica, apesar do imenso paradoxo que encerra.

A insolvência moral da política paulista gerou esse instantâneo estupendo, repleto de um simbolismo extremamente caro à natureza humana, cheio de amor e dor.

Este professor que carrega o PM ferido é um quadro da arte absurda em que se transformou um governo sustentado artificialmente pela mídia e por coronéis do capital.

É um mural multifacetado de significados, tudo resumido numa imagem inesquecível eternizada por um fotojornalista num momento solitário de glória.

Ao desprezar o movimento grevista dos professores, ao debochar dos movimentos sociais e autorizar sua polícia a descer o cacete no corpo docente, José Serra conseguiu produzir, ao mesmo tempo, uma obra prima fotográfica, uma elegia à solidariedade humana e uma peça de campanha para Dilma Rousseff.
Inesquecível, Serra, inesquecível!


George H. S. Ruchlejmer
"Sua ideia é IdeiaNossa.blogspot.com"
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