Assim como Imago nos leva para uma vertente mais Folk, Nauticus nos faz arrasta pra algo mais Gospel. E é algo muito bem trabalhado, não sei dizer ao certo, se é uma oração de um fiel, a apelação de um descrente, se é realmente uma prece ou uma sátira da mesma, mas como o Hideo disse: "a letra trata novamente da necessidade humana de crer em algo maior", e é bem isso mesmo. Mesmo uma pessoa descrente, ou um ateu, em circuntâncias extremas, acabam sucumbindo a pedir ajuda pra "algo maior", ou então, vale citar, os milhares de cristões, dentre outros religiosos, que recorrem a todo instante à uma apelação divina.
Desde sempre a humanidade teve seus deuses, haverá um dia a queda total? Talvez como em Admirável Mundo Novo, e/ou em 1984, que Deus é subtítuído por alguém que representa o Estado, e o Estado dita as respotas das eternas dúvidas, que claro, só o fazem pela sua própria subsistência.
A interpretação de que estamos inertes no fluxo do rio da vida, é bem interessante, me fez recorrer à um de meus poemas:
"O rio da vida corre,
Irreversível,
E a calmaria sede à corredeiras
A paisagem é outra
Os navegantes são outros
Mas ainda há melodia
Não descartarei velhos conceitos
E não serei pescado tão facilmente
Agora encho meu tempo
Mas esvazio por dentro.
Agora, mudo, eu grito
Ainda cavalgado na esperança
Ah! A esperança
Olho lá fora e só posso repetir versos
Que não repetirei
Mas as coisas vão mudar..."
A vida tem seu curso natural, mas que de jeito maneira, nos impede de traçar nosso destino. A maioria das pessoas dividem seu tempo sendo pessoas que fazem o que não pregam e pregaando o que não fazem, e vão ao encontro Deus para lhe apresentar a lista de desejos, claro, indgnos de sua vida, ao invés de serem pessoas nobres, praticarem o bem, sorrirem, para então receberem coisas boas e felicidades. A felicidade plena é algo que talvez não exista, mas o que é certo que exista são momentos de felicidade. Como saberíamos que estamos felizes sem termos uma referência de algo inferior como algum momento que nos chateou, e como poderíamos crescer e amadurecer sem termos errado e tomado lições dos erros justamente para não os repetir e a cada vez mais só fazer o certo e o que nos deixará feliz. O certo então é colecionarmos os momentos de felicidades.
O final da música é realmente uma crítica a imundice do ser humano que se deixa levar tão facilmente pelos extintos mais primitivos, de buscar status numaa sociedade hipócrita..
Bom, o ponto que o Hideo nos propôs é mesmo interessante, os títulos em latim traduzidos clareia um pouco para nossa interpretação. E eu li sobre o rádio também, mas num consigo ouvir direito não, e também não achei algum texto com seu conteúdo.
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"
Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa
Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui? Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural
terça-feira, 8 de abril de 2008
Sobre Nauticus (Drifting)
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Coluna do Talainho
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2 comentários:
por fim ficou que a interpretação do hideo = a do talaio que é = a minha ! uhahuau .. só mudam os artifícios que nos representam as idéias...
quero aqui deixar meu elogio ao poema do talaio que está muito bom ! =] ... acho que há nele um pouco da "eterna criança" do Talaio, que no meu ponto de vista é um defeito, mas fora isso, gostei.
e de certa forma concordo com o talaio sobre a relação dos diálogos no fim da música, afinal... se está localizado na música Nauticus, no mínimo algo tem a ver com essa e a proxima... creio que a relação que existe entre o dialogo e música é que retrata exatamente a sujeira que transcorre nessa nossa interpretação de "corrente de vida" (como um marinheiro que retrata sua vida com o que mais ve... o oceano).
Hey, Pri!
Leia esse post pra entender um pouco dos livros que está lendo.
bjok! ;)
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