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sábado, 5 de janeiro de 2013

O longo Hobbit


Texto: Luciana Bender/ Fotos: Divulgação

Três horas. É assim que começo o post de hoje. Pode parecer muito tempo, e de fato em alguns momentos é mesmo, mas é essa a duração da nova adaptação para o cinema do tão aguardado O Hobbit – Uma jornada inesperada, de J. R. R. Tolkien.

Nunca fui grande fã do Senhor dos Anéis, o que não quer dizer que eu não admire a grandiosidade da sua produção. No entanto, cada capítulo dessa obra de Tolkien merece as longas horas que lhe foram destinados, afinal são mais de 1200 páginas. Já não podemos dizer o mesmo do Hobbit, que conta com apenas 328 páginas.

Talvez seja essa a minha grande decepção. A qualidade gráfica é sensacional, novamente impressionando com aquele 3D maduro que tanto tenho falado em meus posts. Mas devo admitir que é bastante frustrante ficar todo esse tempo, sentada em cadeiras desconfortáveis (vale destacar que as poltronas do IMAX não são das mais espaçosas) e pensar que é apenas a primeira parte de uma saga, que teremos que esperar mais alguns anos para conferir a continuação (13 de dezembro de 2013 e 18 de julho de 2014).






E é aqui que meu post segue um novo rumo. Podem ficar tranquilos, ainda não terminei de contar minhas impressões sobre esse super-longa. Fui ao cinema na última quinta-feira na esperança de ver a beleza de que tanto falavam, não que eu tenha saído desapontada, mas achei que estava normal de mais, afinal, o que se falava era de uma nova tecnologia que poderia mudar os rumos do cinema. O 3D é sensacional, mas dizer que era algo inovador é um exagero, afinal já vemos a Pixar adotar essa técnica com maestria em suas novas animações.

Enfim, na sexta-feira comecei a pesquisar sobre o filme para conhecer um pouco mais sobre as filmagens e essa nova técnica, muito bem desenvolvida pelo diretor Peter Jackson. Acabei descobrindo que com as novas câmeras Red Epic, é possível filmar filmes a 48 quadros por segundo, o dobro do que já estamos acostumados. O que isso muda? Muita coisa! A qualidade visual do filme, os detalhes são melhores enxergados e, a princípio, parece que o filme está sendo rodado de forma mais acelerado, resultado do dobro de informações. Minha frustração teve início quando descobri que essa tecnologia só estava disponível em algumas telonas e que, na que assisti, não estava.

Pesquisei mais a fundo e achei um dos últimos remanescentes que ainda exibiam essa versão e arrastei meu namorado para o cinema de novo para conferir O Hobbit HFR (sigla que se refere ao “High Frame Rate” – 48 quadros por segundo – e que foi adotada por todos os cinemas para sinalizar as sessões diferenciadas). Odeio assistir películas dubladas, mas tive que abrir mão da legenda para conhecer o novo. E não me arrependo. De fato, no início parece que tudo está sendo rodado em câmera acelerada, os detalhes chegam a ser exagerados, fazendo com que você perca o foco da narrativa e preste atenção em uma barba emaranhada ou na fumaça emitida pelo cachimbo de Bilbo, nosso personagem principal.

Nessa película conhecemos o que posso chamar de prólogo do Senhor dos Anéis, Bilbo Bolseiro, tio de Frodo, é convidado por Gandalf a participar de uma aventura. E é aí que toda a história começa, o pequeno Hobbit será mais um dos membros do grupo de anões que perdeu seu território para um dragão e agora, depois de anos buscando um lar para morar, acredita ser o momento de reconquistar o território perdido. Liderados por Thorin Escudo-de-Carvalho essa equipe terá que enfrentar orcs com sede de vingança e tantos outros seres estranhos que só a Terra Média pode oferecer.



“A coragem não está em saber quando tirar uma vida, mas em saber quando você deve poupar uma.”


Deixando de lado a qualidade técnica, devo admitir que em alguns casos chegam a ser muito exaustivas as longas conversas dos personagens e o momento de aparição do Gollum ("My precious") me pareceu longo demais, feito para agradar os grandes fãs da primeira trilogia.

Termino meu texto dizendo que, para aqueles que acham que o cinema está estagnado, vocês estão muito enganados. Novas câmeras e técnicas nos mostram que tudo é possível. E mesmo que minha cadeira não tenha se mexido ou que nenhuma gota de água tenha sido jorrada em meu rosto, saí mais uma vez com aquela sensação de criança brincando com algo novo. Espero que essa evolução não pare por aqui e que a sétima arte encante-nos cada dia mais. 


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