Sobre Diffidentia

Minha vez de dissecar essa música maravilhosa e audaciosa do pos.
Comecemos pelo nome. Rompendo o núcleo, penetrando no âmago, diversas são as traduções possíveis para o título. Mas todos refletem uma coisa: rebeldia, descrença (diffidentia).
Refletidas pela humanidade que se desvincula de Deus e procura sua própria identidade.

"Você perde o pássaro no instante em que ele perde sua liberdade
assim como eu acho que você perderá seu rebanho
para coros de "Eu sou, eu sou, eu sou"
e montanhas e montanhas de dinheiro e coisas!"

Creio que o coro de eu sou, seria a pessoas que querem a verdade. E quanto as montanhas de dinheiro e coisas, as pessoas que se desvincularam de Deus simplesmente por egoísmo, materialismo, e todas os sentimentos que afastam as pessoas de seu lado "espiritual".
Animae começa a esvair-se, pois sua essência se encontra violada. E imago grita: "nós podemos mudar!". Apenas mudar. Não nescessariamente pra melhor.

Novamente Animae se mostra despedaçado. E por consequência nós também o estamos. Pois somos todos parte do mesmo ser.
"Passando suas vidas na busca de um contexto do qual sempre fizeram parte
E assim, eles abandonam o contexto"
Isso demonstra como sempre fizemos parte de Deus, e ele de nós. E ao continuar a busca incessante do contexto, ao tentar chegar ao âmago do ser, acabamos quebrando-o, abandonando-o.
E quanto ao pequeno pedaço de compreensão, ele mostra que não podemos definir-nos, nem a Deus, pois tudo pertence a ambos, ambos se originaram, um ao outro, e ambos são um.
E como o talaio disse, a cortina seria a alienação, a ignorância. E com nosso fracasso, de Deus, das pessoas, animae parte, vagando, com tudo que ainda deve ser dito. Creio que isso signifique que animae como uma parte das pessoas, de suas consciências, some, e nunca mais vai dizer nada pois nós tornamos isso impossível.