"Vem! Vem! Vem, pra rua vem, contra o aumento!"
"Dança, Kassab, dança até o chão. Aqui é o povo unido contra o aumento do busão!"
"Quem não pula quer tarifa! Quem não pula quer tarifa!"
"Se você paga, não deveria, porque transporte não é mercadoria!"
"Ooô, Dilma! Eu quero ver o Passe Livre nacional acontecer!"
"Mãos para o alto R$3,00 é um assalto!"
"Estudo, trabalho, dou duro o dia inteiro. Kassab anda de carro e ainda rouba o meu dinheiro!"
Estes foram só alguns dos cânticos entoados na última quinta-feira (03 de março) no 8° protesto contra o aumento da tarifa este ano.
Desde o começo do ano estava afim de ir e neste dia quando vi os manifestantes reunidos na nossa íntima Praça do Ciclista não resisti e, acompanhado do Xuxu, descemos do ônibus que nos levava para a FATEC e resolvemos colocar um tijolinho neste muro de resistência pacífica.
O Movimento Passe Livre estava em peso, mas interessante mesmo foi ver os diversos movimentos sociais engajados na mesma luta.
Havia militantes de diversos partidos políticos (PT, PSTU, PCO, PSOL e PV), havia também anarquistas, ambientalistas, feministas, estudantes, trabalhadores e por onde passávamos víamos a aceitação generalizada da população pelo caminho. Ninguém está satisfeito com o transporte público nesta cidade, isto está mais que evidente!
O número de pessoas do sexo feminino me surpreendeu. Diversos grupos feministas estavam presentes e é isso aí: "lugar de mulher é na revolução!".
Havia muitos estudantes de diversos cursos e variados Centros Acadêmicos da USP, o que me chateou um pouco, pois para esse tipo de coisa o CA da minha faculdade é um zero à esquerda.
Percorremos um treco da Av. Paulista, depois retornamos e descemos a Consolação até chegarmos em frente a sede da prefeitura municipal. O número de protestantes ia aumentando conforme caminhávamos e há estimativas que chegamos a reunir 2.000 pessoas.
Os policias nos acompanharam o trajeto inteiro para (des)organizar a passeata, pois nós mesmos nos organizarmos inclusive criando um cordão de isolamento que ia abrindo caminho a frente da massa, cordão animado do qual pude fazer parte dançando e cantando.
O ritmo era contagiante, comemorávamos o carnaval protestando!
No final do protesto, onde normalmente a tensão aumenta e há confronto com os policias ocorreu tudo bem. O número de pessoas ao final do protesto diminuiu chegando a cerca de 700 pessoas, mas poucas protestavam.
Grupos conversavam separadamente, outros insistiam no protesto e uma parcela de "mascarados" pareciam estar ali apenas para provocar a polícia. Destes últimos pretendo falar em um post separado, para este relato acho que já basta.
O próximo protesto está marcado para a próxima quinta-feira em frente a casa do Prefeito Gilberto Kasab.
Para mais informações acessem: Movimento Passe Livre e Tarifa Zero
PS: Quando reuniremos pessoas para o Movimento Passe Livre Taboão da Serra?
PSII: Não acredita em uma vida sem catracas? Clique no tópico "Mobilidade Urbana" indicado abaixo e saiba mais sobre o MPL.
Dica de leitura:
@alvarodiogo "Contra a ideia da força, a força das ideias"
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