Por Gil Motta
Bom, pessoal, apesar de nunca ter postado por aqui, eis que venho – após alguns convites dos meus amigos e ‘cachorros-velhos’ do Blog (Talaio e Ge) – falar sobre uma das personalidades mais excêntricas e inovadoras do século passado: Salvador Dalí.
Mas por que falar sobre ele?
Me faltava inspiração, mas sobrava motivação para escrever e colaborar de alguma forma com o blog. Por isso, o real motivo para falar um pouco sobre este grande artista, que a maioria conhece apenas como um pintor, é o fato de que semana passada, dia 23 de janeiro de 2013, se completaram 24 anos de sua morte. Então, vamos ao que interessa.
Salvador Dalí nasceu em 1904, na Catalunha (Espanha), e foi um dos principais expoentes do surrealismo do século XX. Filho de um advogado de classe média, durante sua fase de educação estudou na Escola de Desenho Municipal, fato que o incentivou a seguir no mundo da pintura.
Desde jovem, já o consideravam excêntrico e até louco em alguns momentos. Se vestia extravagantemente e, como podemos ver na foto abaixo, usava um bigode que, digamos, não era convencional. Outro fato que evidencia sua nada comum postura diante do mundo é sua expulsão da Academia de Artes, após dizer que não havia ninguém que fosse capaz de avaliar suas obras dentro da própria Academia.
Salvador Dalí e seu ‘discreto’ bigode
Com influências do Impressionismo, do Cubismo, do Dadaísmo, do Abstracionismo, entre outros, Dalí acabou optando por fazer parte do Grupo Surrealista, no qual viria a ser, também, expulso pelos membros – desta vez, por discordância de pensamento político, uma vez que o grupo era composto por Marxistas e Dalí se declarava “Anarco-monárquico”. Em resposta à expulsão, afirmou: “O Surrealismo sou eu”. De fato, quando se fala em Surrealismo é impossível não pensar em Dalí.
Impressionismo, Cubismo e Abstracionismo: principais referências de Salvador Dalí (fica mais fácil imaginar o porquê do Surrealismo).
O Surrealismo consiste na ‘superfácil’(sic) missão de unir o abstrato com o irreal, sem se esquecer de misturar o que temos no inconsciente e adicionar uma pitadinha de representação do real. O principal viés é a libertação de todos os paradigmas, normas, regras e exigências lógicas do cotidiano e, a partir disso, criar obras que transportam a outro mundo.
Entre suas principais obras está “A Persistência da Memória”, que acredito que todos já tenham visto na escola. Abaixo, algumas de suas criações:
“A Persistência da Memória”
Um retrato surrealista de Dalí por Philippe Halsman - Dalí Atomicus
Destino - Salvador Dalí com a colaboração de Walt Disney
Em sua produção, estima-se que haja mais de 1500 quadros pintados. Também fez pinturas para livros e participou da realização de filmes, peças de teatro, fotografias e até mesmo esculturas. Morreu de pneumonia e falha cardíaca, em 1989. Caso alguém tenha interesse ($$$$) em ver suas obras ao vivo, os mais indicados são o Museu Salvador Dalí, em Saint Petersbourg, na Flórida, e o Teatro-museu Gala Salvador Dalí, na Catalunha.
Dalí em 1972, com sua costumeira extravagância
Espero que tenham gostado ;)
2 comentários:
Uma breve e inspiradora apresentação do grande Dalí!
Sem dúvida, suas obras representam um dos mais fascinantes períodos da História da Arte.
Parabéns!
Cara, curti muito o post!
Lembrei de duas coisas na hora que vi o título do texto:
1- Do filme do Woody Allen, "Meia-Noite em Paris" que essa figuraça aparece: http://youtu.be/tBkGGYMjbsI
2- E também da surra que ele levou do Rick Wakeman em um de seus shows: "Foi durante um desses shows que aconteceu o famoso episódio em que Wakeman socou um louco que havia invadido o palco justamente na hora de seu solo. Esse louco era ninguém senão o pintor surrealista Salvador Dali, que mostrou ser tão surrealista quanto suas pinturas." http://whiplash.net/materias/biografias/038757-strawbs.html#ixzz242Hut2Wm
2.a- E ainda, pra minha felicidade, uma amiga emprestou-me um filme sobre Dali com o carinha do Crepusculo porque viu seu post aqui no blog, Gil!
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