--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"

Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa

Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui?
Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Esperar não não é saber

Segue um trecho de O Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, em que o Anjo da uma bela resposta Fidalgo, que representa não só o Fidalgo p/ mim, mas muitas pessoas que vivem como ele... vejam:

ANJO
Que quereis?

FIDALGO
Que me digais, pois parti tão sem aviso, se a barca do Paraíso é esta em que navegais.

ANJO
Esta é; que demandais?

FIDALGO
Que me deixeis embarcar. Sou fidalgo de solar*, é bem que me recolhais. (*residência luxuosa)

ANJO
Não se embarca tirania neste batel divinal.

FIDALGO
Não sei porque haveis por mal que entre a minha senhoria...

ANJO
Pera vossa fantesia mui estreita é esta barca.

FIDALGO
Pera senhor de tal marca nom há aqui mais cortesia?

Venha a prancha e atavio! Levai-me desta ribeira!

ANJO
Não vindes vós de maneira para entrar neste navio. Essoutro vai mais vazio: a cadeira entrará e o rabo caberá e todo vosso senhorio.

Ireis lá mais espaçoso, vós e vossa senhoria, cuidando na tirania do pobre povo queixoso. E porque, de generoso, desprezastes os pequenos, achar-vos-eis tanto menos quanto mais fostes fumoso.

(....)

FIDALGO
Ao Inferno, todavia! Inferno há i pera mi? Oh triste! Enquanto vivi não cuidei que o i havia: Tive que era fantesia! Folgava ser adorado, confiei em meu estado e não vi que me perdia.

Venha essa prancha! Veremos esta barca de tristura.

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É Gente, façamos bem agora para que não venha a nós este triste fim, afinal, "quem sabe faz a hora, não espera acontecer". É... vocês devem reconhecer isso também, que ja aproveitarei pra colocar aqui, esta maravilhasa música a qual cresci ouvindo junto de meu pai. Aproveitem...

Geraldo Vandré - Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

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é gente, de dar calafrios na mais profunda essência de algum sentimento.. abraço a todos...

Versão com outro grande mestre: www.youtube.com/watch?v=5rtU0pg-kkw

Um comentário:

Álvaro Diogo disse...

esse livro é mt bom e a música melhor ainda!

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