A Bah já deixou bem clara algumas coisas, mas vou dar uma segunda mão. ^^
A letra realmente nos remete a corrida marítima em busca de novos horizontes, territórios e principalmente de materias para extração.
Quando ele fala de despir o litoral com ar sensual vejo em claro tom ironico uma referência aos navegantes gordos, fedidos e que nunca trocavam de roupas, é claro que os nativos não saberiam o que fazer, eles andavam peladinhos mas tomavam banho nos rios (até então limpos e respeitados) todos os dias.
Eles vieram e obrigaram nativos que possuíam suas próprias crenças a acreditarem nas deles, isso é um assassinato cultural. Assassinaram cultura, religião é o próprio homem, nos roubaram o ouro e nos deram espelhos...
"Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha
(...)
Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.
(...)"
Já postei essa canção no blog, mas ela vale ser lembrada, ao tentar impor um Deus mataram-no, talvez esse seja o mal de religiões cristãs, eles matam Deus a todo momentos, de porta em porta. Eles amam, louvam a Deus, mas esquecem de quem está ao lado, esquecem de amar e louvar a humanidade. Eles pregam coisas que não praticam e praticam coisas que não pregam, é estupidamente incompreensível.
A Bah colocou como os portugues no Brasil, mas vejo mais como os Espanhóis em suas respectivas ex-colônias, e o Mago parece tentar se desculpar pelos atos de seus antecestrais, e pedir para que nunca mais se conqiuste outro povo. É o mesmo pano de fundo em que "Como estais amigos" do Maiden foi composta, justamente para pedir desculpa aos nossos hermanos argentinos pelo controle das Ilhas Malvina pela Inglaterra e que passou então a se chamar Ilhas Falkland, mas não me pergunte sua situação atual.
"em uma batalha, as primeiras vítimas,
são a justiça e o amor"
Gandhi pregava o Ahimsa, principio de não-violência, pois a mesma gerará mais. Admiro o V, mas discordo de seus meios anárquico-terroristas de tomar o controle e assim trilhar um camiho de justiça e amor, mas numa batalha esses são as primeiras vítimas, e por mais que depois de passado o caos total, os seres humanos não irão conseguir viver numa sociedade sem um líder, ou com um líder com 100% de aprovação, isso é utópico, já discutimos isso e já chegamos à conclusão que cada um de nós representam idéias e ideais distintos, somos um universo parelelo.
O ser humano tem diversos defeitos à serem sanados, e nada muda se você não mudar, então que começemos a trilhar um caminho para um eu melhor, para um casa melhor, para uma rua melhor, para um bairro melhor, para uma cidade melhor, para um país melhor, para um mundo melhor... Melhor para todos nós!
Só quero deixar uns salves antes de partir:
Um viva a diversidade cultural! Um viva a vida!
"A água é para os escolhidos
Mas como podemos esperar que sejamos nós..
... eu e você?"
Máquina do Tempo: Vaga Viva do Coletivo Ideia Nossa. A única vaga viva do lado de cá da ponte =) Vaga Viva do Ideia Nossa
Destaque da Semana: Onde está o sol que estava aqui? Ladrões de sol, crise hídrica e êxodo rural
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Sobre La Conquista
Marcadores:
Análise - Gaia I e II,
Coluna do Talainho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
VIVA !!! ....
.... a respeito do V, talvez eu concorde com você ao ser contra os métodos anárquico-terroristas, porém, isso não dá ao criador a responsabilidade de tal, uma vez criado sob violência, seus atos para conseguir a lealdade e seus objetivos se manifestarão na forma de sua vivência, que se resume em praticamente só a violência. Afinal, os maiores pacificadores do mundo também tiveram criações e vivências de um mundo mais pacífico para lutar por ele, à exemplo Dalai Lama, que cresceu e aprendeu desde sempre a maneira pacifista de viver, e a partir disso vive...
Postar um comentário