Sobre Nihil Morari

A primeira estrofe dessa canção mostra a necessidade da humanidade de pedir à Deus para tocar-lhes e curar-lhes, o que sempre foi feito, continua e continuará ainda por um bom tempo, enquanto os olhos continuarem cerrados e alienados pelas instituições (lucrativas) religiosas.
Fiquei tentando entender por um tempo as duas estrofes seguintes, e logo de cara já vi que essa música é tão complicada quanto a Diffidentia. Bom, agora as coisas sobre a Terra carregam uma marca humana, tudo, já não não temos Deus como montes, luar, árvores, flores e sol, agora há sangue em tudo e nada mais é divino, quem sabe quando não houver mais nada para trocar, possuir, roubar ou vender, então veremos o quanto economizamos nos sentimentos de Deus que temos dentro de nós, como paz, amor, felicidade e liberdade.
Com tudo isso, vemos como a nossa humanidade, ainda "criança", vem jogado milhares de anos no cesto de lixo, pregando crenças que não praticam e praticando coisas que não pregam, e o pior de tudo é que tudo vem crescendo, o mundo já está atingindo a superlotação, lotado de pessoas que não podem nem buscar lá no âmago algo para melhorar tudo ao redor, alienadas, presas por correntes impostas por aquela mínima por centagem do mundo que retém 80% de suas riquezas, enquanto mais da metade do mundo vive em circunstâncias desumanas, inertes ao que o sistema impõe.
Novamente o fato da humanidade buscar auxílio de Deus, aquele mesmo Deus que nós criamos com as nossas características, características que no auge da criação estavam pendendo pro lado bom, mas a humanidade está cada vez mais feia e perplexa diante de tudo que vem acontencedo, e o mesmo ocorre com Deus, então ficamos sem ações, ficamos com medo.
E o medo faz o intelecto desaparecer, o que o atual sistema nos impõe? É simplesmente medo, para que fiquemos sem ação diante dos acontecimentos, diante de uma criança arrastada por 7 km por um carro sendo guiado por criminosos, ou diante de uma menina jogado do sexto andar de um prédio, que fiquemos sem ação diante de um guerra injusta entre a grande potência mundial contra um país inversamente proporcional, mas que retém uma grande quantidade de petróleo, agora, depois de tantas mortes tentar instalar uma rede de Mc Donalds para colonizar um país com seu modo consumista e capitalista de ser já não vale muita coisa, pois apesar de o país estar em crise e de ninguém ter aceito a invasão estadunidense o petróleo já vem sendo trazido pro ocidente, então quem se importa? Pra que matar a população daquele país com seu veneno vermelho e amarelo se as armas fazem o mesmo serviço e bem mais rápido? Eles nos querem ver sem reação ao mundo que vem sucumbindo, com poucos gastando e consumindo desordenadamente e muitos sem nem ter o que comer, vemos que isso vem degradando o planeta, mas não consiguimos fazer nada, precisamos reduzir, reciclar e reusar, mas somos a minoria, a diferença viria de cima, e então o que fazer? Tremer de medo?
Vamos gastar, gastar, gastar, relaxar nossos medos e ficarmos impotentes em frente à TV, vamos defender nosso pequeno país, nossa pátria, que não vale nada! Assim como todas as outras, isso é como morarmos em uma casa, mas a cozinha é minha e o quarto é seus, e toda vez que eu quiser durmir terei que armar uma guerra contra vocês e toda vez que vocês quiserem comer vão ter que me atacar. Isso é... é estúpido! E assim que o mundo vem se comportando, estupitamente, já passou da hora do mundo dar as mãos e lutar pela, pela natureza, vivemos na mesma casa, somos os hóspedes e devemos cuidar bem do nosso lar, todos juntos, para assim termos um mundo justo, se todas as riquesas fossem distribuídas o mundo seria igualmente rico, mas não, nós não consiguimos ficar vivos, precisamos morrer e matar por dinheiro.
No final a humanidade vem de encontro à Deus, à ela mesma e se desculpa, por sua minoria ter agido prematuramente, ignorantemente, estupidamente e criado esse sistema tão cruel, desigual e injusto...Nós não precisamos de desculpas, precisamos penetrar no âmago e lutar!