--- Frase de Agora! ---
"A água é para os escolhidos
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quinta-feira, 12 de junho de 2008

AGRUPAR – ORGANIZAR – LUTAR!




Acampamento da Juventude - 18, 19 e 20 de Julho de 2008 - Ibiúna-SP



O que você vai fazer nas férias escolares de Julho?


Nós vamos para o Acampamento da Juventude no 11º ENJR (Encontro Nacional da Juventude Revolução), para nos reunir com jovens trabalhadores, estudantes secundaristas e universitários de vários estados brasileiros, para trocar experiências, agrupar e organizar a luta da juventude pela revolução no Brasil e no mundo. E, nas horas vagas, como ninguém é de ferro, vamos aproveitar os recursos do Sítio das Borboletas em Ibiúna, para refrescar a cabeça (piscina, campo de futebol society, quadra de tênis, pista de dança, churrasqueira, etc.).Estão convidados para participar também, jovens da Argentina, Paraguai, Bolívia, Venezuela, México e Espanha, pois sabemos que a luta pela revolução é internacional!



O capitalismo não reserva nenhum futuro para a juventude e para a humanidade!


O Instituto Mundial para Pesquisa do Desenvolvimento Econômico da Universidade das Nações Unidas produziu um relatório que mostra que os 2% mais ricos do mundo detém mais da metade de toda a riqueza do planeta. O mesmo relatório revela que a metade mais pobre da população mundial detém menos de 1% da riqueza global. Eles calcularam a riqueza pegando tudo o que as pessoas possuem subtraindo o que devem – suas dívidas. Isso é fruto do imperialismo, a fase atual do capitalismo, que desde o início do século XX começou a levar a humanidade para o abismo, concentrando riqueza nas mãos de uma ridícula minoria e deixando a esmagadora maioria da população mundial na miséria.
E todo o desenvolvimento da tecnologia que a humanidade alcançou nas últimas décadas é utilizado para manter a atual ordem das coisas, favorecendo os capitalistas e deixando apenas as migalhas tecnológicas para o povo pobre. Sem falar que praticamente todo investimento em ciência e pesquisa é voltado para o armamentismo, para as guerras.
Há menos de 3 anos, em 4 de Outubro de 2005, a ONU lançou um Relatório Mundial sobre a Juventude que mostra que na última década, mais de 2 milhões de jovens foram dizimados pela guerra e outros 5 milhões tiveram alguma parte do corpo mutilada!
O relatório ainda afirma que, dos 6,6 bilhões de habitantes do planeta, 1,2 bilhões são jovens entre 15 e 24 anos e quase a metade, 515 milhões, sobrevive com menos de 2 dólares por dia. Destes, 208,6 milhões sobrevivem com menos de 1 mísero dólar por dia e 88 milhões estão desempregados!E de 2005 pra cá, no mundo todo a situação só piorou. E deve piorar ainda mais com a crise econômica provocada pelos capitalistas.
Como se esses dados ainda não bastassem, o mesmo relatório mostra que 10 milhões de jovens têm aids e 50% das novas infecções por HIV são de jovens. Destes, 6 milhões estão na África Subsaariana. A desordem capitalista não é mais capaz de organizar os grandes avanços da medicina a serviço da sociedade e, além da aids, epidemias antes controladas voltam e dizimam parcelas inteiras da população.
Os dados também revelam um crescimento “sem precedentes” do uso de drogas sintéticas entre os jovens. Mais uma evidência da degeneração causada pelas condições de vida sob o capitalismo. Enquanto a droga gera lucros e é usada pelo imperialismo como mais um instrumento de desorganização e destruição da juventude.
O que isso significa senão mais uma prova de que o capitalismo está destruindo a humanidade junto com ele e que sob este sistema não há futuro para a juventude? Não há presente, muito menos futuro! Quando se fala em 515 milhões com menos de 2 dólares diários não se trata de jovens de algum país da África, trata-se de jovens de todos os continentes do mundo. Segundo o relatório, “as diferenças entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento estão se tornando cada vez menos aparentes”. Não há futuro para os jovens da África, do Brasil ou dos EUA!



Mudar o mundo! Lutar pelo socialismo!


Mas a saída não é chorar, se drogar ou se matar! Apesar do problema parecer muito grande – e é – há saída! A saída é a luta pela revolução, pela derrubada do capitalismo e pela reorganização socialista da sociedade mundial.
Muitos vão dizer que “o socialismo está ultrapassado”, que “no socialismo não há liberdade”, que “a história mostrou com a ex-URSS (União Soviética) que o socialismo não é saída para nada”! Mas tudo isso é falso! Os que dizem isso reproduzem o discurso dos capitalistas, que sabem que o socialismo não está ultrapassado, mas vendem essa idéia, pois não querem perder a posição privilegiada que eles têm hoje, explorando e vivendo às custas do trabalho de bilhões de pessoas no mundo todo.
O socialismo na verdade nunca existiu, pois assim como o capitalismo, o socialismo é um sistema mundial. Para existir de fato é necessário que todos os países, ou pelo menos um bom número de países desenvolvidos, adotem o modelo socialista: planificação da economia, da produção, socialização dos grandes meios de produção, decisões tomadas pelo povo trabalhador organizado em conselhos, etc. Com isso, tudo seria produzido de acordo com a necessidade de todos e não faltaria emprego, comida, moradia, educação, arte, esporte, lazer, bens materiais, para ninguém! O socialismo não é a distribuição da pobreza como querem nos fazer crer, mas sim a distribuição da riqueza!
E para conquistarmos isso é preciso nos organizar e lutar! Sem organização não é possível derrubar os capitalistas, pois eles estão muito bem organizados. Nós nos organizamos na Juventude Revolução!



O vento revolucionário que varre a América Latina


O povo trabalhador latino-americano, desde a chegada dos colonizadores, nunca deixou de lutar por sua liberdade. Nos últimos anos, essa luta tem se expressado de diversas formas, às vezes com verdadeiras insurreições e derrubadas de presidente (Argentina, Bolívia) e às vezes através das eleições gerais do Estado burguês, fazendo com que candidatos que de uma forma ou outra representavam a vontade por mudanças, fossem eleitos. Vimos a eleição de Chávez na Venezuela, Lula no Brasil, Evo Morales na Bolívia, Tabaré no Uruguai, Bachelet no Chile, Ortega na Nicarágua, Rafael Correa no Equador, Lopez Obrador no México – que por conta da fraude não conseguiu assumir a presidência – e por fim, Lugo no Paraguai.
Na maior parte das vezes, esses novos “presidentes de esquerda” acabam não atendendo às expectativas do povo trabalhador que os elegeu, mas a luta segue em todos os lugares!
Em Cuba, apesar das tentativas de “restauração do capitalismo” após a renúncia de Fidel, o povo resiste defendendo as conquistas da Revolução de 1959.
Na Venezuela temos um caso à parte. Uma verdadeira revolução teve início com a vitória de Chávez em 1998. De lá pra cá, o movimento revolucionário do povo venezuelano leva Chávez a tomar cada vez mais medidas de enfrentamento ao imperialismo norte-americano e à burguesia venezuelana; e as respostas positivas de Chávez também impulsionam este movimento. Uma relação dialética explosiva que coloca hoje a luta do povo venezuelano como a expressão revolucionária mais avançada no mundo.
Mas Chávez não foi até o fim. Apesar de algumas nacionalizações, a Venezuela ainda é capitalista. Muitas conquistas já foram alcançadas (nacionalização de empresas sob controle operário, erradicação do analfabetismo, acesso a todos à Universidade Pública, e agora o aumento de 30% do salário mínimo que coloca a Venezuela com o salário mínimo mais alto de toda a América Latina), além de grandes investimentos em habitação, transportes, saneamento, saúde, etc.
Agora na Venezuela é preciso aprofundar a revolução e construir o socialismo, nacionalizando todas as grandes empresas, os bancos e planificando toda a economia. A melhor forma de ajudarmos a revolução na Venezuela e nos outros países da América Latina, é fazermos a revolução aqui, no Brasil.



A luta pela revolução no Brasil


Aqui nós, o povo trabalhador e a juventude, elegemos Lula, do Partido dos Trabalhadores, presidente do Brasil, justamente para mudar as coisas. Foram anos de luta contra os tucanos e os atuais DEMOs (Partido Democrata, antigo PFL). Mas, colocamos Lula lá e as coisas não mudaram! O desemprego segue; o salário mínimo continua uma miséria; a educação, saúde, serviços públicos continuam abandonados; a Reforma Agrária não saiu do papel e milhões de famílias continuam sem terra para poder plantar e viver; as privatizações continuam! Como se isso tudo não bastasse, o Governo Lula a mando de Bush, enviou as tropas brasileiras para o Haiti, numa suposta missão de paz, onde na verdade se instalou uma ditadura militar que usa os soldados brasileiros para reprimir e matar o povo trabalhador e a juventude daquele país.
Mas por que isso está acontecendo? Se o povo trabalhador venceu as eleições elegendo Lula, por que as coisas não mudam?
Em primeiro lugar, em geral as eleições do Estado burguês são mais uma medida de controle e não mudam nada mesmo, embora em alguns casos (vide Venezuela) as coisas possam sair de controle. Nós não temos ilusões nas eleições. Sabemos que só a luta organizada pela revolução pode mudar de fato as coisas.
Em segundo lugar há um problema central com o atual Governo Lula: aqueles que sempre estiveram no poder e eram os adversários históricos de Lula e do PT, continuam no poder! Isso ocorre porque Lula fez uma grande aliança com eles e deu o nome de “Governo de Coalizão”. Isso colocou os partidos e políticos derrotados pelo povo nas eleições, de volta no poder. O Governo Lula de Coalizão com a burguesia conta com PMDB, PL, PDT, PP, PRB, etc. Isso quer dizer que Sarney, Collor, Maluf, Renan e outros bandidos, burgueses, inimigos do povo e responsáveis pela miséria e morte de milhões, continuam no Governo! Com esses aliados o Lula jamais poderá tomar qualquer medida em favor da população mesmo. Se ele tomar uma medida simples, por exemplo, aumentar o salário mínimo em 30% como fez o Chávez na Venezuela, imediatamente esses aliados não vão mais querer apoiar o Lula, vão romper as alianças. Por isso, para manter essas alianças, Lula leva uma política que nada tem a ver com o mandato que nós, jovens e trabalhadores, demos a ele nas urnas.
O centro de nossa luta no Brasil hoje é colocar em todas as nossas lutas práticas (mais verbas para a educação, Passe-Livre estudantil, redução das mensalidades, fim do ensino pago, vagas para todos na Universidade Pública, etc.) a exigência de que o Presidente Lula rompa as alianças com os burgueses para atender às nossas reivindicações!



Ibiúna, 40 anos depois!


Há 40 anos, em Outubro de 1968, o 30º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes) ocorreu no Sítio Muduru, em Ibiúna (SP). A ditadura militar descobriu o local, prendeu 719 estudantes e torturou as lideranças. Depois disso a UNE sobreviveu apenas mais 2 anos – e na clandestinidade. O movimento estudantil nacional experimentou um período longo de repressão e refluxo, só se reerguendo com a reconstrução da UNE em 1979, em Salvador.
Agora, voltamos à Ibiúna, 40 anos depois, levando na memória a luta da juventude brasileira, sabendo que todas as conquistas só se deram com muita luta. Para dar continuidade à luta por liberdade, por verdadeira democracia, ou seja, pelo socialismo, realizaremos o 11º Encontro Nacional da JR em Ibiúna e chamamos você a juntar-se a nós!



Inscrições


Nas cidades onde existem núcleos da JR estão sendo organizadas reuniões preparatórias para o 11º ENJR. Nessas reuniões serão decididas as delegações de cada cidade. Você pode se informar pelo site www.revolucao.org ou enviando e-mail para: contato@revolucao.org
Se na sua cidade ainda não existe nenhum núcleo da JR, você pode fazer uma inscrição individual. Envie e-mail para contato@revolucao.org para obter mais informações.
A JR não tem patrocinadores. Para garantir nossa independência política, preservamos nossa independência financeira. Afinal, “quem paga a banda, escolhe a música!” e como nós queremos escolher qual música tocar, nós mesmos financiamos nossas atividades.A taxa de inscrição por pessoa para a participação no ENJR é de R$50,00 para os que moram no estado de SP e de R$30,00 para os que moram em outros estados (aí incluso estadia e alimentação para os 3 dias).
O transporte até São Paulo é por conta de cada núcleo/participante.
Para mais informações entre em contato: www.revolucao.org – e-mail: contato@revolucao.org

2 comentários:

Álvaro Diogo disse...

mó vontade de ir pow...
pena q tem q pagar¬¬

George Ruchlejmer disse...

pois é... quem paga a banda escolhe a música...
vou fazer um post a respeito desse... vlw ! muito bom !

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